« vinte »

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 Caitlin Franklin 

Estava sentada numa roda juntamente com Freya, Molly, Liam, Niall, Harry, Zayn e mais umas quantas pessoas. O jogo que haviam escolhido era o tão famoso verdade ao consequência, mas um verdade ou consequência bastante diferente, não é aquele jogo que os adolescentes do secundário ou até mesmo da universidade jogam. Este tinha algo especial, e não é pelo o facto de ser apenas uma consequência que dão. 

- Caitlin, certo? - indagou lambendo os seus lábios finos, assenti lentamente e tentei ao máximo descontrair. Coisa que de momento não é de todo fácil. - Verdade ou consequência? 

- Consequência. - mais vale consequência, do que uma verdade falsa. 

- Gosto, direta é assim que se quer. - sorriu maliciosamente. - Tu pedis-te e sabes o que acontece se recusares, certo? - assenti. 

- Vai com calma. - ouvi Niall dizer ao seu lado, olhou para mim e deu-me um sorriso reconfortante, sorriso esse que eu retribui de forma agradecida. 

- Tens de vir comigo lá em cima. - olhei para as raparigas sentadas ao meu lado, e ambas elas franziram as sobrancelhas. 

- Okay... - sussurrei, levantando-me e sacudindo as minhas calças pretas. Senti o rapaz pegar no meu pulso com alguma força começando a puxar-me com ele. - Eu consigo andar sozinha, graças a Deus nasci com duas pernas! - exclamei puxando o meu pulso para mim. 

Subimos as escadas, e ao chegarmos ao topo da mesma o rapaz loiro puxou-me para uma divisão qualquer. Senti as minhas costas irem contra a parede e resmunguei alguns palavrões, soltando-me das suas mãos rapidamente. Pois eu não irei permitir que ele me toque, não da maneira que ele parecesse querer tocar. 

- Sou o Darien. - tentei respirar apenas pela a boca, pois o seu hálito a álcool estava a deixar-me enjoada. - E estou aqui, por causa do teu pai. - abri a boca em espanto. 

- Eu não quero saber do meu pai... - sussurrei. - Eu não vou ter com ele, diz-lhe isso! E também para que pare de mandar os seus capangas atrás de mim! - falei alto o suficiente para que ele me ouvisse. 

- Tu tens, és a menina do papá e ele não quer que nós te toquemos! - falou no mesmo tom. - Eu preciso que venhas, ou então eu posso considerar-me um homem morto com os outros que tentaram. 

- O Louis não está morto. - cruzei os braços. - Nem mesmo o Eric, ou o Taylor ou até mesmo o Lewis... és diferente? 

- Sim, porque eu sou novo nesta merda toda! - berrou e eu esfreguei as minhas têmporas. - Será que podes simplesmente ir ter com o teu pai? Ele apenas precisa de conversar contigo! 

- Porque é que ele não vem até cá? - indaguei metendo as mãos nas ancas. 

- Porque aqui é território inimigo, aquelas pessoas que tu chamas amigas iriam matar o teu pai, se ele metesse o pé aqui! Eles precisam de caras novas para te virem buscar, e bom calhei eu! E se falhar nesta porcaria de missão, ninguém mais me mete a vista em cima, porque eu estarei em baixo do chão a sete palmos da terra. - explicou exagerando ridiculamente nas palavras. - Entendes? 

- Entendo, mas eu não vou. - expressei já decidida. - Não me interessa se morres, não serias a primeira pessoa a morrer por minha causa. - acho que o meu lado frio começou realmente a surgir, de há um tempo para cá eu deixei de sentir choque ao ver as pessoas morrerem por minha causa. 

- Obrigada, então! - vi nos seus olhos cinzentos o receio e suspirei pesadamente. - Imagina então a quantidade de pessoas, que por tua culpa perderam famílias, vidas cheias de coisas para fazer, algumas até deixaram filhos para trás. - engoli em seco e quando ele ia sair da casa de banho, meti a mão no seu peito. 

Disorder « z.m »Onde histórias criam vida. Descubra agora