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Zayn Malik

– Zayn? Será que você pode dar uma volta pra eu ficar um pouco com a Pezz? – abri os olhos e vi Carlie um pouco embaçada

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– Zayn? Será que você pode dar uma volta pra eu ficar um pouco com a Pezz? – abri os olhos e vi Carlie um pouco embaçada. Apenas concordei, não estava em situação de falar algo, acabei dormindo e quando acordo não consigo raciocinar as coisas. Levantei sentindo uma pontada nas costas e caminhei para fora do hospital.

Fui para casa, tomei banho e coloquei uma roupa confortável. Minha cabeça latejava de dor e o ocorrido não parava de me torturar por um momento se quer, mas o alívio que eu sentia dentro do meu peito era imenso, só que um lado de mim sentia que isso não iria durar muito tempo... Levei mais ou menos uma hora e já estava louco para voltar pro hospital e foi isso que fiz, mas antes passei no mercado e comprei chocolates que sei que Perrie adora. Pensei em flores, mas preferi os chocolates.

Quando voltei pro hospital, na recepção haviam vários amigos de Perrie e quando fui para o quarto notei que ele não estava vazio. Entrei e tive uma enorme surpresa, devia ser, mas não foi agradável pra mim. Ryan, Carlie, a vó de Perrie e Nate estavam em volta de Perrie...

Cheguei mais perto e me senti aliviado por todos estarem rindo. E o brilho do sorriso de Perrie iluminou meu coração que a poucos segundos estava sombrio. Sorri de volta pra ela e beijei sua testa.

– Zayn... que saudade. – disse fraca. Acariciei seu rosto.

– Nem me lembre dessa palavra. – entreguei o chocolate pra ela e ela pegou com dificuldade, mas ainda com um sorriso no rosto.

– Ebaaa! Ainda bem que a Perrie não pode comer chocolates. – Carlie pegou a caixa de chocolates e a abraçou, eu não gostei nem um pouco, mas Pezz não pareceu se incomodar.

– Você está bem? – perguntei baixo e senti o olhar de Nate me queimar. Eu estava irritado, queria ser o primeiro que Perrie visse quando acordasse.

– Estou tentando ficar. – sorriu fraco e sem ânimo.

– Pessoal, hora de sairem. A senhora Edwards precisa descansar. – disse uma senhora vestida de enfermeira. O pessoal no quarto resmungou e saiu, eu não movi um dedo. – O senhor também... – disse se referindo a mim.

– Deixa ele ficar, por favor. – Perrie disse encantadoramente para a senhora e ela saiu.

– Ninguém consegue negar algo pra você com esse sorrisinho. – falei.

– Exceto você. – ela disse cabisbaixa.

– É... mas não é tão fácil.

– Acharam o Jaxon? – indagou preocupada.

– Sim... ele está preso. – Perrie fechou os olhos e suspirou aliviada.

– Graças a Deus...

Do lado de fora a chuva começou a cair de forma lenta e sua velocidade aumentou em questões de segundos. Pezz ficou atenta a cada barulho. Um barulho de porta batendo no corredor do hospital fez Perrie pular de susto.

– Zayn... posso te pedir uma coisa?

– Qualquer coisa. – respondi sem brincadeira. Eu realmente estava disposto a fazer qualquer coisa por ela.

– Deita aqui. – ela chegou um pouco pro lado e bateu a mão no espaço vazio. Eu ri.

– A cama vai acabar quebrando, ela não é tão forte quanto a minha.

– Deita logo, Zayn. – disse mandona. Tirei o tênis e me deitei junto dela, o espaço era pequeno mas dei um jeito. Ela se aconchegou nos meus braços e encostou a cabeça no meu peito.

Acariciei seus cabelos e seu rosto, e sua respiração começou a ficar pesada. Ela ergueu sua mão e segurou a minha com força.

– Não sai de perto de mim... – disse fraca, quase dormindo. Fiquei sem reação, pensando no que deveria dizer, se eu devesse dizer o quanto a amo ou apenas o quanto ela mudou minha vida, talvez explicar o motivo de eu nunca ter sido alguém tão sentimental, falar que o problema nunca foi ela e que eu me apaixonei completamente depois que vi a pessoa tão preocupada com as outras como ela é.

Em anos, nunca alguém se importou tanto comigo. Ninguém ousava chegar perto de mim com medo do que os outros iriam pensar. Ou porque achavam que eu era um psicopata. Não os culpo, sempre fiz de tudo para que me achassem estranho e ficassem longe de mim. Porém, Perrie foi diferente. Ela sempre enxergou o meu melhor, mesmo que eu não enxergasse. Me apoiou, ficou perto de mim mesmo que eu não quisesse, me defendeu e me amou. Sempre reagi mal quanto a isso, só pelo fato de não querer me apegar e sofrer mais um pouco ou só pra "honrar" minha imagem de pessoa sem sentimento. Mas isso nunca foi um problema para Perrie, ela continuou acreditando em mim.

– Eu não vou, meu amor... – respondi baixo.

A maçaneta se mexeu e a porta se abriu devagar. Como estava escuro, não consegui ver direito. Alguém alto entrou sorrateiramente. Perrie se remexeu do meu lado e me apertou de uma maneira forte, logo começou a gritar.

– ZAYN!!! É O JAXON! ZAYN! É O JAXON!

A risada psicopata do meu irmão soou pelo quarto e a porta se fechou com força. Eu sem reação permaneci parado.

– ZAYN! FAÇA ALGUMA COISA! – Perrie gritou desesperada enquanto Jaxon se aproximava. Ele tirou uma faca da cintura e apontou para mim.

Acordei com um barulho no corredor e respirei com força, já que estava quase sem fôlego. Limpei o suor da minha testa e puxei a gola da camiseta para facilitar a respiração. Apenas um sonho, Zayn... Olhei para Perrie que já não estava mais com a cabeça em meu peito, ela estava quase caindo da cama e suas mãos não paravam de tremer, o suor escorria por seu rosto e pescoço. Ela começou a se debater na cama, estava tendo um pesadelo.
e
– Perrie... – a segurei. – Perrie, acorda. – as lágrimas escorreram por seu rosto e ela abriu os olhos. – É só um pesadelo! – ela ficou me olhando assustada enquanto soluçava de tanto chorar. A puxei para um abraço e ela tremendo me abraçou com força. – Já passou, já passou...



eu tinha certeza q tinha postado o capítulo ontem mas quando fui ver só tinha salvado

Nightfall Where stories live. Discover now