« cinquenta e quatro »

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[ gente eu vou adiantar o tempo tá. ] 

Catherine Cooper 

Beijei os pequenos pezinhos de Lorenzo e sorri ao ouvi-lo gargalhar, encarei os seus olhos grandes e azuis e sorri ainda mais assim que pequenos balbuciares saíram por entre os seus lábios, Enzo nasceu há um mês, e tenho de admitir que foi a melhor coisa que me aconteceu. O pequeno bebé de olhos azuis enormes iguais aos meus e cabelos castanhos escuros como aos do pai, preencheu-me por completo assim que o seu choro ecoou por aquele hospital. Foi um momento mágico, e eu não me lembro de ter chorado tanto ao vê-lo. Ele é tão lindo e parecido com o pai, a única coisa que ele tem de mim é os olhos. No dia do seu nascimento, dia onze de fevereiro todos pareceram ficar realmente felizes, até mesmo Hanna que não parou de elogiar o meu filho, eu achei estranho não vou negar, mas não liguei quando pude o ter nos meus braços e Zayn tão contente. 

- Coisa mais linda da mãe. - murmurei pegando nele ao colo, ajeitei o seu gorro e o mesmo soltou alguns resmungos, a verdade é que Lorenzo não gosta nem um pouco de gorros. - Eu sei que não gostas, mas tens de os usar. - resmunguei também. 

- Catherine, vamos? - Zayn entrou no quarto e rapidamente me tirou Enzo do colo, beijou a sua bochecha demoradamente. 

- Sim. - peguei na mala com as coisas dele, e no meu casaco. - Vamos lá. 

« uma hora depois » 

- Eu nem acredito, que me convidas-te para o cinema. - falei enchendo a minha boca com pipocas. - Não o podias ter feito, tipo... há três messes atrás? - questionei semicerrando os olhos. 

- o moreno aproximou o seu rosto de mim, ficando relativamente perto. - Há três messes atrás, tu terias dito que não, porque estavas chateada comigo, lembras-te? 

- mostrei-lhe o seu telemóvel, após ler a mensagem que havia recebido. - A sério?! - gritei atirando o aparelho na sua direção. - Eu não acredito Zayn! - gritei novamente. 

- Deixa-me explicar... - baixou-se assim que eu atirei um peluche de Lorenzo na sua direção. - Catherine! 

- " Tenho saudades tuas, gostava de repetir a nossa noite! " - citei a mensagem que ele havia recebido. - Tu és nojento! - peguei noutro peluche e atirei na sua direção, desta vez acertando-o. - Tu és um otário! - berrei. 

- Catherine isso não! - olhei para a minha mão, respirei fundo e pousei  o biberão, peguei então nuns sapatos. - Okay, isso pode ser. - ele falou e eu atirei sem pensar duas vezes. - Deixa-me falar! 

- Vai lá ter com essa loira falsificada, não me interessa! - berrei. - E para que saibas, quando voltares eu não estarei aqui, já que para ti eu não sou o suficiente... 

- Mas nós nem sequer temos nada! - ele gritou. 

- O quê?! - gritei de volta. - Eu tenho um filho teu no meu útero, seu merda! - berrei. - Se eu estivesse com um homem, eu tenho a certeza que tu... 

- Eu matava-te a ti e a ele! - exclamou interrompendo-me. - Ninguém tem de te tocar, na mãe do meu filho ninguém toca, nem que seja para namorar. 

- Machista de merda! - atirei e acertei com um peluche na cara de Harry que acabava de entrar no quarto. - Estúpido! 

- Diz-lhe que ela não é minha namorada. - Zayn pediu para o melhor amigo. - E que eu posso fazer o que eu quiser. 

- olhei na direção de Harry e arqueei as sobrancelhas, pegando numa almofada. - Eu só vim aqui buscar... - olhou em volta do quarto. - Ah... nada, afinal eu não vim buscar nada. - saiu rapidamente. 

