« quatorze »

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Caitlin Franklin

Entrei no meu escritório/sala de filmagens secreta por detrás da dispensa, e conectei o telemóvel ao computador, liguei a impressora e preparei-me para imprimir as fotografias retiradas à entrada do prédio. Pousei a chávena de chá em cima da secretária, esperei as folhas saírem da impressora e assim que isso aconteceu rapidamente as retirei observando as fotografias detalhadamente. Apenas sou eu quem sabe quem matou este rapaz, e é uma mais valia para mim. Pendurei as fotos no quadro de cortiça e respirei fundo, ao ouvir uma chamada de Skype, arregalei os olhos ao ver o fotografia da minha mãe peguei no computador e na chávena de café e sai da divisão o mais rápido possível, coloquei o computador em cima do sofá e a chávena com o chá em cima da mesa de centro. Fui fechar a porta, e revirei os olhos assim que ouvi outra chamada, retirei os meus ténis e atirei-me para o sofá onde me tapei com a manta. 

- Mãe! - falei um tanto ofegante, ajeitei os meus cabelos e olhei pela primeira vez para o ecrã. - Oh, olá Justin também, e pai. - falei vendo os dois homens atrás da minha mãe. Não é meu pai, mas sim meu padrasto o homem que tomou conta de mim toda a vida. 

- Catherine! - eles exclamaram em simultâneo, sorri emocionada e acenei para a câmara. Eu tenho saudades deles. - Então como é que vão as coisas por ai? 

- Vão andando. - encolhi os ombros. - Estou a tentar despachar-me o mais rápido possível. - eles sorriram e eu não pude evitar fazer o mesmo. - Mãe, será que posso trocar uma palavra muito importante contigo? 

- Sim, claro... - falou ajeitando os seus óculos. - O que se passa? 

- Nós vamos para a cozinha, não é Justin? - o meu pai indagou e o moreno assentiu, mandando-me um beijo mandei-lhe outro e ambos rimos. - Até logo meu amor! - ele exclamou acenando e empurrando o meu namorado ou ex, para fora da divisão. 

- a minha mãe acenou para os rapazes, e logo depois de fecharem por ela voltou a sua atenção para mim. - Está tudo bem querida? 

- Sim comigo está tudo bem... eu acho. - suspirei. - Mas, tu lembras-te do meu pai? Não o Connor, mas sim o meu pai biológico. 

- Porque é que queres saber do teu pai, Catherine? Nunca deste a mínima importância querida. - concordei com as suas palavras. - Aconteceu algo? 

- fiz um sinal para que esperasse, e fui buscar o bilhete que encontrei hoje de manhã. - Mandaram-me um bilhete... - olhei para o ecrã e ela franziu as sobrancelhas, humedeci os meus lábios. - " Para Catherine Cooper, se achas que ninguém em Compton sabe da tua breve estadia estas muito enganada querida Catherine. Não te iremos fazer mal, muito pelo o contrário só queremos que venhas até ao outro lado de Compton, para conheceres o teu progenitor ou então reencontrares-te com ele. Louis. " - li o bilhete inteiro e voltei a atenção para a minha progenitora. 

- Catherine, eu acho melhor voltares para casa e desistires de toda essa missão. - neguei freneticamente com a cabeça. 

- Eu não posso fazer isso mãe, é o meu trabalho eu comprometi-me a isto. - expliquei e ela suspirou pesadamente. - Esta missão é a minha vida, eu aceitei-a para poder subir mais na minha carreira. 

- Isso implica meter a tua própria vida em jogo? - indagou e eu revirei os olhos. - Não te encontres com o teu pai, por favor. - suplicou. - E volta para casa, esquece essa missão. 

Disorder « z.m »Onde histórias criam vida. Descubra agora