23•Killer

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dica: escutem alguma música triste enquanto leem.

Perrie Edwards

Eu perdi a noção do tempo, meu corpo estava mole e dolorido, foi como se eu tivesse me desligado do mundo. Mas a barulheira horrenda repentina do lado de fora fez com que eu resolvesse sair daquela dispensa escura. Não era barulho de quem estava na festa, eram sirenes ligadas, pareciam muitas. Abri a porta e sai, não havia ninguém dentro da casa. Andei confusa e um homem de farda agarrou meu braço mandando eu sair da casa. Depois de ser praticamente jogada do lado de fora, vi no jardim uma mulher jogada repleta de sangue. Levei minha mão a boca sentindo um enjôo e tapei os olhos com força. Na hora lembrei de Carlie e sai em busca dela. A rua estava repleta de pessoas chorando e outras apavoradas. Uma aglomeração de pessoas estavam olhando aquela moça que provavelmente havia sido jogado da janela do segundo andar da casa que a pouco estava rolando uma festa e havia outra aglomeração do outro lado da casa. Corri para ver, mas os paramédicos já estavam fechando o saco, a única coisa que pude ver foi o rosto pálido do adolescente.

– O que houve?! – perguntei para uma garota que estava observando a cena.

– Cara, eu não sei! Eu tava lá deboa e de repente veio a polícia com esse pessoal morto! – notei que ela estava bêbada e ignorei.

– O que aconteceu? – perguntei novamente para um rapaz que parecia em perfeita forma.

– Uma mulher jogada da janela, esse moço asfixiado e um outro levou facadas. – ele disse como se fosse algo natural, mas eu estava incrédula. – Ah, o que levou facadas parece que tá em coma.

Fechei os olhos e respirei fundo, pensei em Carlie, Nate e Zayn. Se algo acontecesse com eles eu não sei o que faria. Corri para a rua e reconheci os cabelos de Nate, segurei o braço dele e ele se assustou.

– Nate... – disse assustada e ele apenas me abraçou. – Onde está Carlie?!

– A mãe dela veio buscar ela. Se você quiser eles ligam pra sua vó.

– E Zayn? Você o viu?

Nate se afastou:

– Como você pode ser tão ingênua? – disse alto. – Onde Zayn Malik está acontece merda! Só você não vê!

– Calma, Nate! – pedi.

– Ridícula! Você transa com um assassino! O assassino que matou minha irmã e esse tanto de pessoas. – seus olhos ficaram vermelhos. Ele estava exaltado, dizendo coisas bestas. Encostei em seu braço e ele me empurrou com força, minhas costas bateram no chão e vi que ele estava vindo pra cima de mim com raiva, mas um policial o segurou e uma menina me ajudou a levantar.

– Se acalma rapaz! Você vai ser induzido até a delegacia! – disse o policial colocando as algemas nele. Eu não conseguia acreditar naquilo, não conseguia sentir nada, tudo estava confuso.

Nate me olhou e pareceu se arrepender no momento.

– Desculpa, Perrie, por favor, me desculpe... – disse enquanto era carregado até a viatura. Apenas olhei para ele sentindo medo, medo de tudo.

Levei minha mão na cabeça e olhei a minha volta, toda aquela confusão e nem sinal do assassino. Ele podia estar em qualquer lugar, bem longe ou perto demais. Porém, a única coisa que me preocupava era onde Zayn estava.

– Você está bem? Precisa ir pra casa. A festa acabou. – disse um policial.

– Tudo bem... – falei um pouco perdida.

O policial tirou um bloco de notas do bolso e começou a anotar algo.

– Seu nome?

– Perrie. Perrie Edwards . – disse.

Nightfall Where stories live. Discover now