2•Mysterious

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obrigada a todos que adicionaram a história na biblioteca 💖

Perrie Edwards

Eu tive um sonho confuso, onde Zayn aparecia diversas vezes e todas essas vezes seus olhos mudavam de cor.

Ele não falava, eu apenas o seguia pela floresta e ele parecia não me ver. Quando acordei foi um alívio, aquele sonho foi atormentador.

Eu adorava sábados, sempre almoçava em um lugar legal ou visitava minha tia com os meus pais. Mas nesse momento eu não penso nisso, apenas sinto uma dor estranha no peito ao me lembrar daqueles que me deram a vida.

Me joguei no sofá entediada já que a televisão da minha vó só funciona programas religiosos e o noticiário da cidade e eu não tenho celular.

– Você pode me fazer um favor, Perrie? – minha vó se aproximou e eu me endireitei. – Preciso que vá no mercado da cidade comprar algumas coisas para o almoço. – ela me entregou uma lista e eu reclamaria se estivesse na Inglaterra, porém nada melhor do que dar uma volta quando não se tem nada pra fazer nessa cidade pequena.

Me levantei com a lista na mão e ela entendeu que eu iria e me deu o dinheiro.

– Você se lembra quando fomos antes de ontem?

– Sim. – menti, essa cidade é tão minúscula que é capaz de eu dar trinta passos ao contrário da floresta e chegar no mercado desse fim de mundo.

Fui andando em direção contrária daquela floresta e foi a mesma coisa: nenhuma pessoa naquelas ruas estranhas, exceto um rapaz que avistei encostado num muro. Me aproximei, ele não parecia perigoso.

– Com licença, tem como me dizer onde é o mercado? – ele me olhou e notei seus lindos olhos azuis.

– Nova aqui?

– Três dias.

– Era de onde?

– South Shields.

– Olha só! Temos uma inglesa aqui. – ele sorriu. – Eu te acompanho até o mercado, tenho que ir também. – assenti com a cabeça, ele deve ter a mesma idade que eu. Segui seus passos. – O que te traz nessa cidade podre?

– Tive que vir para morar com a minha vó.

– Eu odeio essa cidade. – ele falou baixo.

– E está aqui porquê?

– Estou aqui pra estudar. – ele desviou o olhar e notei um pouco de tristeza em seu tom de voz.

– Nem tudo é como queremos. – murmurei baixo e avistei a lona vermelha do mercado.

– Aliás, meu nome é Nate. – ele esticou a mão e a apertei.

– Perrie.

Fomos em direção a aquele lugar pequeno e entramos. Como o imaginado: não tinha quase ninguém.

Olhei na lista e sai pelos corredores me separando de Nate enquanto segurava uma cesta vermelha. Naquele mercado vendia literalmente tudo, tinha uma prateleira de alicates, materiais de construção e outras prateleiras com bolsas de couro.

Fui na parte de biscoitos e avistei uma caixa de cereal na ultima prateleira do alto e fiquei nas pontas do pé para tentar pegar, aquilo era alto demais. Continuei me esforçando quando um braço com tatuagens me atrapalhou e pegou a caixa que eu queria a colocando dentro de sua cesta.

Olhei para o ousado e ele segurava um sorriso. No momento os sonhos que tive na noite passada vieram a tona, aquele era o rapaz da floresta.

– Zayn? – ele me olhou e fez cara de surpreso.

– Ah, olá Perrie. Essa caixa de cereal é sua? – ele mostrou a caixa e ergueu as sobrancelhas.

– Não. Na verdade era pra ser, mas tudo bem. – franzi o cenho e cruzei os braços, ele sorriu.

– Achei que tinha visto você tentar pega-la, mas parece que me enganei. – ele fez cara de inocente e notei que em sua cesta tinham correntes de ferro.

– É! Você se enganou. – falei indo para outra prateleira e ele colocou a caixa na minha cestinha.

– Eu pego outra pra mim.

– Obrigada! – falei irônica.

– Ah, oi Perrie! – disse Nate atrás de mim. – Quer que eu espere você?

Zayn olhou para ele com uma sobrancelha levantada e ele fez o mesmo para Zayn.

– Legal, pode ser. – falei. Eu não queria viver aqui sem amigos. – Tchau Zayn. – sorri pra ele e ele balançou a cabeça mudando de lado. Esse cara é bipolar ou é impressão minha?

– Meu Deus, não brinca que você estava conversando com aquele cara? – disse Nate franzindo o cenho.

– Qual o problema? – perguntei confusa enquanto caminhávamos até o único caixa e entramos na pequena fila.

– Ele é louco, não vou com a cara dele. E você já viu o que dizem sobre ele? – ele falou um pouco alto.

– Não me importo. Ele não parece ser alguém ruim e pelo menos é legal comigo. – dei de ombros. É mais ou menos...

Olhei para trás e percebi que Zayn estava bem atrás de nós olhando para baixo e seu maxilar estava travado. No momento eu corei e Nate também o viu e gaguejou algo. Zayn nos encarou mordendo a parte interna da bochecha.

– É a vez de vocês. – suas palavras saíram brutas e eu me forcei a olhar para frente e entregar os produtos para o vendedor. Mancada master...

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