1•Dark Days

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Perrie Edwards

Dizem que essa cidade é tão sombria que nem o sol quer chegar perto. É isso que realmente parece, fazem dois dias que eu me mudei para cá e o céu ainda está acinzentado e vira e mexe chove. E eu gosto desse clima.

Observei pela janela aquela rua que é igualzinha ao dos filmes de terror de quando a mocinha está em perigo e suspirei.

– Você quer comer alguma coisa, querida? – ouvi a voz da minha vó e quando me virei ela estava com apenas a cabeça para dentro do quarto.

– Não, obrigada. – respondi sorrindo.

– Você está bem? – ela perguntou. O que uma menina que perdeu os pais a uma semana responderia?

– Na medida do possível. – respondi não querendo deixa-la preocupada. – Vó, eu posso dar uma volta pela vizinhança? – indaguei vendo que ela ainda estava ali.

– Mas só pela vizinhança, nem chegue perto da floresta e volte antes de escurecer, está bem? – concordei com a cabeça e ela saiu. Calcei meus tênis e desci as escadas rápido, estava quase escurecendo.

Pisei numa poça de água e resmunguei chacoalhando o pé. Continuei andando e observando todas aquelas casas velhas e com aparência desgastadas, essa cidade é sinistra. Ontem quando fui ao centro com a minha vó as únicas pessoas que eu vi foram os comerciantes em algumas barracas todas bem protegidas.

Avistei uma senhora pendurada na janela me olhando com uma careta estranha, assim que passei ela bateu as janelas rápido.

Cada segundo que andava ficava mais frio e logo notei que estava me aproximando da floresta. Tinha um placa suja enterrada no barro indicando: Não entre.

Eu sempre odiei placas e eu odeio seguir regras. Não tem mais nada para olhar. Continuei andando me deparando com árvores uma mais alta que as outras e cada vez mais próximas. Cada metro era uma flor diferente ou uma árvore diferente, isso me fez andar mais por conta da curiosidade e quando me dei conta eu já estava muito longe da casa da minha vó.

O céu estava ficando mais sombrio do que o normal, a noite estava caindo. Voltei o caminho, mas parecia que estava cada vez mais distante, eu não conseguia ver nada além de árvores e mais árvores. Eu estava completamente perdida e agradeci pelo tecido jeans estar cobrindo minhas pernas impedindo que os insetos a picassem.

Escutei folhas sendo pisadas atrás de mim e me virei depressa assustada, porém não tinha nada.

Quando me virei novamente me deparei com pares de olhos castanhos bem próximos de mim e gritei com o susto, o rapaz de capuz me encarava confuso.

– Você está fazendo o quê, aqui?! – sua voz rouca soou.

– Ah, eu, eu, eu estou caminhando o meu pai. – menti me afastando.

– Não estou vendo seu pai. – surgiu um sorriso no canto de sua boca e ele se aproximou.

– Ele foi apanhar umas flores aqui perto! – falei apontando para um canto da floresta.

– Naquele canto? Lá não tem muitas coisas legais. Mas eu espero ele com você. – seus olhos mostravam que ele sabia, sabia que eu estava mentindo e com medo.

– Não precisa. – sorri nervosa.

– Vamos, eu te mostro o caminho. Você tem que sair logo daqui, ninguém ensinou a você o quanto isso é perigoso? – ele agarrou o meu braço com a mão e olhou para os lados me puxando forte consigo.

– Me solte! – tentei soltar o braço da mão dele e quando seus olhos encontraram os meus eu me assustei com tamanha negatividade que aquilo me passou.

Ele continuou me puxando rápido e logo eu consegui ver a rua no fim das árvores.

– Deixe de ser cabeça dura, garota. Florestas não são para menininhas! – ele disse bruto e soltou o meu braço.

Eu queria murmurar um xingamento pra ele, porém estava me cagando de medo daquele homem.

– Qual é o seu nome? – ele indagou enquanto eu boiava ali ao invés de ir para casa.

– Perrie. – respondi notando que tudo estava bem mais escuro. – E qual é o seu?

– Zayn. – ele me olhou nos olhos. – Agora volte para casa o mais rápido possível, isso não e seguro para nenhum de nós. – ele desapareceu em meio as árvores e eu sai correndo pela rua em busca da casa da minha avó, eu e minha mania de entrar em onde não sou chamada.

Mas confesso, aquele adolescente me deixou confusa em muitas coisas, os seus olhos pareciam esconder algo e eu faço questão de descobrir.


só avisando que essa fic não foi escrita por mim
todos os créditos à biebersarrador
Adaptação autorizada ✔️

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bjos

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