Catherine Cooper
- Como é que te sentes? - Harry indagou sentando-se na poltrona ao meu lado, ofereceu-me um chocolate, o qual eu não recusei. - Bom, quase todos já tentaram falar contigo, eu não e por isso vim tentar a minha sorte. - sorriu mostrando os buracos nas suas bochechas.
- encolhi os ombros e encarei o plástico do chocolate. - Pelo chocolate, já ganhas-te um ponto. - ambos rimos, suspirei. - Mas mesmo assim, sempre que olho para um de vocês não consigo deixar de sentir raiva.
- É... eu compreendo. - comprimiu os lábios e olhou para o ponto qualquer do quarto de hospital. - Queria pedir-te desculpas da minha parte.
- Sinceras ou apenas da boca para fora? - questionei encarando diretamente os seus olhos verdes. - É que as desculpas da Molly, não me pareceram sinceras. - falei com alguma raiva. - Muito menos as da Freya.
- Mas eu sou diferente Catherine, eu quero mesmo desculpar-me tal como todos os outros eu podia tê-las impedido de fazerem o que fizeram. - falou olhando-me seriamente. - Desculpa, okay? Elas podiam ter-te matado.
- Não seria a primeira pessoa que morria, nas mãos dela com toda a certeza. - falei sem pensar nas minhas palavras, e segundos depois ouvimos a porta fechar-se com alguma força.
- Eu vou ver quem era. - assenti levemente com a cabeça e olhei o seu percurso até à porta.
Encostei a cabeça a almofada, e resmunguei para dentro ajeitando os meus cabelos, estou farta de estar neste hospital de comer a comida sem sal, de ter de ser ajudada para ir à casa de banho e tudo mais. Odeio hospitais e o pior de tudo é que não tenho a minha mãe comigo, sim eu Catherine Cooper preciso da minha mãe, qualquer pessoa precisa da sua progenitora mesmo tendo problemas com ela, no meu caso eu não tenho nenhum.
- Era a Freya. - encolhi os ombros e olhei para a janela. - Ela vinha falar contigo.
- Harry podes mandar um recado a todos? - ele assentiu. - Eu não quero as vossas desculpas, okay? Eu continuo com o vosso plano de trazer o meu até vocês, mas por favor apenas me chamem quando precisarem de mim, não para me humilharem mas sim para fazer algo de útil.
- Okay. - sussurrou, aproximou-se de mim. - No entanto, desculpa-me... - humedeceu os seus lábios. - Mesmo que não queiras as minhas desculpas, eu sinto-me de consciência tranquila porque eu pedi-as e da minha parte foram sinceras, só faltas tu aceitares.
- Okay Harry. - murmurei um tanto sem paciência.
- A hora das visitas terminaram. - agradeci mentalmente, e olhei para Harry e sorri falsamente.
- Até amanhã Catherine. - falou antes de sair.
« três horas depois »
Senti algo gelado tocar na minha mão, e abri os olhos lentamente encarando uns olhos castanhos esverdeados, automaticamente revirei os olhos e larguei a minha mão da dele.
- O que fazes aqui Zayn? - indaguei um tanto cansada. - São dez da noite. - murmurei após olhar para o relógio à minha frente, que parece ter sido posto ali despropósito apenas para eu ver o tempo passar lentamente.
- Vim visitar-te. - sussurrou, colocando as suas mãos gélidas nos bolsos.
- Como é que entras-te, a hora das visitas já acabou a algum tempo. - murmurei calmamente, porque eu tenho tido ultimamente é demasiada calma.
- Eu sei, mas isso não me impediu de entrar no quarto. - falou encolhendo os ombros e dando um sorriso convencido.
- Então podes sair pela mesmo porta por onde entras-te, não preciso da tua companhia. - falei rudemente.
- Okay. - franzi as sobrancelhas, assim que o mesmo se deitou na poltrona perto da minha cama, começando a aconchegar-se na mesma. - Eu não me vou embora, até decidires que me desculpas.
- revirei os olhos. - Qual é o teu problema? Vens aqui todas as noites e fazes o mesmo, porque é que não entendes que eu não te vou perdoar?
- Porque... - olhou para a parede à sua frente. - Não interessa. - encolheu os ombros. - Dorme Catherine, o doutor disse que tens de descansar.
- suspirei pesadamente, e cruzei os braços encarando o moreno seriamente, o mesmo olhou-me sorrindo. - Vai-te embora Zayn. - ele negou. - Eu vou chamar alguém.
- Vais? - assenti freneticamente com a cabeça e o mesmo ajeitou-se. - Sabes quantos capangas do teu pai estão lá fora?
- Como assim? - questionei arqueando as sobrancelhas.
- Desde que deste entrada neste hospital, e que o teu pai soube disso, que andam por ai uns cinco a rodear o hospital e nós estamos aqui o dia inteiro, ali do lado fora a ver se alguém para além de nós e os enfermeiros entram no teu quarto. - eles estão a proteger-me. - Não vou chamar-te egoísta, porque tu nem sequer sabias, mas devias de ter um pouco de consideração por quem te fez mal e agora apenas se quer redimir.
- desviei o meu olhar do seu. - Obrigada...
- Pelo o quê? - indagou e eu olhei diretamente para ele podendo ver o seu sorriso convencido desenhado nos seus lábios. - Por mesmo eu estar a ser uma grande idiota, vocês estarem a proteger-me mesmo que a vossa vontade não seja essa.
- Sendo assim, de nada. - sorri fraco e sentei-me melhor na cama. - Vais ficar ai?
- Vou. - respondeu firme, tentei não sorrir. - Algum problema com isso? - neguei levemente com a cabeça e o mesmo colocou o capuz do seu casaco.
- Hum... - cheguei-me para o lado na cama. - Podes deitar-te aqui se quiseres.
- Queres que eu me deite ao teu lado? - indagou sorrindo, eu acabei por sorrir também. - Apenas vou aceitar, porque nenhuma das cadeiras lá fora é confortável nem mesmo esta poltrona.
Deitou se ao meu lado, a cama não é assim tão grande por isso o mais provável é um de nós acordar no chão. Sinceramente espero que não seja eu, porque já me bastam as dores que sinto no meu corpo.
- Então, como te tens sentido? - indagou olhando-me atentamente.
- Normal, os médicos não me dizem nada, apenas dizem que as minhas costas se vão curando lentamente e que pronto, aos poucos vou ficando boa. - expliquei.
- Isso é bom. - murmurou, deitei a cabeça no seu ombro e fechei os olhos. - Desculpa mais uma vez.
Assenti levemente com a cabeça e suspirei pesadamente, sentindo o seu braço em torno dos meus ombros.
HELLOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO IT'S ME RITA KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
VOCÊ ESTÁ LENDO
Disorder « z.m »
FanficRecrutada para se infiltrar num dos piores gangues de Los Angeles os Bloods, sozinha na Califórnia mais situada propriamente em Compton. Ela vê-se obrigada a completar a sua missão o mais rápido possível para poder voltar para os braços, da pessoa q...