57•Who?

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Perrie Edwards

– Essa é a Tiffany. E está disposta a nos ajudar... – ao lado de Carlie havia uma menina loira, parecia mesmo uma Barbie.

– Oi Tiffany. – apertei sua mão e ela sorriu.

– Eu sou prima de Zayn. Estava morando na Suíça a pouco tempo...

– Oh, entendi...

– Eu, ele e Ryan crescemos juntos, quando fiquei sabendo que Zayn está preso e o culpado é o maldito Jaxon, corri pra cá... – notei um pouco de tristeza em seu olhar.

– Que bom, nós estamos tentando tira-lo de lá. – falei.

– Perrie, descobri uma coisa. – disse Carlie um pouco afobada. – Uma das vítimas é Ruby.

Meu coração acelerou ao ouvir esse nome, como eu não pensei antes?

– Quem é essa Ruby? – indagou a loira.

– Ela sofreu um acidente causado pelo Jaxon há um tempo atrás. – falei me sentando no sofá da sala de Carlie.

– O que vamos fazer?

– Não sei, Carlie. Conversamos com ela?

– Não... melhor não! Talvez ela conte pra polícia...

________

Toquei a campainha e esperei alguns minutos. Ruby abriu a porta e quase a fechou quando me viu. Seu rosto ainda estava queimado, acho que as sequelas não vão desaparecer...

– Não quero conversar com você! – ela disse bruta.

– Mas eu quero. – ela fez menção de fechar a porta e coloquei o pé a impedindo.

– Quem está ai, Ruby? – ouvi a voz da mãe dela e Ruby sorriu e abriu a porta. – Meu Deus, que surpresa te ver Perrie! Quanto tempo! – ela veio me abraçar e sua filha a encarou feio.

– Eu vim ver como Ruby está... – sorri e ela sorriu de volta.

– Fiquei sabendo da prisão daquele menino... o Zayn... é uma pena! Depois que vi que seu irmão forjou a própria morte, não acredito que o Zayn seja culpado.

– E ele não é culpado. – falei olhando para Ruby que se encolheu. – Eu o conhecia, ele é uma pessoa incrível.

– E uma pena ele estar naquele lugar horrível por culpa de uma pessoa horrível! Enfim, vou deixar vocês duas sozinhas. – ela piscou um olho e saiu da sala.

Ruby sentou no sofá e eu permaneci em pé.

– Porque, Ruby? – perguntei. – Porque fez aquilo com o Zayn mesmo sabendo que ele não é o culpado?

– Não sei do que está falando. – ela deu de desentendida e eu perdi a pouca paciência que tinha.

– Larga de ser uma cadela! – disse entre dentes. – Você quem me entregou a porra daquele diário, viu muito bem que tinham páginas de morte para Zayn também e você sabe que não foi o Zayn que você viu naquela noite!

– Pare de bobeira! Vá embora! Já chega de reviver aquilo!

– Você está tentando fugir da sua vida desgraçada e está fazendo da vida dos outros uma desgraça, sua vadia egoísta! Eu levei flores para você naquele hospital, fiz companhia pra sua mãe e é assim que me agradece?! – encarei seu rosto assustado, eu estava fora de mim desde que Zayn foi preso.

– Perrie, eu apenas entreguei o livro. As folhas já estavam sumidas! E tive ordens para fazer isso! – uma lágrima escorreu por su bochecha.

– Ordens de quem, Ruby?! Me conte!

– Eu não posso te dizer! – mais lágrimas escorreram uma atrás da outra. Me ajoelhei na sua frente e a encarei.

– Ruby, você não tem noção do quanto estou me sentindo perdida desde que Zayn foi preso. Eu jamais defenderia alguém que não presta, mas quando eu sei que a pessoa é inocente eu faria de tudo para ajuda-la.

– Você não sabe de nada, Perrie ! Se eu te contar eu e minha família morre!

– Não, Ruby. – segurei suas mãos trêmulas. – Se você me contar, esse pesadelo vai acabar e todos estarão atrás das grades. E então você viverá a vida normalmente e não com a culpa de ter colocado alguém inocente na prisão!

– Não posso...

– Você pode! Me conta, Ruby, me conta quem te entregou o diário.

– Foi o Ryan! – ela falou baixo enquanto chorava mais. Meu estômago congelou e minhas mãos tremeram. – Ele disse que eu deveria entregar o diário que já estava sem a página de Zayn para a polícia e disser que vi ele naquele dia!

– Meu Deus... – falei incrédula.

– Mas tem mais gente por trás disso! Eu só não sei quem!

– Ruby, você vai permanecer aqui em silêncio até eu dizer que preciso de você. E então você vai na delegacia e vai contar toda a verdade. E pra eu garantir sua segurança, vou fazer com que tudo venha à tona. – me levantei e caminhei até a porta. – Diga pra sua mãe que dei um tchau.

Nightfall Where stories live. Discover now