Capítulo 34 - Nada vai acontecer

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Sam ainda tinha a cabeça apoiada em sua barriga quando Caitriona sentiu o movimento inesperado em seu ventre. Ele se afastou rapidamente, os dois olhos arregalados em questionamento.

— Isso não foi um chute?! — ele disse, meio perguntando, meio afirmando.

— Não, não foi — Cait disse, um sorriso se abrindo em seu rosto — Foi um soluço — pegou a mão dele e colocou sobre sua barriga novamente, onde ele podia sentir as vibrações ritmadas, como pequenos saltos na barriga.

— Isso é normal? — ele perguntou, fascinado, o sorriso largo em seu rosto ainda marcado pelas lágrimas.

— Começou hoje cedo — Cait contou — Acordei assustada, porque parecia que estava tendo um terremoto aí dentro, mas daí liguei pra Dra. Carina, coitada, tirei ela da cama, e ela me explicou que era apenas soluço.

— Soluço — ele repetiu, todo bobo, encostando o ouvido na barriga novamente — Não dói?

— Não, não... só me assustei mesmo, porque não sabia que isso era possível — explicou, passando a mão nos cabelos dele de forma terna.

— Você é incrível — Sam falou, afastando a cabeça da barriga novamente, olhando-a intensamente — Eu te amo muito.

— Eu também te amo, Sam — ela disse, puxando-a para si. Ele se levantou, colando os lábios aos dela, num beijo quente, que ela prontamente correspondeu.

Caitriona levou a mão até o meio das pernas de Sam, encontrando-o duro e pronto. Ele sorriu, sem parar o beijo, indicando que, como seu membro, estava disposto ao que quer que ela tivesse em mente.

Ela vestia apenas uma camisola puída e calcinha quando ele a deitou na cama, as pernas pendendo para fora. Tirou sua calcinha, largando no chão, e sem nenhuma cerimônia, abriu suas pernas, dobrando-as na beirada da cama enquanto se ajoelhava em frente a ela e enterrava a cabeça em seu centro, encontrando-a muito molhada. Traçou o contorno com os dedos enquanto mordiscava suas coxas, deixando vergões arroxeados em toda sua volta, e só depois ocupou-se em morder e beijar, sua língua a estimulando, enquanto ela arqueava a coluna, a barriga se projetando para cima, conforme ela arfava, implorando que ele a penetrasse.

Quando ela finalmente parou de gemer, a boca se abrindo num grito silencioso e o corpo vibrando naquela familiar sensação do orgasmo, ele parou, virando-a de lado, as duas pernas dobradas em frente a ela, enquanto a barriga descansava na cama. Ela ainda estava totalmente entregue quando ele colocou um travesseiro sobre sua cabeça e outro sobre suas pernas, deixando-a mais confortável, e então, posicionou-se em frente a cama e penetrou-a, arrancando gemidos de seus lábios em uníssono aos dele. Curvou-se, entre os movimentos ritmados de vai-vem, abrindo as pernas dela, e alcançando seu clitóris, numa cuidadosa exploração, enquanto ela apenas rugia em aprovação, levando-os ao orgasmo, os corpos vibrando em sintonia.

Então Sam deitou-se ao lado dela, puxando-os para cima, mais perto da cabeceira da cama. Cait apoiou a cabeça em sua peito, naquele ponto que parecia ter sido feito para acomodar seu queixo, traçando pequenos círculos com o dedo indicador em seu abdome. Deu uma boa olhada em sua região baixa, onde o membro dele continuava duro, pronto para a próxima.

Ela levantou-se, passando uma perna para cada lado dele, e sentou-se sobre seu membro, um risinho escapando de seus lábios quando sentiu a penetração profunda. Arqueou a coluna para trás, os braços procurando as coxas de Sam para sustentar melhor a barriga, enquanto o cavalgava, arrancando gemidos, vezes de si mesma, vezes dele, num prazer tão instintivo, tão natural, que Cait não sabia dizer onde ela terminava e ele começava. Eram um só.

Então quando percebeu que ele estava quase alcançando o êxtase, parou. Encarou-o com ferocidade, e estudando cada palavra, pronunciou-as:

— Nunca mais grite comigo! — e então deu uma estocada — Nunca mais tire conclusões precipitadas! — mais uma — E nunca, nunca mais ouse me dar as costas — então ela pegou ritmo novamente, cada vez mais rápido, enquanto ele concordava com a cabeça, incapaz de respondê-la naquele frenesi que tomava seus corpos num novo orgasmo.

