Capítulo 27 - Futuro marido

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Era a primeira vez que passavam mais do que algumas horas separados desde que Sam voltara da Patagônia. Como Caitriona não podia viajar de avião e a promoção da quarta temporada já tinha começado, Sam fora sozinho para os EUA. Claro que os fãs estavam estranhando, e nas redes sociais tinham milhares de teorias para o fato de Sam estar promovendo a série praticamente sozinho, ainda mais depois do anúncio do noivado. Sophie, Richard, John, Lauren e César estavam o acompanhando, mas isso não diminuía os rumores. Tudo que ela poderia fazer sem colocar o bebê em risco, faria, mesmo que isso significasse viagens de cinco horas a Londres ou convidar o repórter em questão para entrevistá-la nos sets de gravações.

Foram sete dias separados. Além das entrevistas, Sam também tinha várias coisas do MPC para resolver em Los Angeles, e por isso a viagem acabara se estendendo mais do que gostariam.

Quando Cait o levou até o aeroporto, ele saiu do carro dando milhares de recomendações, ligava via facetime todos os dias e exigia que ela lhe mostrasse a barriga. Ela apenas revirava os olhos para ele. Era um pai bobão mesmo.

Enquanto ele estava fora, Cait aproveitou para resolver tudo que podia sobre a construção da casa e o casamento, que aconteceria na semana seguinte. Era um tanto quanto apressado, mas seria uma cerimônia pequena e ela queria que acontecesse antes de o inverno chegar. A construção, por sua vez, ia de vento em popa. Eles esperavam se mudar antes do Natal, uma vez que o bebê era esperado para o meio de janeiro.

Ela o esperava dentro do carro, estacionado na frente de uma das saídas do aeroporto, quando o viu. Sam tinha aquele sorriso de tirar o fôlego, os olhos azuis brilhando de felicidade, ansioso para vê-la. Entrou no carro e sentou-se no banco do passageiro, jogando a pequena mala para o banco de trás, enquanto se esticava em direção à ela. Nenhuma palavra era necessária, quando seu olhar já dizia tudo. Ele sentira saudades dela da mesma forma que ela sentira dele.

Ele envolveu-a num abraço forte, puxando-a para si, colando sua boca na dela, abrindo seus lábios com o toque de sua língua, num beijo quente, urgente, faminto. Mas o resto de seu corpo reagia de forma totalmente diferente: ele a abraçava com cuidado, como se pudesse se quebrar, a mão direita apalpando a barriga saliente e rígida, como se quisesse ter certeza de que o bebê ainda estava ali.

Foram para casa conversando amenidades, enquanto Cait dirigia. Sam sempre ficava nervoso com ela ao volante, considerando seu histórico de ser péssima motorista, mas ela era razoavelmente cuidadosa e tinha mudado muito desde que descobrira a gravidez, andando mais devagar e ficando mais atenta ao trânsito.

– Você perdeu o ultrassom de 20 semanas – ela comentou, enquanto entravam no apartamento, soltando as chaves do carro sobre o aparador na entrada, junto com a pequena bolsa de couro que carregava. Cada dia mais ela usava vestidos rodados, que ajudavam a esconder a barriga sem levantar suspeitas.

– Eu sei. Queria tanto ver o bebê – ele fez beicinho, seguindo-a para dentro – Alguma novidade?

– Temos mãozinhas, e pézinhos e.. você não vai acreditar – ela disse, sorrindo, enquanto apoiava uma das mãos nas costas, distraidamente, fazendo com que a barriga ficasse mais evidente – mas ele é muito inquieto, Sam! Fica mexendo as mãozinhas, colocando o dedo na boca... é lindo demais.

Ele apenas parou no meio do corredor, observando-a boquiaberto. Sam não conseguia acreditar que ela estivesse tão diferente em apenas uma semana. Parecia que ela tinha um brilho diferente nos olhos, um sorriso mais aberto. E a barriga! Como tinha crescido nos últimos dias.

– Porque tá me olhando assim? – ela perguntou, curiosa. Tinha colocado uma chaleira de água esquentar para um chá, pois a médica tinha pedido para diminuir o consumo de café, seu vício.

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