Victor estava certo? - END

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Amo Elvis, mas essa versão do Ed Sheeran tá tão lindinha❤

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  Take my hand...”

  Graças ao microfone, a voz de James ecoava pelo restaurante, acompanhada ao som do teclado de Mark. Não era tão alto, mas também não era tão baixo, justamente para permitir que as pessoas ali pudessem conversar enquanto apreciavam uma boa comida e um bom som.

  “...take my whole life too...”

  O local agora era iluminado por algumas lâmpadas negras e por alguns pontos vermelhos, verdes, azuis e rosa que se locomoviam pelas paredes, chão e teto, deixando o ambiente mais divertido e semelhante ao de uma discoteca.

  “For I can't help... falling in love with you”

  Grande parte das pessoas ali presentes observavam encantadas a performance dos dois homens. Haviam as que cantavam junto sentadas e também haviam as que cantavam junto de pé, balançando seus corpos no ritmo daquela bela e — para muitos — nostálgica melodia.

  Os convidados especiais de James já estavam todos sentados à extensa mesa, com exceção de Harry Becker que por estar de castigo, sua tia não o deixou ir. Victoria encarava Andrew com uma certa seriedade em seu semblante. Estava brava com o fato dele não ter ido conversar com ela pela tarde, e também por ter dado a desculpa de que sua avó não o deixaria sair de casa até que encontrassem o “rato”.

Essa merda nem é real, a garota havia pensado na hora, mas não chegou a responder a mensagem. Nem esta e nem a que ele havia mandado pelo fim da tarde, perguntando que horas ela chegaria no restaurante. Estava realmente muito zangada...

  Olhou para um casal de idosos que dançava abraçado no ritmo daquela música. Ambos eram tão fofos... Victoria passou a se perguntar se algum dia envelheceria com alguém, e no mesmo momento, uma certa pessoa passou pela sua cabeça.

Por que tudo mudou quando ela nos flagrou?  e encarou Claire, que sorria e admirava seu pai cantando. Logo quando a música acabou, ela aplaudiu junto aos seus amigos e às pessoas ali presentes.

— Obrigado... — o homem loiro disse em um sorriso seguido de um aceno à platéia. — Gostava de dedicar essa música à minha falecida esposa, Emma Blake. Que Deus a tenha... — Olhou para cima. — Eu sinto tanto a sua falta... — Falou em baixo tom. — Sabe, Emma, sei que a vida aqui não foi nada fácil, mas... você sempre foi minha luz. Foi a mulher mais maravilhosa que eu já conheci nessa vida e se os céus tivessem a noção do quanto eu ainda te amo, trariam você de volta para mim. — Fungou. Seus olhos já estavam marejados, mas ele não parou. — Obrigado por ter me dado essa filha maravilhosa... Essas filhas. — Desviou o olhar para Claire e Kate que sorriam de forma meio tristonha. — As duas. Queria que... que estivesse aqui para vê-las crescer. Queria que tivéssemos durado para sempre... céus... é uma pena que nada dura para sempre...

  E dando fim ao discurso de James, Mark dedilhou as teclas de seu teclado, introduzindo a música November Rain”, da banda Guns N’ Roses. As pessoas logo gritaram e aplaudiram, algumas ainda sentidas com o que o homem havia dito. Kate até mesmo fez uma pausa em suas palmas para limpar uma lágrima solitária que havia escorrido de seu olho esquerdo.

  Heather remexia o canudo pelo suco de laranja contido em seu copo, formando um pequeno redemoinho no líquido enquanto apoiava o rosto em sua outra mão. Gostaria de ter conhecido Emma, mas se perguntava se ela gostaria dela, ou até mesmo se a deixaria ficar. Todos falavam muito bem daquela mulher, que era uma pessoa incrível, uma mãe incrível... Heather queria saber a sensação de ter uma figura materna como Emma era, segundo o que as pessoas lhe falavam. Não que sua figura paterna não fosse o suficiente...

Painful Secrets - 1ª Temporada[CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora