49•Trying to start over

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Perrie Edwards

– Já escolheu a faculdade? – Carlie perguntou bebendo um gole de seu capuccino.

– Já me inscrevi na de jornalismo. – disse Nate empolgado. Mexi nos biscoitos que pedi e fiz careta.

– Acho que nem vou pra faculdade...

– An? – os dois me olharam assustados. – Perrie , é o único jeito da gente sair dessa cidade. – comentou Carlie.

– Eu sei... mas não sei se quero sair daqui, sabe? – dei de ombros.

– Ué, você é a que mais queria voltar pra Londres a dois dias atrás.

– É. Mas, eu não estou preparada pra tanta mudança novamente. Depois que perdi meus pais, foi uma completa reviravolta na minha vida ter que trocar de cidade, escola, amigos... Estou com medo de passar por isso de novo. E agora eu estou feliz aqui, mesmo depois de tudo que aconteceu, desde que cheguei aqui nada esteve tão perfeito como está esses dias.

– Amiga, pare. Você foi sequestrada a um tempo atrás. Vai me dizer que isso não te assusta?

– Sim, Carlie. Assusta. Mas se eu for ficar vivendo de passado não vou ser feliz nunca. Eu estou tentando ficar bem, não fica me massacrando com as coisas que me aconteceram...

– Nossa, Perrie. Para de ser grossa! Eu só estou preocupada com você... Acho que deveria ir em um psicólogo...

– Preocupada com o quê?! Eu estou viva, minha vó está viva, Zayn está vivo e Jaxon preso... Não há com que se preocupar, é só olhar pra frente. Você consegue fazer isso? E eu não preciso de psicólogo nenhum, sei lidar com a minha mente. – disse grossa.

– É do passado mas não deixou de acontecer e isso causa traumas. E você não está cem porcento bem.

– Ninguém está cem por cento bem. Mas isso não deve impedir ninguém de viver. Sabe, eu quero fingir que nada aconteceu, é escolha minha... – apontei para mim mesma com força. – Eu estou me sentindo bem agora, para de se doer por mim. – notei que as poucas pessoas da cafeteria estavam nos encarando curiosas.

– Sabe, você não é mais a Perrie que eu conheço...

– É... eu não sou mais a Perrue que você conhece. Se eu fosse ai você poderia me encher de psiquiatras ou psicólogos... Eu acho que amadureci um pouco, passei por muita coisa, não enxergo certas coisas com os mesmos olhos e peço que aceite isso, Carlie.

– Tudo bem, Perrie. Não precisa ser grossa comigo, não desconte seus problemas em mim! – ela aumentou o tom.

– Então para de se meter no que eu faço ou deixo de fazer! Eu já disse que estou bem, quem é você pra dizer que não estou?

Carlie se levantou com lágrimas nos olhos, pegou sua bolsa e saiu. Nate olhava assustado mas ficou em silêncio. Peguei um dinheiro no bolso da minha calça prendi debaixo de um prato e sai também. Nate sempre defende Carlie e dessa vez não seria diferente e eu não ando tendo muita paciência para discutir.

Atravessei a rua e entrei no estúdio de tatuagem. Escolhi a cafeteria aqui perto porque queria tomar coragem para fazer uma tatuagem. E depois da raiva que passei, tive mais que coragem. Zayn quem me falou daqui naquela vez que eu contei pra ele que estava afim de mudar, imagino que seja o único estúdio de tatuagem na cidade.

– Oi, quero fazer uma tatuagem. – disse rápido para um cara forte e barbudo que estava atrás do balcão.

– Boa tarde... tem hora marcada? – perguntou sem interesse algum.

– Não... eu vim fazer agora porque foi agora que tomei coragem. – sorri.

– Hmm! Entendi! As pessoas que agem por impulso são as melhores. Sorte sua que não tem ninguém marcado para agora, entre. – ele apontou para uma porta e caminhou até ela, fui junto. O local todo de cor preta estava cheio de papéis com desenhos e imagens de tatuagens colados na parede. Dragões, caveiras... coisas que eu jamais teria coragem de fazer, mas tenho certeza que se Zayn tivesse mais espaço faria sem nem pensar um segundo. Uma ruiva estava sentada numa cadeira mexendo em algumas tintas. – Karen, cuida da recepção pra mim que agora tenho uma tattoo de puro impulso para fazer. Vai logo antes que a moça desista.

