capítulo quarenta e quatro

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hero's point of view

  josephine nunca esteve tão perfeita como naquele dia. seu sorriso era como uma luz que podia cegar qualquer pessoa, seu corpo parecia um instrumento, que ninguém sabia tocar, a não ser eu. deus, como eu a amava. faria qualquer coisa por aquela mulher. durante o tempo sem ela, me pegava pensando nessas merdas. em cada complicação que passamos, cada briga e segredo, não importava o que era, estávamos juntos. eu a amo e sempre amarei. sempre.
  minutos após pedir que ela viesse para casa antes de eu sair, minha linda josephine cruzou a porta com seu sorriso iluminado. não trocamos palavras ao primeiro momento, ela estava selvagem como nas nossas melhores noites. eu a amaria em todos os cômodos da casa, não me importava com a despedida ridícula que jo iria me fazer ir. eu preferia estar dentro dela por horas e horas.

– não temos tempo, você vai se atrasar. – e a josephine que eu conheço voltou a si, preocupada com horários e fiel à todos os compromissos.

– não ligo pra porra da despedida, jo. quero comer você até amanhecer. – ela corou violentamente, eu amava quando ela desviava os olhos dos meus, por vergonha. era uma de suas características mais amáveis.

– mas eu ligo. você precisa sair em menos de dez minutos e eu vou garantir que isso aconteça. – suspirei com a insistência para que eu realmente fosse, realmente queria ficar com ela. nada no mundo era mais importante.

– eu preciso ficar quanto tempo com o seu amigo idiota? – josephine selou meus lábios e se afastou, indo direto para a geladeira, de onde pegou seu vinho favorito.

– pelo menos uma hora, anjo. eu prometo que vai se divertir. quando voltar, vou estar aqui. – perder todo aquele tempo parecia estupidez mas eu faria qualquer coisa para deixá-la feliz, até passar um tempo com o cara mais chato do planeta. talvez da porra do universo.

– se precisar, estou com o celular. – ela largou a taça no balcão e se apressou para rodear os braços por meu pescoço, seus lábios voltaram a tocar os meus mas não com o mesmo desejo de antes.

– eu te amo. – sua doce voz me tirou um sorriso bobo, como nos filmes de romance que ela me faz assistir. nossa vida era um filme, com um enredo um pouco bagunçado mas o fim apagava todo o resto.

– amo você, jo. – beijei a ponta de seu nariz apenas para ver aquele sorriso novamente. quando minhas mãos foram afastadas do corpo perfeito de josephine, sabia que teria que ir ou ela ficaria brava, eu odiaria a ver no altar com toda a raiva que essa criatura pequena tem.

  relutei em sair pela porta mas uma vez lá fora, sabia que não teria volta. antes de jo, eu trocaria qualquer coisa por umas horas de diversão. depois de josephine acontecer, trocaria tudo por apenas um minuto com ela. no caminho para o endereço que o gps me levava, recebi uma foto de minha noiva. suas curvas marcavam em um vestido preto, simples mas encantador, de enlouquecer todas as células do meu corpo. talvez houvesse combinado algo com sua irmã ou a minha, eu certamente não estragaria a noite com uma crise de ciúmes. josephine me fez crescer tanto que agora eu posso vê-la em um vestido e não querer a trancar em casa.
  lá estava eu, ouvindo sobre aurora e todas as vezes que ela fez algo novo. também ouvi sobre katherine ser louca e as brigas que ela causava, tudo do ponto de vista de ted me dava sono mas a cerveja me ajudava a fingir que estava prestando atenção naquela baboseira.

– cara, katherine estava completamente nua quando eu entrei. mas eu não consegui... você sabe. isso já aconteceu com você? – era impossível não querer bater nele. agora além de ouvir sobre o cotidiano entediante, ouviria sobre as vezes que ele broxou?

– eu poderia estar transando agora, ted, mas estou ouvindo sobre você não conseguir manter o pau em pé. – ele balançou a cabeça negativamente e eu me levantei, completamente cheio daquelas conversas que nunca chegariam a lugar nenhum.

Every breath you take | Herophine ∞Onde as histórias ganham vida. Descobre agora