« setenta e dois »

2.3K 192 8
                                    

Catherine Cooper 

Alisei o vestido no meu corpo e olhei-me ao espelho, ouvi passos na escada e logo o ser de cabelos encaracolados entrou no meu quarto, olhou-me de cima abaixo e deu um sorriso de lado, atirou-se para cima da minha cama e pegou no cubo-mágico que estava em cima da minha cómoda. Deve ser a casa da tia Joana, é por isso que ele se sente tão à vontade. Na realidade eu e Harry torna-mo-nos muito amigos durante a ausência de Zayn, mas nada aconteceu entre mim e ele, afinal de contas mesmo que quisesse-mos nenhum conseguiria, eu vejo-o com um irmão e ele vê-me com uma irmã e isso basta. 

- Toda gostosa, quem vê pensa que até és civilizada, mas quem conhece sabe que nem vão passar da porta para fora. - soltei uma gargalhada alta e neguei levemente com a cabeça. - Porque é que eu te vejo como uma irmã? - encolhi os ombros. 

- Se o Zayn te der um tiro, eu vou rir mas não por muito tempo, porque a seguir eu choro. - ele riu e negou levemente com a cabeça. 

- Onde é que está o filho da puta do Zayn? - perguntou alto e o moreno saiu rapidamente da casa de banho, os seus olhos estavam semicerrados e eu não pude evitar rir. 

- O que é que tu queres? - questionou chateado. 

- Harry revirou os seus olhos verdes, e bufou. - Zayn, amigo qual é o teu problema? - indagou aborrecido. - Parece que já não me conheces fodasse. - Ih ficou stressado! Olhei-os através do espelho. 

- Só não estou a gostar da tua falta de respeito, para com a Catherine. - arqueie as sobrancelhas tal como Harry. 

- Oi? - indagamos ao mesmo tempo. Será que ele bebeu? Nenhum dos comentários do Harry são ofensivos.

- Zayn, precisas de ter calma. - murmurei e o mesmo olhou para mim. - Eu não levo como ofensa, ele até me está a elogiar e não de um modo de me querer. - Harry concordou e Zayn revirou os olhos. 

- Tá. - resmungou. - Já podemos ir? - perguntou com todo o mau humor evidente no seu tom de voz. Ri juntamente com Harry e rapidamente fui abraçar o moreno, e logo outro par de braços a rodear-nos. - Sai Harry. 

- Deixa de ser assim Zayn. - resmunguei desta vez, ele riu e empurrou-nos aos dois, pegou na minha mão. - Toma conta do meu filho. - falei deixando-me levantar pelo o moreno. 

- Vou tomar, mas tu tinhas dito que era a Molly. - falou pendurado no parapeito das escadas. 

- Os dois. - respondi pegando no meu casaco já cá em baixo. - E não desarrumem o meu quarto, porque se não quem começa aos tiros sou eu. 

- Mamã, onde vais? - Lorenzo questionou vindo até nós, sorri ao vê-lo caminhar nos seus passos atrapalhados. 

- peguei nele ao colo assim que ele chegou a nós. - Vou sair com o pai. 

- Tás bonita. - enrolou os meus cabelos com cachos nos seus dedos e só ai percebi que os mesmo estavam cheios de chocolate. 

- Ah não Enzo, olha os teus dedos estão todos sujos, quem é que te deu chocolate? - apontou para Niall. - O meu cabelo. - choraminguei metendo o mais novo no chão. 

 - Deixa o cabelo, vamos embora. - baixei-me e beijei os lábios de Enzo demoradamente, apertei a sua bochecha. 

- A mãe ama-te. - sorri. 

- Eu sei, também te amo mamã. - agarrou as minhas bochechas e beijou os meus lábios novamente. 

- Nossa, que coisa boa. - rimos os dois e eu abracei-o. 

- Catherine vens aqui e já vens, não vais viajar. - Niall resmungou. - Todas as vezes que sais, vocês os dois fazem isso. 

