« trinta »

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Zayn Malik 

- Olha tu estas bem? - questionei para a rapariga ainda assustada, desviou-se um pouco de mim e logo revirei os olhos. - Queres água Catherine? 

- Não obrigada... - sussurrou levantando-se. - Eu vou para o meu quarto. - falou meio desnorteada, encolhi os ombros e encostei-me ao sofá fechando os olhos com alguma força devido à dor no meu abdómen. - Hum... precisas de alguma coisa? 

- Nop, eu estou bem. - ela assentiu e começou a subir as escadas lentamente. - Se precisares de alguma coisa não hesites em chamar. - assenti novamente. 

- Até amanhã Catherine. - apenas acenou e acabou de subir as escadas. 

Boa agora ela tirou-me o sono, o que é que eu posso fazer? Peguei no comando da televisão, e liguei a mesma começando a fazer zapping e procurando algo de jeito, mas nada me parecia despertar interesse. Suspirei e encostei a cabeça para trás observando o tecto branco ficando assim por um bom tempo, tomando a decisão de me levantar e começar a subir as escadas em direção ao seu quarto. Como é que eu ainda não a matei? Porque é que eu simplesmente não a consegui matar na hora? E o facto de a querer ao meu lado, apenas para a proteger e omitir isso com o facto de a estar a castigar pela a sua traição. Mas eu não me sinto de todo traído, porque de alguma forma ela estava a fazer o que achava correto, e quem a pode culpar por isso? 

- Zayn... - ela sussurrou sentando-se, e chegando-se para trás. - O que fazes aqui? Precisas de alguma coisa? 

- Não eu não preciso de nada... - coloquei as mãos em cada lado das suas coxas e encarei o seu rosto, que estava pouco iluminado. - Como é que estas? 

- Normal. - eu podia sentir o seu tom confuso e provavelmente surpreendido. A realidade é que eu até me preocupo com ela, e isso fode o meu psicológico. - Dói-te algo? - neguei. - T-Tu queres dormir aqui, s-sentes-te mais confortável, e-eu posso ir dormir para a sala eu... 

Juntei os nossos lábios rapidamente interrompendo o que mesma dizia, movimentei lentamente os meus lábios contra os seus. Coloquei a minha mão sobre a sua bochecha acariciando a mesma, afastei os seus cabelos do rosto e lentamente me afastei deixando pequenos beijos nos seus lábios. Vi-a morder o seu lábio inferior e eu sorri levemente lambendo os meus. 

- Aham... - a morena pareceu ficar bastante inquieta do nada. Dei uma pequena gargalhada e sentei-me ao seu lado. - Eu vou... 

- Não. - falei rapidamente e peguei no seu pulso. - Porque é que acordas-te aos gritos?

- Foi apenas um pesadelo, nada demais. - colocou as mexas do seu cabelo atrás da orelha. - Um pesadelo que parecia bem real. 

- Sabes, a minha mãe dizia-me que quando temos pesadelos, é porque temos medo de algo. - olhei na sua direção, e a mesma estava concentrada em mim. - Tens medo de algo Catherine? 

- De perder as pessoas mais importantes para mim. - confessou suspirando. - Qual é o teu pior medo Zayn? 

- Acho que quando somos traídos, não temos família e vivemos neste mudo... - fiz uma breve pausa. - O medo não chega a vencer algo, porque tu não te surpreendes com as coisas que acontecem, entendes? - assentiu. 

- Entendo. - sentou-se com as pernas à chinês, e baixou a cabeça por algum tempo e quando voltou a levantar a mesma os seus olhos estavam lacrimejados. - Obrigada... 

- Pelo o quê? - questionei confuso. 

- Por não me teres matado, tu sabes eu tinha tudo para vos meter na cadeia... - dei uma pequena risada. - E bom, tu não me matas-te. 

- Acho que a tua intenção não era má, afinal nós somos os "maus" da fita, e todos nos querem presos. - encolhi os ombros. - Tu só estavas a tentar proteger o que todos querem proteger, as pessoas inocentes.  

- Porque é que não desistes disto? - perguntou olhando-me rapidamente. - Todos vocês, porque é que não desistem? 

- Eu só quero vingar a minha família, o teu pai matou toda a minha família como se fosse a coisa mais normal de se fazer. - respondi com um pouco de raiva. - E eu quero pagar-lhe na mesma moeda. 

- lambeu os seus lábios e desviou o seu olhar do meu. - Eu entendo, eu acho que faria o mesmo... 

- Farias? Mesmo sabendo que isso não te traria a tua família de volta? - assentiu. - Eu sinto que se o conseguir matar, eu terei paz para comigo mesmo. Irei sentir que finalmente os vinguei. 

- E depois? - inquiriu. - Depois de o matares. 

- O destino irá provavelmente dizer o que fazer. - ambos rimos. - Se não fosses uma agente, o que serias? 

- encolheu os ombros. - Talvez modelo, eu não sei. - gargalhou. - Acho que seria boa como modelo. 

- Bom, não posso negar isso. - ela sorriu e pela primeira vez pareceu ser sincera. 

- E tu, o que serias? - encostei a cabeça para trás. 

- Cantor, eu acho. - sorri. - Mas agora é um pouco tarde para isso. 

- Tu cantas? - assenti. - Podes cantar? 

- Ah, não! - exclamei e a mesma fez beicinho, cruzou os braços em cima dos joelhos e deu-me um pequeno encontrão. - Não, vou cantar Catherine. - ri. 

- Só um pouco. - pediu piscando os olhos e eu fechei os olhos negando. - Beicinhos e piscadelas não funcionam comigo. 

- Por favor. - abri um olho e a mesma estava realmente perto de mim, ri com isso e neguei tocando na ponta do seu nariz. - Só um pouco Zayn. 

- Não! - exclamei rindo e a morena acabou por rir também. 

Ficámos calados por um bom tempo, não um silêncio que fosse constrangedor mas sim um silêncio bom e até aconchegam-te, senti a minha respiração ficar mais fraca quando Catherine encostou a sua cabeça ao meu ombro e permaneceu encostada a mim, nos minutos a seguir. Acabei por encostar a minha cabeça à sua e encarei a janela ao nosso lado, não sabendo o que dizer, talvez ficar calado fosse o melhor. 

O que se passa comigo? 

UPDATEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE! ENTÃO COMO É QUE ESTÃO? TUDO BEM? COMIGO ESTÁ, E AMANHÃ COMEÇAM AS AULAS MDS QUE DOR! SÉRIO NÃO ESTOU PRONTA NEM UM POUCO PRONTA! VOCÊS ESTÃO? VÁ EU AGORA VOU-ME FOCAR UM POUCO NA RELAÇÃO DE ZAYTHERINE, A FIC MERECE UM POUCO DE PAIXÃO NÉ? 

Disorder « z.m »Where stories live. Discover now