| Livro um da trilogia As Doze Luas |
Lizandra Verlack estava satisfeita com sua mente cética e sua banda punk de garagem. Porém, tudo se transforma quando ao voltar de um luau, em seu aniversário, a morte vem ao se encontro. As barreiras mentais...
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— Amsterdã — Sofia disse erguendo uma das sobrancelhas, após aterrissar de joelhos ao cair do portal. Concluiu que se localizava sobre um dos canais, em uma ponte, ao debruçar-se sobre a grade de proteção. Rafael e Natã chegaram logo depois, fechando o circuito se faíscas no ar.
— Eu achei que era uma boate. — Rafael pronunciou olhando em volta. As casas ao redor, em sua maioria, tinham tons de marrom, e a ponte era feita de pedra. A combinação dava um tom medieval ao lugar.
— Eu também vi essa ponte na visão, mas, não sei aonde está a boate — A jovem passou a frente, as botas de salto fazendo estalos enquanto andava em direção as ruas. — Vamos pedir informação.
Andaram em passos largos, como um bando de onças indo a caça. A cidade possuía um estilo vitoriano e romântico. Possuía toques de exuberância pelos detalhes nas calçadas e postes de luz.
— Não vai ser preciso. — Natã gesticulou a mão em direção ao outro lado da rua, onde havia um grande lugar, com um letreiro colorido onde lia-se "Land of Fire"
— Terra do fogo em holandês — disse Rafael, havia uma leve zombaria em seu tom de voz. — Há um arquipélago com esse nome. Mas também é conhecido na mitologia como casa dos demônios, localidade de Satã, local onde abrigam-se almas, inferno...
Sofia estremeceu, seus braços estavam completamente arrepiados. Estava tão frio que saía vapor condensado de suas bocas ao falar.
— Já chega, Rafe.
Ela abraçou os braços nus, usava apenas jeans e camiseta de alça. Sentiu muita falta de um casaco, considerando os seis graus que deviam fazer naquela ocasião. Eles atravessaram a avenida quando o sinal ficou vermelho. Havia uma fila de uma ponta a outra da calçada para entrar na boate. Ela suspirou, observando o jato branco sair de sua boca.
Rafael passou adiante, observando a todos e tudo minuciosamente. Havia um segurança recebendo os ingressos da entrada.
— Porque nós tivemos que sair do Brasil quando há uma sede em Amsterdã? — Natã resmungou esfregando as mãos umas nas outras.
