7•Hell

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Perrie Edwards

Nos meus fones começou a tocar Hell - Olivver The Kid. Apertei a blusa moletom contra o corpo e pisei no chão conforme as batidas da música.

Eu pedi para que a minha vó fosse comigo para comprar um celular novo em uma cidade perto, eu não conseguiria viver mais sem, pelo menos música eu tinha que ter, digamos que música tem que ser ouvida até quando se lava a louça.

Mais uma vez, as nuvens escuras cobriam o sol. O clima é muito bom, porém eu estou ficando mais branca que o normal ultimamente.

– Maybe you are stronger than I was. But, trust me cause I know the woods get what they want... – cantarolei baixinho olhando para os meus pés que pisavam sob folhas secas.

– Eu adoro essa música. – ouvi uma voz do meu lado e meus braços se arrepiaram. Mais uma vez me deparei com os lindos olhos castanhos daquele rapaz misterioso.

Pausei a música e continuei andando, porém mais devagar.

– Você está bem? – perguntei notando um curativo em seu supercílio e ele sorriu sem mostrar os dentes.

– Melhor que nunca.

Caminhávamos lado a lado, provavelmente ele também iria para a escola, pois estava com uma mochila pendurada num ombro.

– Descul... – comecei mas ele me interrompeu.

– Nós só vamos conversar para pedir desculpas? Não quero falar sobre isso. Está indo para a escola?

Mostrei a bolsa pendurada em meu ombro e ele sorriu.

– Eu não sou bom para puxar assunto.

– Eu percebi. – sorri.

– Você veio pra cá porque? – indagou.

– Eu perdi os meus pais. – olhei para os lado para ver se vinha algum carro mas Zayn atravessou. Depois de ter certeza que era seguro eu também atravessei a rua.

– Eu podia morrer atropelado, você viu? – ele disse mudando de assunto. – Eu sou o cara mais rebelde que você conhece.

– Estou impressionada. Contando que naquela rua passa dois carros em um segundo... parabéns. – ironizei e ele riu colocando as mãos no bolso da calça moletom.

Já podia avistar o movimento na frente da escola e senti raiva, eu gostaria de dar mais algumas trezentas voltas no quarteirão se significasse conversar com Justin. Eu tenho vontade de saber mais sobre ele, sobre a família dele ou até sobre seu irmão... mas eu sinto que ele não vai me contar nada.

– Então nos separamos aqui. – ele disse. Pude ver seus olhos ficarem sombrios de uma hora para a outra.

– Você não pode entrar comigo? – franzi o cenho.

– Não acho que você queira, Brooke.

– Porque não?

– Você sabe o que acham sobre mim. Principalmente aquele seu amiguinho loiro.

Dei de ombros.

– Não me importo. Vamos agora? – segurei o braço dele para puxa-lo e ele pareceu se assustar, pois estremeceu e se afastou.

Fingi que não notei e voltei a andar enquanto ele vinha ao meu lado, quando estávamos quase pisando na escada para entrar no colégio eu pude perceber olhares, todos nos julgando. As pessoas estão sempre lá, olhando você, esperando o momento em que você dê um passo errado eai, elas já esperavam por aquilo e as pedras já estão em suas mãos.

– Que sala você está? – perguntei para quebrar aquele clima chato. Ele nem parecia se importar com as pessoas olhando.

– 3A, e você?

Antes de eu responder trombei com alguém que no mesmo momento segurou em meus ombros fazendo minhas costas chocarem com os armários enquanto me prendia. Vi um cara com as maças do rosto roxa e o reconheci na hora, era Ralf.

– Olha, olha, a novata com o maluco? – ele sorriu e Zayn o empurrou com força, mas alguns meninos o seguraram. – Você é bonitinha, menina, pena que é burrinha. Eu não acho que aquele ali seja bom pra você. – ele olhou para Zayn o pirraçando enquanto ele tentava se soltar.

– Não é alguém com nome de cachorro que vai me dizer o que é bom para mim. – cuspi as palavras sem pensar e o empurrei, ele permaneceu incrédulo. Zayn riu e notei a roda de gente em volta de nós. Passei por aquelas pessoas sentindo meu rosto queimar, sentia uma leve pontada de dor nas costas por conta do impacto mas nem me importei.

Eu sempre odiei a escola. E eram pessoas como esse tal Ralf que fazia da minha vida um inferno e eu os odeio com todas as minhas forças. Me tranquei numa cabine no banheiro e afundei meu rosto nas mãos enquanto esperava que o meus nervos se acalmassem. As cenas de quando eu apanhava na escola passaram pela minha mente diversas vezes em apenas alguns segundos, os cortes, os xingamentos, aqueles olhares... As pessoas podem pensar que isso passa, mas não. Coisas assim ainda me atormentam.

– Perrie?

Ouvi alguém chamar do outro lado e respirei fundo para não fazer merda e abri a cabine.

– Oi, Carlie.

– Eu vi aquilo com o Ralf, você arrasou menina! – ela sorriu e me abraçou forte, por um momento em fiquei sem reação mas depois cedi o abraço.



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Nightfall Where stories live. Discover now