capítulo doze

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  eu estava sozinha há duas horas, preocupada com hero e katherine, nenhum deles atendeu ao telefone. deus. tudo que eu queria era que eles estivessem bem. como não tive nenhuma notícia sobre nada, resolvi tomar um banho para relaxar, eu não podia fazer muito mais, porque eles me deixaram de mãos atadas ao saírem do apartamento. eu tentei manter os pensamentos positivos mas não durou, porque eu tinha medo de perder hero novamente, não era uma opção perder ele dessa vez. fiquei em silêncio ao ouvir a voz de katherine, ela parecia brava mas eu estava aliviada por ter minha irmã de volta. sai do banho o mais rápido possível, não me dei o trabalho de me vestir porque estava angustiada demais. segurei a toalha em meu corpo e abracei katherine ao vê-la na sala, gritando com hero, não liguei de interromper a briga entre os dois, eu estava tão aliviada por ver que minha irmã estava bem.

– eu quero matar você, katherine. e você. – apontei para hero e coloquei as mãos na cintura.

– eu disse que seria engraçado ver ela brava. – hero falou, fazendo minha irmã gargalhar. eu ainda queria bater nos dois por ficar sem informações durante horas.

– alguém vai me contar o que aconteceu? – katherine disse que iria, então eu me encostei no bancão da cozinha e esperei que ela começasse. antes que kat chegasse a metade daquela história estranha, hero saiu de onde estávamos e eu escutei ele fechar alguma porta, talvez precisasse de um banho. eu ainda estava de toalha e com frio mas precisava entender porquê os dois sumiram e se hero havia matado o infeliz do jace.

– não conseguimos achar ele, jo, dá para você relaxar? parece a mamãe quando fica assim. eu encontrei hero em um bar, aqui perto. ele não estava bebendo, ele realmente está e quer continuar sóbrio. ele só estava... eu não sei, pensando. eu não sei mesmo, ele só parecia distante, sem aquela raiva toda. – katherine me explica e eu fico aliviada por saber que hero estava bem, ou pelo menos fisicamente bem.

– eu resolvo depois. oh, kat, minha vida está tão fodida, eu não sei como vou sair de casa depois desse vídeo idiota. como vou voltar para o trabalho e pior, a universidade? é meu último ano, katherine, eu preciso terminar. me fala uma solução, por favor. – ela balançou a cabeça e eu sorri, demonstrando que estava tudo bem, ela não sabia o que fazer e muito menos eu.

deixei katherine na cozinha e procurei hero, o encontrando, como eu imaginava, no banho. soltei a toalha, a deixando no chão e abracei hero por trás, dando um beijo em sua nuca. ele tocou meu pulso e me puxou para frente de seu corpo, me surpreendendo com o abraço repentino que recebi.

– você quer conversar? porque eu adoraria uma conversa agora. – hero disse que sim mas não começou o diálogo, apenas acariciou meu rosto enquanto nos olhávamos debaixo da água quente. confesso que eu não queria sair de onde estava, eu amava ficar debaixo do chuveiro, e amava estar nos braços de hero, então aquele acabava de se tornar minha memória favorita desde que voltamos.

– eu sei que quer matar ele, ou pelo menos machucá-lo muito. mas não vai adiantar, você sabe. dessa vez katherine não vai conseguir livrar você de uma pena longa e horrível, e eu não vou perder você, entendeu? eu não vou. então acho melhor esquecer isso, esquecer aquele... – eu não queria falar outro palavrão porque ultimamente minha boca estava mais suja que a de hero, ele me fez ficar com esse mau hábito, eu odiava palavrões antes de conhecer ele.

– desgraçado? cuzão? demônio? – hero completou e eu tampei sua boca com minha mão, rindo do que havia escutado.

– é, tudo isso. será um ano difícil na universidade e no trabalho mas se a kim kardashian conseguiu sobreviver, eu também vou conseguir. acho que isso não vai me trazer fama, eu espero que não. – dessa vez hero riu, ele amava meu humor ruim que quase sempre não funcionava mas era suficiente para nos trazer risos em momentos ruins.

Every breath you take | Herophine ∞Where stories live. Discover now