25| Identidades Esquecidas

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— Uma catedral no meio de uma montanha? — Liz inquiriu, estupefata. Estavam de frente a grades altas, que dariam três dela, em altura, sustentada por pilastras arcaicas, que possuíam arandelas coloniais fixadas em seus centros. Mais a frente, seguido por um longo caminho de pedras, ela pôde deslumbrar altas torres características da arte gótica. — Como assim? Isso é a coisa mais louca que eu já vi... — Liz encarou Rafael com a testa enrugada. — Bom, não é, mas...Ãh...Você entendeu.

O rapaz levantou uma sobrancelha, deu uma risada e Liz o odiou por isso.

— É uma sede, não uma catedral. — ele pronunciou enquanto puxava a alavanca que abria passagem.

Liz estava distraída demais e as palavras agiram como sal se dissolvendo em água, na sua cabeça. Ela voltou o olhar a uma placa de bronze com dizeres estranhos, repleta de rachaduras, presa abaixo de uma das arandelas.

"Ab origine, serviemus ut Creator
ab imo anima, pro veritas
et ab oppotunitas
ab vivere in Tellus.
"

— O que significa? — ela apontou para a placa e fitou Rafael com atenção esperando uma resposta séria.

Ele mordeu os lábios, abaixou o rosto e sussurrou no ouvido de Liz:

— Bem-vindo a uma passagem sem volta. Venderemos sua alma.

Se fosse possível, os olhos dela teriam se tornado duas tochas lançadoras de fogo ao encará-lo, mas ela apenas revirou-os. A boca dele formou uma linha reta, mas possuía um sorriso aprisionado no olhar.

O canto dos pássaros era estridente, Liz levantou a cabeça e viu inconstáveis deles, não era de se admirar considerando a quantidade de árvores ao redor do caminho. Quanto mais se aproximava da estrutura, mais a mesma dava a impressão de que iria a engolir. 

Era uma construção sustentada por colunas, que tinha traços renascentistas, com muitos andares e muitos metros de largura e altura. Era conservada, entretanto, tinha a aparência de um lugar construído a séculos. No alto, bem no centro, havia uma escultura enorme, de um leão com uma coroa sobre a juba e um par de asas nas costas. Era um desenho estilo do século XV, Liz deduziu, teve vontade de estender a mão e tocar. Um leão para representar o Rei e as asas à liberdade. Eram pensamentos intensos demais para virem dela. Liz poderia jurar que já vira aquilo antes, em um passado distante...

As Doze Luas - Filhos do AlvorecerWhere stories live. Discover now