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Zayn Malik

– Ela está muito fraca... não pode ficar recebendo visitas... – disse a enfermeira.

– Por favor, é rápido... – implorei mais um pouco.

– Tudo bem. Mas só o senhor! – ela disse olhando para Ryan e Carlie e eu não perdi tempo. Entrei no quarto e vi Perrie na cama com diversos tubos ligados a ela.

Me aproximei em silêncio e segurei sua mão toda ferida. A minha não estava diferente. Me sentei na poltrona ao seu lado e encarei seu rosto pálido. Eu senti tanto a falta dela que mal consigo explicar. Me arrependo de tantas coisas e de tantas brigas, nas quais dariam um bom tempo juntos trocando carícias e pensando no nosso futuro. Aliás, Perrje merece alguém assim, que dê muito amor pra ela, mas depois de Jelena eu nunca mais fui desse jeito. E me arrependo amargamente. Pensar que Perrie esteve esse tempo bem debaixo de mim, me deixa confuso sobre o que devo sentir: alívio ou decepção por não ter a encontrado antes.

Acariciei sua mão com o dedão e encostei minha cabeça na cama enquanto me segurava para não dormir e perder Perrie novamente. Pouco me importava que Jelena também estava naquele hospital, Perrie é a única pessoa que me importo, a única que devo me preocupar e tentar proteger. Imagino que ela deve ter passado horas gritando e ouvindo minhas frustrações, já que tudo que falávamos dentro da casa Jaxon sabia, isso me deixa assustado... muito assustado.

A enfermeira entrou no quarto e eu sequei uma lágrima que mal tinha sentido cair, tudo o que não chorei por anos, deixei escapar nesses dias de tortura. E pela primeira vez, não me sinto um lixo por isso.

– Senhor Malik... ela precisa descansar.

Me levantei e soltei da mão dela, dei uma ultima olhada em seu estado e saí.

Encontrei Ryan e Carlie aflitos na sala de espera, quando eles me viram se levantaram. Carlie iniciou suas perguntas:

– Eai? Como ela tá? Tá acordada? –

– Não, não... – disse brevemente e me sentei sem vontade de conversar.

Uma mulher elegante entrou no hospital e logo a reconheci. Ela foi até a recepção e conversou com a mulher. Provavelmente perguntando de Jelena. Ela caminhou um pouco desesperada e quando me viu, parou:

– Zayn?

– Oi senhora Hadid. – olhei em seus olhos.

– A Jelena está bem? O que houve com ela?

– hm... – prensei um pouco. – Eu não sei. Não a vi...

– Porque? Não deixaram você entrar? – ela parecia uma mãe preocupada, mas nunca foi, ela pouco se importa com Jelena. – Que absurdo!

– Na verdade eu nem pedi pra entrar. Estou aqui por outra pessoa.

– An, desculpa... por quem?

– Minha namorada. – disse sem pensar e ela engasgou.

– Desculpa, Zayn... Jelena tinha me dito que vocês voltaram. – ela corou.

– Não, não. Isso não vai acontecer, Yolanda. Em fim... não sei da Jelena.

– Mas ao menos sabe o que houve?

– Desculpe, não sei. – disse grosso tentando sair da conversa desagradável e ela percebeu.

– Tudo bem... Vou lá ver minha filha. Sinto sua falta, Zayn. Adorava quando você era meu genro. – riu. – Sinto muito por tudo. Tchau. – ela virou as costas e foi pelo corredor.

Carlie me olhava curiosa. Me levantei e fui até o banheiro. Fiquei um tempo por lá, entrava numa cabine, ficava encostado na parede por um tempo, depois me olhava no espelho, lavava as mãos... isso durou uns vinte minutos. Quando sai de lá Carlie dormia profundamente encostada no Ryan que também dormia. A sala de espera estava vazia e a moça da recepção distraída.

Tomei caminho no corredor em busca do quarto que Perrie estava, mas a enfermeira estava trocando seu soro. Para disfarçar continuei andando, até passar na frente do quarto de Jelena. Pensei um pouco e resolvi entrar. Pra minha surpresa ela se encontrava acordada olhando para o teto. Tentei fechar a porta antes dela me ver mas foi tarde.

– Zz? – parei e voltei. – Acho que você é a salvação do meu tédio... – ela sorriu fraco. Sua testa tinha um enorme curativo, havia um corte em seus supercílio e seus olhos mal ficavam abertos.

– Só vim ver se você está bem.

– Imagino que você me odeie... – disse.

Entrei e fiquei ao lado de sua cama um pouco pensativo:

– Não... não odeio você. – eu iria terminar de falar mas ela pareceu contente e preferi deixar do jeito que estava. Ela já passou por muita coisa e mais humilhação não há ser humano que aguente.

– Depois de tudo que fiz...

– Isso não significa que eu te ame ou goste de você.

Ela se calou.

– Minha mãe veio aqui...

Me sentei na poltrona ao seu lado.

– É... eu a vi.

– Entrou... disse um monte de merda... disse o quanto sou inútil... nem quis saber direito o que houve.

– E você disse o que?

– Disse que caí da escada. – riu.

– Sempre mentirosa. – revirei os olhos.

– Você gostava. – sorriu maliciosa.

– Você deve estar me confundindo com Jaxon. Assim como confundiu meu quarto com o dele naquele noite. – eu disse amargamente.

– Você ainda lembra, né, Zayn? Aquilo ainda te atormenta, não é? Isso quer dizer que você ainda sofre por isso. – me encarou.

– Isso não significa nada, Jelena. Se você fosse traída por alguém, saberia que mesmo que você nem lembrasse o nome dessa pessoa, achar que você não era suficiente assombraria suas noites.

– Você acha que não foi suficiente? – perguntou.

– Já pensei. Mas, agora eu percebi que você é vagabunda mesmo. – dei de ombros e pra minha surpresa ela sorriu.

– Você sabe como adoro quando você me xinga. Sempre gostei de coisa mais violentas na cama... acho que é por isso que eu e você nos dávamos tão bem.

Me levantei e andei até a porta.

– Você me dá nojo, Jelena. Nojo. Não sei o que vi em você um dia. – fechei a porta do quarto com força e voltei a caminho de onde Perrie estava.

Seu quarto estava vazio. Entrei, me sentei novamente na poltrona e segurei sua mão com mais força do que nunca. Minha esperança é de que ela acordasse e que eu estivesse por perto.

Nightfall Where stories live. Discover now