Yes, Daddy! - Daddy?

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14:20 p.m.

- Então, Dakotta... Quanto tempo você já estava naquele orfanato? - Primeira fala dele depois que entramos em seu carro, muito luxuoso por sinal, muito confortante e macio, os bancos de couro cinza e o cheiro de novo exalando dentro do veículo, deve ser última geração de alguma marca qualquer, que ele deve ter o prazer de estampar por aí - Como foi parar lá?

Estamos a algum considerável tempo aqui dentro, com ele dirigindo de olhos na estrada e eu olhando as árvores, com a cabeça encostada no vidro.

- Hm... Eu... - Ah Dakotta, por que tão idiota? - Eu fui parar lá com 12 anos, porquê minha família era meio "conturbada" - Faço aspas com os dedos - E eu não tinha um bom relacionamento com minha mãe, então ela me colocou lá... - Falo mais baixo, entrando em um curto transe e relembrando de como tudo aconteceu.

- Está tudo bem agora, ok? Eu cuidarei de você, baby! - Ao mesmo tempo em que falava, ele acariciava minha mão com seu polegar - Eu tenho algumas regras que você deverá seguir, tudo bem?

Regras? Como assim regras? Do que esse homem ta falando?

- Sim... Quais são elas? - Pergunto curiosa, um pouco confusa.

- Primeira, essa é crucial, você vai sempre me chamar de Daddy. Segunda, nunca me desrespeitar ou ser mal criada comigo. Terceira, me diga quando algo estiver lhe incomodando, daremos de imediato um jeito nisso. E a última, teremos uma frase segura para nossos momentos mais íntimos, mas isso depois nós vemos...

Momentos mais íntimos? Chama-lo de Daddy? Palavra segura?

Antes mesmo de pensar em algo para responde-lo, acabo por pegar no sono, com a cabeça confusa.

(...)

- Baby, acorde! Chegamos! - Sinto sua mão em meu cabelo, o acariciando e ouço sua voz distante.

- Chegamos? Desculpe, eu estava com sono... - Falo esfregando os olhos.

- Não se desculpe, mas vamos logo.

Descendo do carro eu não pude deixar de dar um belo grito fazendo com que ele coloque as mãos nos ouvidos.

Dramático.

- QUE PUTA CASA MAIS LINDA! PUTA QUE PARIU EU VOU MORAR AQUI? - Logo que termino a frase ele solta um riso anasalado.

- Sim, baby! Você irá morar aqui, e aproveitará tudo que essa casa oferece. Olhe os modos, não fale tantos palavrões assim - Ele me repreende.

- Desculpe... - Falo abaixando a cabeça.

- Desculpe, o que? - Pegando em meu queixo, ele levanta minha cabeça com cuidado, fazendo-me olhar em seus olhos.

-Desculpe, Daddy.

- Boa menina! - Ele sorri satisfeito - Vamos, os empregados estão a nossa espera e ansiosos para lhe conhecer.

Yes, Daddy!Where stories live. Discover now