Every breath you take | Herophine ∞

capítulo quarenta e seis

a festa do nosso casamento. vivemos um sonho, dançamos tanto que meus pés pediam um tempo. meu marido estava tão feliz, seus olhos brilhavam como nunca antes e eu sabia que era o motivo de sua felicidade. hero encontrou mercy conversando com um dos colegas com quem ele trabalhava, com certeza teria uma crise de ciúme. eu estava muito ocupada procurando aurora, ela estava quase andando, era difícil pará-la. ted estava com katherine, perto do bar mas sem sinal da minha pequena. ela passou em muitos braços durante a cerimônia, todos que nos conheciam sabiam que aurora era nossa princesa, ela era uma menininha de sorriso fácil, conquistava todos em segundos.

– finalmente encontrei vocês. – martha abriu um sorriso e depositou um leve beijo em minha bochecha. ela estava radiante.

– nós andamos bastante, não é, querida? jo, quando vão arrumar um desses? que seja só nosso para eu poder morder. – aurora se jogou quando estendi meus braços, eu amava a pegar no colo e ver ela crescendo me desesperava. ela usava um vestido lindo, nada muito quente ou que a incomodaria, havia alguns detalhes azuis para combinar com a nossa decoração, uma coroa pequena de flores artificiais decorava sua linda cabeça e os sapatinhos, deus, os sapatinhos! eram azuis como quase todo o vestido mas pareciam saídos de um conto de fadas. minha bonequinha.

– logo. estávamos falando disso antes e está na hora. – a mãe de hero parecia querer gritar de felicidade mas era a mulher mais classuda que eu conhecia, então esfregou meu braço e nos deu seu melhor sorriso.

– querida, como estou feliz por vocês. bom, não vou tomar mais seu tempo. vocês precisam apreciar cada minuto. – ela estava certa, era o primeiro dia do resto de nossas vidas. eu não poderia estar mais feliz.

– hero estava morrendo para ver essa coisa linda. mas antes, gostaria de apresentar uma pessoa, se a senhora gostar, claro. – um dos sócios do escritório estava na cidade apenas para o casamento. sem ele, eu não teria a carreira que tenho. somos amigos de longa data. martha estava sozinha há muito tempo e aquele senhorzinho simpático era viúvo. o que poderia dar errado?

– jo, sei que estou velha mas pode me chamar de você. – ela brincou e olhou ao redor, talvez interessada no que eu estava aprontando.

– certo. ele está naquele canto, está vendo? bom, ele é um amigo de longa data, completamente simpático e com um caráter divino. permita-me incluir viúvo. – ela pareceu chocada com o que eu estava insinuando mas enfim levou na esportiva. sabia que ela iria gostar de alguém para conversar durante a noite.

– mantenha meu filho distraído, querida. caso ele me veja com um homem, vai criar uma confusão. – a respondi que cuidaria dele e então ela me deixou para ir em direção ao coroa mais charmoso da festa. manda ver, mamãe martha.

– e é assim que vamos deixar o seu tio maluco, princesa. é, ele vai ficar todo vermelho de raiva. – aurora deu uma gargalhada quando beijei seu rostinho, como eu amava aquele som. hero segurava duas taças de champanhe, estava me procurando no meio da multidão. até que nos encontramos em um canto sem muitas pessoas ao redor.

– olha quem eu achei. ela estava com a sua mãe. – aurora se jogou nos braços de hero, ele me deu as taças e encheu nossa pequena de beijos e a disse como ela estava linda. eu amava a relação dos dois, os sorrisos mais puros do mundo e todo o amor que havia ali. eu simplesmente me derretia quando hero estava com ela. como dizem, um cara bonito com um bebê. um cara muito bonito com um bebê.

– linda, podemos dar doce para ela? – ele pergunta, me olhando com aquele olhar dengoso que eu não resistia.