- com toda a força atirei a almofada na direção do moreno. - Eu sinto-me magoada. - senti os meus olhos ficarem marejados. - Eu odeio-te, agora sai daqui! - pedi num grito sentando-me na cama e abraçando a única almofada que sobrou. 

- Eu tive o direito de ficar chateada. - defendi. - Tu não estavas a dar tudo de ti, e eu estava a espera de um filho teu, lembras-te? 

- Isso não implica eu ter de ficar sem sexo, só porque estavas à espera de um filho meu. - explicou e eu não pude deixar de sentir uma leve raiva passar por mim, isso significa que aquela não foi a única vez. - Nós não namoramos, apenas temos um filho em comum.  

- engoli em seco e sentei-me direita na minha cadeira. - Como queiras. - cruzei os braços e tentei ignorar a água que invadiu os meus olhos. 

Cruzei também as pernas e acabei por meter as pipocas de parte, perdendo a vontade de as comer e até mesmo de ver o segundo filme da saga " 50 Sombras de Gray ". Apetece-me chorar, tenho um aperto idiota no peito, e só quero ir para casa e ficar com o meu bebé nos braços, porque ele é a única certeza que tenho na minha vida. 

- Eu quero ir para casa. - sussurrei levantando-me, caminhei rapidamente para a saída da sala e tendo cuidado para não cair devido à escuridão. 

- Catherine! - Zayn agarrou o meu pulso quando já estávamos fora da sala. - Vais mesmo ficar chateada? Eu apenas fui sincero. 

- Obrigada pela sinceridade. - agradeci soltando-me da sua mão. - Eu é que sou idiota, por achar que talvez uma parte de ti... - olhei os seus olhos. - Esquece, vamos apenas para casa, foi uma má ideia termos vindo cá.

- Sério Catherine? - assenti freneticamente com a cabeça, e olhei para cima tentando segurar as lágrimas. 

Eu não sou assim, nunca fui porquê agora? 

- Sim, a sério Zayn, eu quero ir para casa! - exclamei começando a ficar irritada. - Se não me quiseres levar, eu vou sozinha. - passei as costas das minhas mãos pelo o meu rosto. - Ou talvez tu queiras ir foder uma vadia qualquer, em vez... 

- Catherine, a vida é minha, não me podes estar a julgar! - gritou e eu estremeci. - Pára de agir como se fosses minha namorada, como se eu te pertencesse! 

- Então pára de fazer isso também! - gritei. - Pára de agir como se eu também fosse tua, eu não sou tua e tu tratas-te como se eu o fosse! No entanto eu não sou, tal como tu não és! Como tu disseste a única coisa que nos mantém perto um do outro, é o Lorenzo. - ele assentiu firme. - E mesmo assim, eu não acho que seja por muito tempo. 

- O quê? - questionou olhando-me confuso. 

- Eu estou a pensar voltar para Inglaterra, assim que o Lorenzo completar seis messes no máximo. - lambi os meus lábios. - Eu não quero ficar em Compton. 

- E quando é que me pensavas contar isso? - perguntou aproximando-se. - É meu filho! 

- Quando estava dento de mim, tu nem sequer mostras-te tanto interesse. - encolhi os ombros. - Porquê agora? Nunca foste a nenhuma consulta, só porque me ofereces-te hambúrgueres achas-te que estavas a agir como um bom pai? Pois bem Zayn, não estavas. 

- Tu não o vais levar! - falou firme, vi o seu maxilar trancar. 

- E és tu que me vais impedir? - assentiu. - Eu acho que não, tu como pai não estas numa boa posição. - sussurrei. - Tu poderias ser um bom pai, se não pertencesses ao perigo que te rodeia. - os seus olhos seguiram os meus movimentos. - Desculpa, mas eu quero o melhor para o meu filho. 

GENTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE EU ATÉ METERIA MAIS UM CAPITULO MAS AQUI EM PORTUGAL SÃO QUASE MEIA NOITE KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK NOSSAN ESSES DOIS!!!!! 


Disorder « z.m »Where stories live. Discover now