« trinta e seis »

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Catherine Cooper 

Não sentia o meu corpo, não conseguia ouvir nada e tudo o que conseguia ouvir realmente estava demasiado longe, sabia que havia pessoas à minha volta e que já não estava dentro do carro, tal como ele. Não sei se ele conseguiu fugir mas eu espero que sim. Senti uma luz forte entrar em contacto com o meu olho, e pisquei várias vezes ao perceber que era uma lanterna. 

- Ela está consciente! - gritaram. - Ouve-me tens de aguentar, nós vamos fazer os possíveis mas quem tem de lutar és tu. 

« um mês depois » 

- Dylan não é preciso tudo isto. - murmurei dando uma pequena gargalhada, ao vê-lo colocar um tabuleiro cheio de coisas para comer. 

- É preciso sim, saíste do hospital à pouco tempo. - falou sentando-se ao meu lado. - Não foi um acidente nada bonito, Catherine. 

- Não existem acidentes bonitos. - murmurei suspirando, encostei-me para trás no sofá do moreno e dei um pequeno sorriso. - Hum... Dylan tu sabes se... 

- ele rapidamente me interrompeu. - Eles estão em segurança. - olhou-me com os seus olhos cor de esmeralda. - Mas bastante chateados contigo. 

- desviei o meu olhar do seu, e assenti levemente com a cabeça pois era compreensível. - Por momentos eu achei que estava a fazer o melhor para mim, sabes? - ele assente. - Mas depois, algo impediu-me, ver o quanto ele me odiou naquele momento doeu demasiado. 

- E porque é que doeu? - questionou sentando-se de lado. - Eu pensei que era o teu objetivo mete-los na cadeia. 

- senti os meus olhos lacrimejados. - E era... - mordi o meu lábio inferior com alguma força, tentando conter as lágrimas. - Mas quando ele me olhou daquela maneira, e gritou sem medos o quanto me odiava eu senti-me a ir a baixo, eu senti-me com um nada no meio de tudo. 

Eu tenho saudades dele, do seu jeito estúpido mas ao mesmo tempo carinhoso de ser, dos seus impulsos repentinos mas que no fundo me deixavam feliz e eu não queria admitir, saudades da sua gargalhada. É como se as paredes que eu tivesse erguido em torno de mim, tivessem caído lentamente e nem sequer fizeram barulho, ele entrou sem pedir autorização e o facto de eu ter sido forte e insensível enquanto ele estava por perto, agora deixa-me insensível e com uma dor que eu nunca antes senti. Dói, porque ele me faz falta e eu não sei como é que ele está depois do acidente.

- Estas apaixonada pelo o Zayn. - Dylan disse olhando-me com calma. - Mas não o queres admitir. 

- Nunca o admitiria em voz alta. - sussurrei enxugando as lágrimas. - Porque eu sei que não sinto nada, é apenas algo estúpido que me está a fazer confusão. 

- Bom, quando o admitires para ti mesma, ai podes admitir para o mundo. - falou deixando um beijo na minha testa e levantou-se. - Eu tenho de ir trabalhar, e depois ir ter com a Alessia. - assenti e peguei na caneca de chá. - Ficas bem? - assenti. 

- Eu fico. - dei um pequeno sorriso, encostei a cabeça no sofá e encarei o personagem alto à minha frente. - Bom trabalho. 

- Até logo. - acenei com um pequeno sorriso, e assim que a porta se fechou eu voltei a ficar sozinha. 

Zayn Malik 

- levantei-me rapidamente ao ouvir o que Niall disse. - Como assim o Robert, tinha uma parceria com a agência da Catherine?! - questionei batendo com o punho na mesa. - O Mark o chefe da Catherine, é chefe do gangue de Inglaterra? Utiliza pessoas inocentes para fazerem o trabalho sujo dele? - o rapaz de olhos azuis assentiu. - O pai da Catherine é quem comanda esse mesmo gangue, ou seja ele não chefe de um mas sim de dois? - concordou novamente. - E eles agora têm nos nas mãos, graças à Catherine? 

- Mas não sabemos, se ela sabia o que estava a fazer. - apoiei as mãos no tampo da mesa, não acreditando que ela fosse inocente no meio disto tudo, não depois de me ter entregado e dito: Nunca confies em alguém, que um dia te ofereceu ajuda. - Ela sabia o que estava a fazer. 

