Capítulo 13 - Apenas um pedaço de carne

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Apesar das persianas fechadas, pequenos raios de sol se filtraram no quarto, tocando seus pés e trazendo uma leve claridade. Ele estava coladinho nela, o peito encostado às suas costas, sua respiração roçando no pescoço, seu membro duro firmemente apertado contra sua bunda. Ela podia ouvir pelo ressonar leve que ele estava profundamente adormecido.

    Virou-se, ficando cara a cara com ele e deu um beijinho em sua boca. Ele sorriu no meio do sono. Ergueu a mão, acariciando sua face, a barba rala por fazer como de costume e pensou como era bom acordar assim. Beijou a ponta do nariz dele, decidindo que deveria acordá-lo e levando sua mão direita até as partes baixas. Ele estava duro e pronto, observou.

– Cait – ele sussurrou, fazendo com que ela desse um pulinho de susto.

– Bom dia – respondeu, sorrindo, ainda acariciando seu membro por cima das calças.

– Bom dia! – abriu os olhos azuis apenas um centímetro, como se estivesse a espiando, o que criava uma série de ruguinhas em volta dos olhos. Em seguida segurou a mão dela, colocando-a dentro das calças – Se quer brincar, faça direito.

– Seu pervertido – ela riu alto – Eu só queria acordá-lo mesmo, não sei nem que horas são – disse, depositando outro beijo em sua boca, que ele prontamente retribuiu.

– Eu não ouvi despertador, você ouviu? – ele esticou-se para alcançar o celular, que estava no criado-mudo – E... pode tirar a mão daí que já estamos atrasados – anunciou, levantando-se no ato.

    Imediatamente, abandonando as brincadeirinhas e insinuações eles foram se vestindo e se arrumando para sair. Não só estavam realmente atrasados, como Cait prometera um Q&A no twitter e tinha esquecido completamente, então quando ele terminou de se vestir, foi até a cozinha e preparou um café pra ela, que alternava entre responder os tuítes e se arrumar. Saíram às pressas do apartamento, Cait levando o café num copo térmico, e respondendo às perguntas no caminho.

– Faça silêncio, tá bem? – ela disse, em dado momento quando já estavam no carro, a caminho dos sets. Virou o celular para a janela e fez um pequeno vídeo da paisagem que se estendia ao seu redor, finalizando o momento de perguntas e respostas no twitter enquanto ele dirigia.

– E perguntaram sobre nós dois de novo – ela contou, lembrando da pergunta que recebera antes, pensando em como gostaria de ter respondido com a verdade. Eles sempre eram questionados sobre o relacionamento, e até poucos dias, realmente não tinham nada para contar, mas agora era algo tão real, tão verdadeiro para eles, que eles queriam sim contar aos fãs, eles mereciam saber, pois estavam torcendo por eles antes mesmo que houvesse a mínima possibilidade de efetivamente existir um casal.

– Deu aquela resposta padrão? – Sam perguntou, apertando a mão dela na sua.

– Infelizmente – ela fez beicinho.

– Logo vamos poder falar, sim? – ele a tranquilizou, encarando-a por uma fração de segundo antes de voltar a atenção para a estrada – Só precisamos resolver essa questão do contrato.

    Quando botaram os pés no estúdio, todos os esperavam, e logo se separaram, cada um em seu camarim, começando a rotina de fazer cabelo, maquiagem, vestir figurino enquanto repassavam as cenas que gravariam no dia. Gravaram por algumas horas juntos pela manhã, e Cait continuou depois do almoço. Sam já tinha encerrado suas cenas, e depois disso poderia ir embora, pois já estava de folga para os feriados de fim de ano, mas decidiu ficar por ali mesmo. Sentou-se no camarim e ligou a TV para assistir o anúncio dos indicados ao Golden Globes.

Assim que anunciaram Caitriona como uma das indicadas ao prêmio, ele logo foi para o twitter, parabenizá-la e voltou a atenção para a TV, ansioso para a sua categoria.

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