A ruiva de cabelo curto riu e se levantou. – Vou te falar, a primeira tatuagem que fiz foi por impulso também e olha só como estou hoje. – ela abriu os braços e os mesmos estavam fechados de tanta tatuagens. Chega ser assustador.

– Eu não sei se pretendo chegar nisso...

Ela sorriu e caminhou em direção à recepção. O cara cheio de piercings e tatuagens estava colocando luvas de borrachas e eu fiquei olhando para os quadros com imagens de pessoas tatuadas. Mas o quadro maior me chamou atenção, era o abdômen de Zayn. Eu o reconheceria em qualquer lugar.

– Zayn? – perguntei apontando para o quadro. O homem olhou e soltou um sorrisinho, depois coçou a barba grande me analisando.

– É... nosso mister Malik! Você deve ser a...

– Perrie .

– Isso! Ele falou que traria você algum dia. – voltou a fazer o que estava fazendo.

Deixei escapar um sorriso e acho que ele nem percebeu.

– Você é o Duddy? – perguntei me sentando numa cadeira.

– Boa garota! Se você me contar o que Jawaad fala de mim, eu conto o que ele fala de você. Mas antes, já escolheu a tatuagem?

– Sim... – expliquei toda a tatuagem e ele me olhou encantado. Fez o esboço de como eu queria e se preparou para passar em minha pele, mas antes a higienizou com álcool.

– Eu comentei com o Zayb sobre querer mudar um pouco minha aparência... ai ele disse que um tal de Duddy fazia tatuagens incríveis.

– Ora, que honra! Bom, o Zayn vem de vez em quando, mesmo que não venha fazer uma tatuagem nós ficamos conversando, ele dá umas ideias para clientes, é um real amigão meu. – ele colocou um papel no meu braço e quando tirou deixou as letras marcadas na minha pele. – Ele me contou que conheceu uma menina muito bonita e que até pretendia fazer uma tatuagem sobre ela. – meu coração disparou e não foi nem porque o tatuador ligou a maquininha e sim por pensar que Zayn já me disse que fazia as tatuagens quando sentia algo. – Mas, ele é fechadão, não contou muito não. Garoto difícil! – riu.

– Eu que o diga... – ri e ele aproximou aquele treco na minha pele. Fechei os olhos com força para tentar evitar sentir dor ou algo assim e senti as agulhas perfurar minha pele rápido de mais. A cada traço Duddy passava um papel para tirar o excesso.

– Pode abrir os olhos, agora você sabe que não dói nadinha.

– Eu achei que era mais assustador, porém prefiro não ficar olhando... – disse encarando o abdômen do Zayn na parede.

– Ah claro, as clientes que vêm aqui também preferem ficar olhando esse tanquinho do que a cara do velho Duddy... – ele disse fingindo tristeza e eu senti uma leve pontada de ciúmes no meu peito. Mas passou quando a dorzinha chata atingiu uma pele mais sensível da pele. – Sua pele é tão delicadinha... tenho umas tatuagens legais em papel para você fazer.

Ri – Agora entendi porque o Zayn parece um gibi! – brinquei e ele gargalhou.

– Realmente... a primeira tatuagem em Zayb foi Karen quem fez. Mas eu fiquei mostrando pra ele novas ideias e ele nem sentiu dor porque estava focado demais em mim. Ai não parou de vir mais... Fechei o braço do garotão em pouco tempo.

– Sabe se alguma tatuagem dele é sobre a ex? – engoli seco por deixar a pergunta escapar, mas Duddy não se importou.

– Hmmm... aquela tatuagem de confiança dele imagino que seja por conta da ex sim... que mais... – pensou sem parar de fazer o desenho no meu braço que estava avermelhado. – E à uns anos atrás ele tatuou uma mulher bem próximo da mão, mas alguns meses atrás ele cobriu com outra tatuagem. – meus olhos arderam um pouco e eu parei de perguntar.

Nightfall Where stories live. Discover now