- Zayn, ela pensou que estava a ser recrutada, ela entregou o pai à polícia à equipa dela a achar que eles eram de confiança. - tentou explicar mas eu neguei. - Onde é que vais? 

- Casa do Dylan! - exclamei pegando as chaves do meu carro. - Ela está lá! 

Assim que a porta se abriu, eu pude encontrar a sua pequena não tão pequena estrutura à minha frente, o seu rosto usufruía de uma expressão de choque e de confusão ao mesmo tempo. Um mês sem a ver, e estar a vê-la agora é a coisa mais estranha, ela parece frágil e de algum modo triste. 

- Cath... - sussurrei passado alguns minutos. 

- Z-Zayn... - franzi as sobrancelhas ao ver os seus olhos encherem-se de água. - D-Desculpa... - mordiscou o seu lábio inferior. - E-Eu não queria, mas... 

- Era o teu trabalho? O trabalho de merda que tinhas? Aquele onde o teu pai era chefe? - questionei e a mesma franziu as sobrancelhas. 

- Como assim o meu pai? - perguntou visivelmente confusa, mas eu não acredito na sua falsa confusão por isso eu ri. - Eu prendi-o. 

- Ao teu gangue de Inglaterra? O gangue que nem sequer o vai matar, mas sim liberta-lo? - ela deu-me espaço para entrar e assim o fiz. - Tu és uma merda Catherine, uma cabra. - ela negou freneticamente com a cabeça, e acho que o seu estado frágil fez com que ela começasse a chorar. 

- Eu não sei do que estas a falar Zayn! - falou parecendo sincera, encostou-se ao sofá e eu aproximei-me tendo vontade de a magoar, então por causa disso afastei-me. - Eu estou tão confusa quanto tu. 

- Pára de mentir merda! - exclamei, empurrando-a sem pensar. - Eu acreditei em uma vez, e não voltarei a acreditar! Por causa de ti, eu estou na merda! Por causa de ti nós estamos na merda! - gritei o mais alto que pude. - Eu...

- interrompeu-me. - Eu não fiz nada! Eu apenas pensei que estava a fazer o meu trabalho, e além disso eu não te entreguei! 

- Mesmo que não me tenhas entregado, não deixou de ser uma facada! - gritei também. - Já viste as vezes que nos mentis-te! 

- Mas eu não pertenço a nenhum gangue Zayn! - gritou irritada, e logo em seguida a sua expressão mudou para dor. - Eu não sei o que está a acontecer, e se não acreditas... então o problema é teu. 

- Diz-me o que fazias na tua suposta agência! - ordenei e a mesma deu a volta sentando-se no sofá. 

- Eu apenas recebia as ordens e cumpri-as, eu não sei Zayn, eu ia em missões... - decidi interrompê-la. 

- Que tipo de missões? - sentei-me ao seu lado. 

- Eu estou cansada... - murmurou mexendo nos seus cabelos despenteados. - Missões que supostamente me faziam subir na carreira, eu não sei, eu só tinha de prender quem me pediam normalmente bandidos escolhidos pelo o meu chefe e... 

- E? - pressionei. 

- E se o conseguisse, o meu salário aumentava, eu era promovida é sempre assim com toda a equipa. - suspirou. - Eu não estou a entender. 

- O Mark o teu chefe, é chefe do principal gangue de Inglaterra ou seja tu és cúmplice. - franziu as sobrancelhas. - Ou então, inocento com todos os outros. 

- Eu pertenço a um gangue? - assenti e a mesma riu. - Impossível, eu tenho noção do que faço. 

- Pelos vistos não tens, tu pertences a um gangue, entregaste-me praticamente a um, e ainda deixas-te o teu pai em liberdade... - um telemóvel começou a tocar em cima da mesa de centro. 

A morena levantou-se e pegou no aparelho afastando-se vagamente de mim, encostou-se à janela e durante a conversa eu pude ver o seu rosto murchar lentamente. 

- O quê? - indagou num grito. - Como assim a minha mãe? 

OLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA HELLO! OBRIGADA POR FAZEREM DISORDER ESTAR EM #49 EM FANFIC! MUITO OBRIGADA MESMOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Disorder « z.m »Where stories live. Discover now