C A P Í T U L O E S P E C I A L

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§ NINA MILANI §

— Eu não sabia que você era DJ. — disse, enquanto ele mexia em um teclado especial anexado ao computador.

Estava no quarto do Hunter, depois da última aula. Ele fazia uma mixagem com algumas musicas que eu e Delilah tínhamos escolhidos para a coreografia de sexta, para o jogo de basquete.

— É só mais um hobby. — ele deu de ombros. — Você sabe que meu foco é o Direito.

Hunter vinha de uma família de advogados, na qual o pai e todos os tios também atuavam com isso. O pai dele era tão bom que o escritório dele se tornou o maior do Canadá, e também em outros países, como Brasil. Mesmo com essa fama toda do pai, Hunter não era muito exposto da mídia e nem tinha redes sociais, já que o pai dele tinha muitos inimigos ao redor do mundo. Se eu estivesse certa, nem os sócios e amigos muito próximos da família Hill sabiam quem ele era.

Nunca quis uma vida escondida como a dele, mesmo meu pai também sendo famoso e influente no meu estado. Mas, Hunter sempre quis ser advogado por conta própria, e não pressão dos pais. Nisso, eu queria ser como ele.


— Nina, enquanto eu fazia o remix, tentei prestar atenção nas letras. — ele disse, tirando os fones. — Tem certeza que você vai escolher essas musicas?

No sábado, enquanto eu me arrumava e Kyle abriu a porta do meu quarto, resultou em algo bom. Me deu uma ótima ideia para a coreografia de sexta, e Delilah também gostou dela.

— Com certeza. São só alguns funks. — dei de ombros, me aproximando da mesa que ele trabalhava.

— Eu vi algumas coreografias desse tal de funk. Me desculpe, mas não consigo ver você dançando aquilo. — ele começou a rir. — Pelo menos não sóbria.

— Mas você vai ver, e sexta feira. Aliás, não só eu. Todas as cheerleaders também.

— Foi só você entrar para o time delas que começou a mostrar o que realmente é. Você é um mau caminho para outros quando faz isso, Nina.

— Eu não sou um mau caminho. Só gosto de me divertir. — ri também.

— Se você diz. — ele voltou ao computador. — Já está pronto.

Ele me mostrou o resultando final, e eu gostei. Ele passou a música para o meu celular e depois o entregou em minhas mãos. Tentou saber alguma coisa a mais da coreografia, mas eu não disse nada. A coreografia sempre era um segredo, até o dia de ser apresentado. Olhei no relógio, e percebi que tava dando o meu horário. Me despedi dele, mas na porta lembrei de um ponto:

— Ei, se a Eva fosse uma cheerleaders, você ficaria com ciúmes?

Ele pensou um pouco. — Claro que não. Eu quero mais é ver ela mexendo a bunda, ou como dizem essas musicas, a raba.

Ri, e fui embora.

Eu e Delilah tínhamos conversado antes sobre a coreografia, e feito uma prévia sobre como ficaria a coreografia. Embora ser cheerleader também envolvesse ginástica, não estávamos pensando em seguir regras dessa vez. Para falar a verdade, Delilah disse que essa coreografia seria uma prévia para a festa da Animal Race, onde ela seria a Beijoqueira.

BROKEN HEARTOnde as histórias ganham vida. Descobre agora