– katherine nos mataria mas ela não precisa saber. somos tios, podemos estragar um pouquinho ela. eu vou pegar. – ele sorriu e aurora bateu palmas, acompanhando a música animada que tocava longe de nós.

  a mesa de doces ainda estava perfeita, sempre tive medo da comida acabar na festa, então encomendamos muita coisa, os doces pareciam aparecer magicamente e o lanche que serviram ainda circulava pelas mesas. hero e eu escolhemos massas folhadas, pratos mais leves para a tarde. passava de seis horas da tarde, logo o jantar seria servido, o cardápio era tão variado que eu não saberia o que escolher. escolhemos frutos do mar, porque comíamos comida japonesa toda semana; massas como espaguete e outras, com seis variedades de molho. carnes brancas e vermelhas, e inúmeras outras opções que eu nem sabia o nome. quando resolvemos que a festa seria grande, combinamos que realmente seria grande, teria horas e muita comida. compramos tantas bebidas que com certeza teríamos um estoque em casa. gastamos muito para nosso dia perfeito mas hero disse para eu não me preocupar com o dinheiro, que eu podia viver o meu sonho. estou vivendo cada segundo.

– jo, está escondendo minha filha? – neguei rapidamente com um gesto. apontei para hero, que era mais alto e fácil de encontrar.

– e isso é para mim. eu não comi nenhum ainda. até depois, kat. – eu sumi o mais rápido que consegui, no meio da multidão, escutando minha irmã dizer que não podíamos dar doce para aurora.

– quase fomos pegos pela sua mãe, aurora. aqui, meu amor, é só segurar. – ela pegou o doce, encarando com seus olhos curiosos e logo o levou a boca, mordendo com os poucos dentes que tinha.

– parece que ela gostou. olha a bagunça. – havia rastros do nosso crime até nas bochechas de aurora, hero limpava os vestígios de chocolate com o próprio lenço que deveria ficar no bolso de seu terno. o que ele não faria por ela? agora, tudo que eu imaginava era como seria com os nossos filhos.

[...]

  após o jantar, os convidados estavam mais espalhados, saíram de suas cadeiras e andavam por todo o lugar, a iluminação agora era feita por luzes de natal, que contornavam todo o local, deixando um ar romântico. as velas das mesas foram trocadas e agora queimavam novamente, o que deixava tudo como eu havia imaginado, perfeito. enquanto eu andei por todo o lugar para conversar com nossos amigos e familiares, hero ficou perto da banda, que agora substituía a orquestra, ele conversava com um homem que parecia ser o vocalista, com certeza estava planejando algo.

– senhora tiffin, favor comparecer a pista de dança. quem está com a noiva? vamos lá, pessoal, é a primeira dança dos noivos. – o vocalista assumiu o microfone e me chamou pelo sobrenome de hero, o que até que me agradava bastante.

houveram aplausos quando hero tomou minha mão e a beijou. ele me puxou para perto, com a mão em minha cintura e a outra segurando a minha. eu me perguntei o que ele estava fazendo, hero não gostava de dançar assim, nem mesmo sabia. foi uma completa surpresa ele me puxar para uma dança à dois, com muitas pessoas assistindo. o máximo que dançamos é na nossa sala, apenas brincando um com o outro, nada tão emocionante assim. eu nem mesmo havia pedido um momento assim para sarah.

– você gosta de surpresas, linda. é a minha para você. – ele sussurrou e selou meus lábios, logo uma melodia suave começou a tocar. a música favorita de hero, every little thing she does is magic, da nossa banda preferida. uma versão bem mais calma do que a original mas a letra era a mesma, ele cantava no banho, pensando que eu não ouvia. a letra era perfeita. ele dizia que haviam escrito sobre nós e isso me fazia rir.

– cada coisinha que você faz é mágica. – ele sussurra, trocando a palavra "ela" por "você", ainda assim junto com o vocalista, e meu sorriso é o mais sincero, eu jamais esperaria uma dança com a nossa música.

  hero nunca dançou tão bem como naquela noite, ele me guiava com a maior facilidade do mundo, para aqueles que assistiam, tenho certeza que parecia uma cena daqueles filmes românticos. assim que a música acabou, ele me beijou e nós fomos novamente aplaudidos pelo que pareceu minutos. o vocalista anunciou que todos podiam se juntar a nós, e novamente iríamos curtir até meus pés doerem.

– amo você, linda. – hero gritou por cima da música, ainda sem me soltar e me beijou até ficarmos sem fôlego. tudo que eu pensava era no quanto iríamos nos amar na lua de mel, e em como eu queria isso agora.

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oi oi, bolinhos fofos e lindos. não me matem, eu sei que demorei. estou nas provas finais da faculdade e após elas estarei livre para escrever mais. no próximo (que está quase pronto) terá bastante da lua de mel, então não leiam em público. beijão.