Quando finalmente recuperou o controle de seu corpo, Cait saiu de cima dele e deitou-se de lado, virada para ele, e ele para ela. Ficaram se encarando, num silêncio confortável por longos minutos.

— Me desculpe — Caitriona falou, segurando a mão dele na sua, o olhar sincero — por ter gritado também. Eu não deveria ter feito isso.

— Não precisa se desculpar — Sam respondeu, tentando colocar ordem em seus pensamentos antes de expressá-los — E-eu.. eu tenho tentado me colocar no seu lugar...

— Como assim? — ela levantou uma sobrancelha em questionamento.

— O que você sente quando eu falo em ir... a preocupação, eu me sinto assim todos os dias — explicou — porque eu corro risco quando estou escalando, mas é auto imposto, enquanto você está aqui, correndo risco pelo bebê — ele levou a mão deles em concha sobre a barriga dela. O bebê estava calmo agora.

— Sam... — Cait começou a falar, mas ele a interrompeu.

— Eu te amo muito, e meu coração fica em pedaços só em imaginar que algo possa te acontecer... então eu entendo sua preocupação, de verdade, agora eu entendo — ele continuou, ainda afagando a barriga rígida sob a camisola.

— Nada vai acontecer — ela murmurou, encarando-o fixamente.

— Eu peço por isso todos os dias — respondeu.

— Eu não quero que deixe de fazer o que ama — Cait falou num fio de voz.

— Eu não vou parar. Apenas vou dar um tempo...e depois, quando eu voltar, vou tomar o dobro, o triplo de cuidado, porque a vida é linda, e estar ao seu lado é maravilhoso e eu quero muito ser um bom pai — uma lágrima escorreu no rosto de Caitriona, deslizando pela ponte de seu nariz e caindo no travesseiro — e estar presente.

Sam tinha se lembrado do próprio pai, que falecera poucos anos antes, e Cait sabia que era nele que ele estava pensando enquanto falava isso.

— Você vai ser um pai incrível, Sam — ela disse, encostando sua testa na dele, nariz com nariz — Você inspira tanta gente a ser mais ativa, mais saudável... e tenho certeza que vai inspirar nosso filho também.

— Eu estou tão assustado, sabia? — admitiu, puxando-a para mais perto, o mais próximo que sua barriga protuberante permitia — Porque está tão perto dele chegar, e antes era algo tão impalpável, tão difícil de imaginar, mas agora eu consigo ver ele se mexer aí dentro, consigo sentir quando ele soluça, e ele está tão grande... isso torna ele muito, muito real — falou de uma vez.

— Eu também estou com medo, Sam — ela deu um sorriso amarelo, depositando um selinho em seus lábios — mas sou tia de onze, tenho certeza que vamos nos sair bem.

Eles sorriram juntos quando Caitriona colocou a mão dele na barriga novamente, bem onde o bebê tinha voltado a chutar.

— Viu? Ele está concordando — ela declarou, dando outro beijo em Sam, e dessa vez ele correspondeu com mais entusiasmo, escorregando sua língua para a boca dela, e apertou sua bunda num movimento habilidoso.

— De novo? — ela perguntou, sorrindo largo no meio do beijo. Ele respondeu apenas com um aceno de cabeça, ajudando-a a virar-se contra ele, sua bunda na altura da pelve, encaixando-se confortavelmente, a barriga dela apoiada num travesseiro do outro lado. Era um pouco assustador o tanto que a barriga tinha aumentado nos últimos dias, e eles ainda estavam se adaptando a essa nova realidade de ter uma coisa enorme entre eles no sexo, mas pelo menos era um bom motivo para experimentar novas posições.

Ela sentiu a dureza do membro dele contra suas nádegas, mas antes de qualquer coisa, ele roçou o nariz contra seu pescoço, traçando uma linha até a orelha, que beijou e mordiscou, enviando arrepios por todo seu corpo, e depois apenas respirou na base de sua nuca, erguendo os cabelos dela e deu um chupão ali, deixando um grande vergão roxo. Ela gemeu em resposta, esfregando a bunda em sua pelve, implorando que ela a penetrasse novamente.

Então Sam esticou o braço direito por cima dela, agarrando um de seus seios, massageando o mamilo com cuidado enquanto a penetrava finalmente, arrancando um gemido alto de sua boca. 

Kiss meWhere stories live. Discover now