30| Impossível

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Uma vez que ilusões são questionadas, falsas realidades esvaecem e a noite dá permissão para o manifestar do dia.

— Já disse que não vai rolar, Yan — Liz respondeu ao garoto a sua frente, que a encarava com a expressão repleta de insatisfação. Possuía olhos castanhos e cabelos lisos tingidos de azul-escuro, aparentava ter dezoito anos.

Ela estava sentada em cima de uma das mesas do Zona Verde, girando impacientemente um cigarro entre os dedos.

— Deixa disso, Verlack... Vai ser divertido... — insistiu o garoto.

Ela levantou a mão livre, fez um gesto de despedida e soprou a fumaça no rosto do garoto de maneira insolente, que deu as costas em seguida, parecendo meio irritado, meio cabisbaixo.

Ela tragou observando mais um garoto ir embora, talvez ele merecesse uma chance ou ela não quisesse dar uma chance a si mesma, mas essa era Lizandra Verlack, conhecida por dispensar garotos após encantá-los com seus penetrantes olhos cor de ouro. Na vida real alguém sempre tinha o coração quebrado. Apaixonar-se era tudo que ela não queria.

O recinto estava cheio. Diversos jovens estavam aos redores das mesas. Uma música tocava ao fundo, onde alguns dançavam animadamente. Apostas rolavam soltas em volta da mesa de sinuca.

— O que aconteceu aqui? Vi como Yan saiu chutando as cadeiras.

Liz levantou da mesa, encontrando o olhar de Liam sobre si. Ele carregava um prato com alguns brownies com calda de morango e pousou-o em seguida, puxando uma das cadeiras e sentando.

— Nada de relevante. — esclareceu a garota friamente, sentando de frente para ele. Pegou um doce do prato e deu uma mordida em seguida.

Matheus jogou o corpo na cadeira ao lado de Liam. Sofia, com uma expressão irritada, sentou-se do outro lado dele.

— Por que demoraram? — indagou o ruivo, cuidadoso, passando o olhar de Matheus para Sofia.

— Uma velha reclamou por ter estacionado em frente a garagem dela. — Math revirou os olhos. — Disse que chamaria o marido se eu não tirasse o carro e blá, blá, blá.

Sofia encarou-o como se estivesse ouvindo uma música de que não gostasse.

— Ele ameaçou bater no marido dela! Parece um cão não adestrado.

Matheus lhe deu a língua.

— Foi engraçado, eu admito, mas mesmo assim... — Sofia fez uma arma com a mão, apontou para ele e fez um gesto, fingindo atirar.

Os quatro deram risadas. Liz, por um momento esqueceu de tudo que a assolava.

— Você tirou? — indagou ela.

— Até parece... — Sofia balançou cabeça.

Matheus tirou alguns fios que caíam sobre a testa. Os olhos verdes, semelhantes a uma mata sendo devastada, focaram na mesa, as sobrancelhas abaixaram em aparente aborrecimento.

As Doze Luas - Filhos do AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora