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Os outros esperavam do lado de fora da casa, o casal trocava carícias dentro do carro, enquanto Hunter mexia no celular sentado em sua moto, parecia distraído, porém voltou sua atenção para Sophie assim que ela saiu de casa.

Ele a olhou de cima a baixo sem conseguir disfarçar o desejo, isso deixou a garota desconcertada. Não conseguia se acostumar com as investidas constantes de Hunter, ou suas cantadas fora de hora e sem nenhuma noção.

No segundo dia de aula ele não foi com sua moto para a escola e no fim do dia pediu uma carona a Sophie dizendo que seria ótimo passar um tempo na garupa dela, a garota foi pega tão de surpresa que disse sim, e depois ficou sem graça de negar.

Nesse dia foi Hauren quem a salvou. A professora apareceu no meio do estacionamento dizendo que precisava conversar imediatamente com Hunter em sua sala, e mesmo o garoto contestando diversas vezes ela foi irredutível e Sophie aproveitou para ir embora correndo.

— Pelo amor de Deus, arrumem um quarto. — Vic bufou batendo na janela do carro.

— Inveja é algo muito feio. — Scarllet brincou abrindo a porta.

Levou cerca de dez minutos para chegarem ao bar, o caminho era curto e Cristian não era de respeitar os limites de velocidade.

O lugar era uma espécie de pub com decoração rústica e elegante, mesmo antes de entrar dava para sentir o cheiro de madeira e bebida. Na entrada tinha uma placa pendurada com o nome "Joe's".

Hunter chegara antes e se escorava ao lado da entrada, numa pose cheia de autoconfiança, com um sorriso de canto que chamava atenção da maioria das mulheres. Três meninas que pareciam jovens demais para estar em um bar. Pararam próximas a ele e trocavam segredos e em meio a risinhos, mas foram ignoradas.

Ele só mudou a postura quando os outros chegaram. Sorriu e piscou para Sophie, que seguiu as amigas para dentro fingindo não vê-lo. Os garotos ainda ficaram batendo papo na entrada, enquanto elas atraiam todos os olhares, principalmente Scarllet que estava ainda mais linda do que de costume.

O interior do bar possuía mais espaço do que aparentava por fora, no lado esquerdo estavam dispostas várias mesas e nos cantos tinham estofados que ocupavam toda a parede. No oposto ficava o bar com bartenders atendendo aos pedidos que não paravam. O lugar estava lotado, pessoas bebendo nos cantos sozinhas, mesas lotadas de amigos que riam e jogavam conversa fora, pessoas dançando, se beijando, discutindo, tinha de tudo um pouco.

Um garçom magrelo e alto se aproximou das garotas com dois drinks em uma bandeja, um vermelho para Scarllet e um transparente com rodelas de limão para Vic, e ficou olhando com dúvida para Sophie.

— Cuba Libre, por favor. — Ela pediu.

O rapaz se apressou para o balcão do bar e pouco tempo depois voltou com o drink e duas cervejas para os garotos que haviam acabado de se juntar a elas.

— Vamos, hoje quero dançar até perder as pernas. — Victória gritou enquanto caminhava para o fundo do bar onde tinha um Jukebox.

Ela escolheu uma música e piscou para a cunhada que parecia saber exatamente do que se tratava, e então as duas subiram no balcão e começaram a dançar ao som de "Bang bang".

A energia das garotas pareceu contagiar o lugar, como se todos já esperassem por isso, e elas pareciam ensaiadas. Sophie nunca imaginou Vic dançando tão sensual, mas ali, naquele balcão, estava tão provocante quanto Scarllet.

Mesmo as duas insistindo, a loira recusou o convite para se unir a elas e reforçou o não desenhando a palavra com a boca enquanto se afastava para não ser puxada. Definitivamente não estava pronta para dançar em balcões.

— Certeza que você dança melhor. — Se assustou com a proximidade da voz e com a mão em sua cintura, era Hunter. Livrou-se da mão dele e se afastou até uma mesa que estava livre, porém o garoto a seguiu e sentou a seu lado.

— Você não desiste, né? — Sophie bufou.

— Não. — Ele sorriu.

— Mas não vai rolar, não faz meu tipo. — Disse após dar o último gole em seu drink.

— E quem faz? Aquele magrelo que vive enfiado na biblioteca? — Hunter debochou.

— Luke é meu amigo, e eu não admito que fale dele. — A garota já estava com a voz mais alterada, seu humor é sempre difícil de controlar.

O garçom logo apareceu com outro Cuba Libre e mais uma cerveja para Hunter, a música já havia mudado e as garotas não estavam mais dançando no balcão do bar. Scarllet dançava com Cristian no meio da multidão que se formou e Vic já não podia ser vista.

— Não está mais aqui quem falou. — O insistente ergueu as mãos como pedido de desculpas. — Mas ele não é homem pra você. — Deu de ombros com um sorriso malicioso.

— Isso não é você quem decide. — Sophie bufou e se levantou.

— Aonde vai?

— Não é da sua conta. — Ela se afastou e foi procurar pela amiga.

 — Ela se afastou e foi procurar pela amiga

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Marcas em Sangue   [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora