Toxic 》 malik

26 | Fomos violados mutuamente.

▕　 B l a i r▕

　"Deixa-me ir para o teu computador."

　"Não vás." Zayn impede-me ao formar um beicinho.

　"Porquê?"

　"Quero beijinhos."

　Aproximo o meu corpo nu do de Zayn e roço os meus lábios molhados e rosados dos seus. Um ato de desespero provém da sua parte ao tentar desenvolver o beijo mas não lhe dou hipótese de prosseguir. Passo o beijo para a sua bochecha que, devido à sua barba, irrita os meus lábios sensíveis.

　"Agora já posso!"

　Levanto-me rapidamente e observo Zayn tapar o seu corpo magro e moreno com o lençol branco. Deito a língua de fora quando este percebe que eu o observava e pego de forma lenta no computador que se encontrava em cima da sua secretária. Procuro a minha roupa interior por entre a confusão de roupa que existia em redor da cama mas, uma vez mais, a voz de Zayn impede-me de realizar a ação.

　"Não te vistas, mô."

　Assinto com a cabeça e transporto o computador até à cama.

　"Então chega para aí, gordo."

　O corpo de Zayn afasta-se, levando o lençol consigo, e dando-me com isso espaço para eu me deitasse. Olho para ele com um pequeno beicinho formado por não ter com que tapar o meu corpo.

　"Zayn, tenho frio."

　"Abraça-te a mim."

　"Partilha o lençol."

　"Não, abraça-me."

　"Não." Protesto.

　"Então vais morrer de frio."

　"O computador aquece-me, não é meu amor?" Questiono para o material tecnológico entre risadas.

　"Estou a ficar com ciúmes." Ele diz acomodando-me mais no tecido pálido que cobria o seu corpo.

　"Sempre podes falar para o lençol."

　"Sempre posso ligar a uma menina especial."

　"Hm. Tira proveito de todas as que tens." Comento de forma seca, sem sequer olhar para ele.

　Ouço-o marcar um número, do qual provavelmente já sabia de cor. Encosto a cabeça à almofada e finjo estar interessada na rede social onde me encontrava. O facto de ele ter marcado o número retirou as hipóteses de ser o meu. Zayn não deve saber o meu número de cor. O telemóvel é encostado a seu ouvido e as minhas certezas foram logo enterradas. Era o meu telemóvel estava a tocar. Reviro os olhos ao pegar nele e não consigo evitar as pequenas risadas.

　"Estou?"

　"Olá, meu amor."

　"Olá Zayn."

　"Disseram-me para falar para um lençol mas eu prefiro falar contigo."

　"E podes-me dar o lençol?" Questiono com uma voz doce e calma.

　"Divido-o contigo."

　"Parece-me bem."

　Desligo a chamada e volto a pousar o telemóvel na mesinha de cabeceira. Zayn aproxima-se de mim e tapa de forma delicada os nossos corpos, fazendo um arrepio percorrer o meu corpo devido ao gesto. A respiração de Zayn incide na pele sensível do meu ombro, transmitindo-me, ao mesmo tempo, uma sensação de calor.

　Umas das músicas que escolhi para o meu Tumblr soa, quando abro o mesmo, fazendo-me automaticamente sorrir. Para meu espanto, o idoso que neste momento se encontra colado a mim também conhecia a música e a mesma é sussurrada de forma calorosa ao meu ouvido.