- Ele é o meu bebé. - resmunguei colocando-me na minha posição normal. 

Zayn beijou a bochecha de Lorenzo e os dois deram mais cinco, declararam o amor um pelo o outro e logo eu fui puxada por ele para fora do apartamento. Entrei no seu carro e olhei-me no retrovisor limpando o chocolate no meu rosto, sorri levemente e encarei Zayn que sem me deixar raciocinar beijou os meus lábios. 

- Onde é que vamos? - indaguei com um leve sorriso. 

- Surpresa. - semicerrei os olhos. - Vais gostar, isso é que interessa. - mordi o meu lábio inferior, o moreno colocou a mão na minha perna. 

- Posso fazer-te uma pergunta? - ele assentiu. - Porque é que não tentas-te pedir a nossa ajuda? Sei lá estiveste um ano, sem conseguir um telemóvel? 

- Eu quis tentar sair de lá sozinho, mesmo que isso me tornasse numa merda ou me matasse. - abri a boca chocada.

- Ou seja, preferiste ser orgulhoso? - indaguei e uma risada irónica saiu por entre os meus lábios. 

- ele encolheu os ombros. - Como lhe queiras chamar, simplesmente não vos quis meter no que me aconteceu, e preferi sair de lá sozinho. 

- Mesmo que isso custasse a porra da tua vida? - assentiu sem se importar. - És incrível. 

- Catherine, entendo o meu lado por favor. - pediu focado no caminho. - Eu só vos quis... 

- Proteger, tão irritante o facto de nos quereres proteger, já viste o teu estado? As tuas costas, já viste as marcas no teu corpo? O facto de estares tão magoado fisicamente e provavelmente psicologicamente? 

- Eu estou bem! - acabou por berrar. - Tu não sabes de nada, por isso não fales okay? 

- Não falo? O homem que eu amo, chega passado um ano no estado que chegou, e eu não tenho o direito de falar? - ri. 

- O facto de eu já cá estar não é suficiente? - indagou e olhou para mim durante um segundo. 

- Não porque eu quero saber quem te deixou assim, quero saber quem é que te deixou tão impotente! - expliquei um tanto alto. - Tu não és o Zayn, que deixou Compton há um ano atrás, e eu quero saber o que aconteceu realmente e quem te fez isto. 

- Queres saber quem foi? - assenti freneticamente. - Foi o Robert, ele sabia que eu não estava morto, então ele aproveitou isso dando-me como morto para todos os gangues. 

- abri a boca estupefacta. - Ele disse que... 

- Que não sabia de mim, todos disseram isso, porque todos me queriam longe afinal de contas eu era um dos melhores líderes. - explicou. - Eles tinham de me eliminar de qualquer forma. 

- É agora que eu... 

- Vamos apenas aproveitar a nossa noite, pode ser? - olhei na sua direção e assenti suspirando. - Posso fazer uma pergunta? 

- Podes. - mordi o meu lábio inferior. 

- Tu e o Harry... o Harry e tu... sabes... - comecei a rir. 

- Não, óbvio que não Zayn, eu na sofrer por ti achas mesmo que eu teria tempo para me apaixonar novamente? - questionei. - Apaixonar-me por um criminoso já é loucura, apaixonar uma segunda vez é burrice. - ele riu e negou levemente com a cabeça. 

- Obrigada por teres tomado conta do meu gangue, mesmo que isso não seja a tua onda. - encolhi os ombros. 

- Está-me no sangue, mesmo que eu não queira isso puxa-me. - suspirei. - Mas falemos de outras coisas. - sorri. - Qual é motivo disto tudo? 

- Não posso ter saudades de estar contigo? Estar contigo sozinho? - indagou. 

- Obviamente que podes. - sorri e debrucei-me no banco beijando a sua bochecha. - E onde vamos? - beijei desta vez o seu pescoço. 

 - Catherine... - resmungou e apertou a minha coxa. 

OLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!  

Disorder « z.m »Onde histórias criam vida. Descubra agora