13• Be afraid

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Zayn Malik

Encarei um pouco seus lábios rosados até que ela fez menção de acordar. Me afastei e comecei a olhar pela janela do quarto que dava a visão maravilhosa da floresta. Escutei ela se mexer na cama e apenas esperei ela me notar.

– Zayn? – fingi surpresa e a encarei com o cabelo bagunçado de um modo engraçado. – O que houve?

– Você deve ter aceito bebida de estranho. Não é surpresa vindo de você. – dei de ombros e sai do quarto, eu estava bravo sim.

– Você está me chamando de burra? – ela gritou e logo ouvi seus passos atrás de mim. – Ele não era um estranho! Olha pra mim que estou falando com você. – parei e virei para ver ela ficando brava.

– A quanto tempo você conhece ele? – perguntei levantando as sobrancelhas.

– Dois dias, eu acho. – ela encarou as paredes pensativa.

– O que ele gosta de fazer nos tempos livres? – cruzei os braços esperando sua resposta e ela riu.

– Como eu vou saber?

– Você não conhece alguém o suficiente para confiar se não sabe o que ela gosta de fazer. – me virei de novo e voltei a andar pela casa sem um lugar específico já que sabia que Perrie ia continuar perguntando coisas.

– Eu não sei o que você gosta de fazer, mas te conheço. – dessa vez tive que encara-la novamente.

– Você realmente acha que me conhece, Perrie ? – eu ri.

– Eu acho que sim. – ela murmurou e eu me aproximei. Perrie foi se afastando até encostar as costas na parede do corredor e eu a prendi com os braços ao lado de sua cabeça.

Seus olhinhos focados no meu brilharam e ela mordeu o lábio inferior involuntariamente.

– Você achou que conhecia ele e ele te drogou, Perrie . – cochichei perto de seu ouvido e pude ver cada parte de seu pescoço se arrepiar.

Se eu disser que essa garota não me deixa maluco eu estaria mentindo. A parte do beijo não deveria acontecer, muito menos outras coisas. Senti o perfume em seu pescoço e me forcei a me afastar.

– Se quiser te levo em casa. – voltei a andar e desci as escadas.

Fui em direção a cozinha e bebi um pouco de água. Logo Perrie estava toda sem graça olhando para mim como se quisesse dizer algo.

– Eu não sei onde estou, então se você for me levar pra casa eu aceito. – ela prendeu uma mecha de cabelo atrás da orelha e encostou no batente da porta.

– Okay. Não esqueceu nada? – lavei o copo rápido e coloquei em seu devido lugar.

– Não. Aliás porque você me trouxe?

– O povo que você ia vir estavam todos bêbados. Ah, aliás, houve um acidente aqui perto. – seu rosto ficou branco feito a neve e seus lábios perderam a cor.

– Você sabe quem?

– Não fui ver, apenas ouvi o barulho da ambulância. Podia ser você lá, Perrie . – falei e ela não pareceu bem, cambaleou para trás e seus olhos vacilaram.

Segurei em seu braço com cuidado e a sentei no sofá, ela ficava cada vez mais pálida.

– O que aconteceu? – perguntei segurando em seu rosto gelado.

– Eu estou bem, foi só tontura.

Fui até a cozinha rápido e enchi um pouco com água e um pouco de açúcar, levei para Perrie e ela bebeu. Provavelmente a pressão dele caiu.

Sua pele começou a voltar para a cor inicial e seus lábios estavam mais rosados.

– Você tem problema de pressão? – perguntei.

– Começou depois que meus pais morreram, às vezes acontece. – ela continuou bebendo a água de pouco em pouco enquanto se recuperava.

– Desculpa por ter falado aquilo, não sabia...

– Tudo bem. – me interrompeu. – Acidentes de carro me assustam.

– Seus pais morreram num acidente, não é?

Seus olhos lacrimejaram por um instante, antes dela responder eu já sabia a resposta.

– É. Podemos ir?

Peguei o copo e coloquei na pia, Perrie se levantou e me acompanhou até a garagem da casa. Apertei o alarme do carro e ele destrancou.

– Não sabia que você tem carro.

– Eu não ando na cidade com ele. – ela sentou no banco do passageiro e fui para trás do volante. Abri o portão com um comando e dei partida no carro.

– Vou fingir que não estou com medo de você dirigir. – a moça prendeu o cinto em seu corpo e eu ri. Acelerei e sai da garagem, depois chequei se todas as janelas estavam fechadas e se o portão realmente iria fechar quando eu saísse.

– Qual o nome dele? – peguei a estrada nas costas de casa e dirigi até a cidade, a floresta não tem um caminho.

– Dele quem?

– Do cara de ontem.

– Zayn.

Encarei Perrie confuso.

– O nome dele é Zayn.

– Sabia... – murmurei irritado olhando para o vidro do lado.

– O que você disse?

– Nada. – meu sangue ferveu mas eu mantive o controle.

– Obrigada por me trazer pra sua casa. Se você me levasse na minha vó aquela hora ela com certeza me mataria.

– Com razão. Três horas da manhã é pra estar dormindo. –falei. – Assim os mortos não puxam seu pé para a floresta.

Ela riu.

– Só não pode ser fantasmas, porque morro de medo. – falou.

– Você deve ter medo dos vivos e não dos mortos, Perrie .

Nightfall Where stories live. Discover now