Capítulo 12 - Destruída (final)

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Já em Sant'Angelin ela parou a moto em frente a escola, e levou alguns segundos para decidir se realmente queria entrar.

— Eu tinha certeza que você estaria aqui.

Hunter parou bem ao seu lado, era impressionante o quanto ele estava diferente do dia anterior, seus dreads arrumados e presos em um rabo de cavalo, seu rosto não tinha nenhum rastro do tempo em que ficou preso, ele usava um jeans bem costurado, e uma camisa branca por baixo da jaqueta preta e pilotava a mesma moto do dia que foram ao bar.

— Naquele dia, que fomos atacados no carro do Cristian, foi você quem nos salvou?

— Me considere seu anjo da guarda. — Ele ergueu os ombros. — Fiquei esperando que os idiotas que estavam com voce reagissem, acabaria com o disfarce deles, mas adoro matar demônios.

— Lembro de você e meu pai discutindo.

— Estava dando a ele um prazo para começarem a te contar as coisas. — Ele balançou a cabeça. — Acabei sendo um idiota também.

— É minha última parada antes de partir. — A garota revelou.

— Já sabe para aonde vai? — Hunter quis saber.

— Nathuriel está livre, tenho contas a acertar.

— E as que têm para acertar aqui? — Ele ergueu uma sobrancelha

— Terão que esperar, mas eu também quero descobrir quem matou meus pais, posso fazer isso enquanto acabo com Nathuriel e essa seita responsável pela morte de Michel.

— Sendo assim, vou com você. — Desta vez foi Sophie quem ergueu a sobrancelha.

— Não estou indo conversar. — Ela quis deixar claro. — Matarei cada um que estiver envolvido nisso, seja caído ou mundano.

— Vou te ajudar. — Hunter afirmou.

— Eles têm armas demais aqui.

O garoto sorriu entendendo o recado, enquanto Sophie se dirigiu para onde todos estavam reunidos, ele seguiu para o arsenal que existia sob a escola.

Na parte de trás do terreno onde estava localizada a escola havia um templo que a garota nunca havia sentido vontade de visitar e sempre o via fechado, estavam lá apenas os rostos conhecidos, Hauren estava ao lado de Clarice que fingia não notar sua presença com sua habitual postura arrogante, Victória ainda parecendo assustada acompanhava os pais, e reconheceu perto deles os pais de Scarlet, o único que Sophie gostou de ver foi o de Luke que sorriu assim que seus olhos se cruzaram, como se tentasse a consolar. Olhar para ele fez seu coração vacilar na decisão que havia tomado.

Uma espécie de altar foi montado com almofadas douradas no centro onde colocaram os corpos. Um forno crematório estava localizado na lateral do lugar e fez a garota imaginar quantos corpos já haviam queimado ali.

Ela se juntou a mãe apenas para dar apoio, pois sabia o quanto estava sendo difícil para ela, não via sentido em estar ali olhando o pai e o irmão serem expostos para pessoas que não sentiam sua perda.

Helena ia autorizar a cremação quando um alto barulho vindo da escola fez com todos ficassem alarmados, Sophie deu um beijo na mãe e não ousou olhar para Luke antes de sair.

Novamente um barulho, como se algo estivesse caindo. Tentou imaginar o que Hunter estaria fazendo, a princípio achou que a intenção era chamar sua atenção para partirem, mas seu pensamento estava equivocado.

— Saia da minha frente agora, Estefan. — Hunter ordenava ao professor que tentava bloquear a passagem.

— Não posso permitir que roube isso. — Estefan disse com uma voz fraca.

Marcas em Sangue   [Em Revisão]Where stories live. Discover now