Yes, Daddy!

Yes, Daddy! - Yes, Larry!

Pov's Harry

Levanto a cabeça e o olho, seu cabelo está um pouco úmido, o que me da a entender que tomou banho no outro banheiro, ele está usando apenas uma bermuda preta, a mais folgada que tem, a que ele gosta de dormir porque diz ser confortável.

Sua mão direita ainda está estendida e ele olha para baixo, em sua mão esquerda tem uma toalha e olhando para o vaso eu posso ver meu pijama de ursinhos, o qual eu sei que foi ele quem trouxe para cá.

- Você... vai dormir comigo? - Pergunto baixo e vejo sua cabeça se levantar.

Seu olhar cruza com o meu e ele se mostra abalado, talvez tenha colocado os pés no chão e visto o peso de suas palavras sobre mim, e o quanto elas me abalaram. Seus olhos não mais me passam insegurança, e muito menos medo, agora eles me transmitem abalo, e eu sei que ele está tão mal quanto eu.

Se eu não estivesse tão destruído com suas palavras, eu com certeza pularia nos seus braços e imploraria para ele me foder e acabar com isso tudo.

- Sim, Harry! Eu vou dormir com você! - Ele continua me olhando nos olhos.

- E vai me abraçar ou virar de costas? - Meu tom continua saindo baixo, e a voz falha e consideravelmente rouca, entregava que eu tinha passado esse tempo todo chorando.

- Eu vou lhe abraçar... sei que você tem medo do escuro, não se preocupe com isso, apenas venha! - Sua mão balança em minha frente, ainda aberta para que eu a pegue e saia desse canto.

E como já era de se esperar, eu a pego, ele me puxa com cuidado e me mantém em pé no pequeno tapete felpudo em frente a pia, e já sem contato visual, ele começa a me secar, suas mãos envolvidas pela toalha secam cada gota de água presente em meu corpo, com a suavidade do tecido e com o toque delicado.

Retirando minha cueca, ele se abaixa e seca o restante da cintura para baixo. Meus olhos se enchem novamente ao ver qual cueca ele pegou, a famosa cueca do Bob Esponja, a que eu usei na nossa primeira noite, sem saber que seria nossa primeira noite.

Flashback on ~

Nossos beijos esquentam e ele me deita na cama, minha camisa é retirada e eu finalmente consigo me desfazer dos botões da dele, seus beijos descem para meu pescoço, peito, barriga, até cegar no cós de minha calça.

- Eu posso? Quer mesmo fazer isso? - Ele me olha com as mãos já em cima dos botões, onde minha ereção era perfeitamente marcada.

- Sim! Você pode, e sim, eu tenho certeza! - Um sorriso largo se abre no rosto dele e minhas calças são desabotoadas, ele a puxa para baixo e fica um tempo intercalando o olhar entre mim e minha cueca.

- Não acredito nisso! - Ele solta um riso fraco.

Sem entender nada, olho para minhas pernas e vejo a cueca amarela, e perfeitamente estampada nela, o Bob Esponja. Sinto meu rosto queimar e ao tentar levantar as calças novamente ele pega em minhas mãos.

- Não faça isso... é estranho, mas eu gostei - Seu sorriso se forma novamente e ele tira minha cueca, a dobra e a guarda no bolso de sua calça.

- Desculpe... - Falo baixo.

- Não precisa se desculpar, eu já disse que gostei!

Na tentativa de me tranquilizar, ele beija minha testa, e se ajoelha entre minhas pernas...

Flashback of ~

- Você ainda gosta? - Ele pergunta baixo, já vestindo a cueca em mim.

Abro a boca para dizer alguma coisa mas nada sai, e eu apenas faço movimentos com a cabeça, assentindo em resposta a sua pergunta. Os movimentos exagerados fazem as lágrimas caírem, e eu viro o rosto para o espelho. Meus olhos estão vermelhos e meu nariz inchado, uma lágrima que outra escorre por minhas bochechas enquanto eu apenas fico em silêncio.

Sinto suas mãos pegarem em meus braços e os passarem delicadamente pela camiseta do pijama, o ajudo na parte de baixo, levantando as pernas, e fico ali, parado o olhando. Suas mãos vão de encontro com o secador e a escova em cima da pia, e me virando de frente para o espelho, ele o liga e fica atrás de mim, de vez em quando nas pontas dos pés para secar o topo de minha cabeça.

- Pronto! - Devolvendo o secador e a escova a pia ele pega em minha mão e me puxa novamente, agora para o quarto, em direção a cama.

Me deito na cama virando para a parede e fecho meus olhos com força ao ver a luz sendo desligada e o quarto ficar escuro, mas logo relaxo, ao sentir o espaço ao meu lado se afundando e seu corpo sendo colado ao meu. O braço direito de Louis é passado por cima dos meus, e procurando minha mão, ele entrelaça nossos dedos, sua perna é colocada sore minha cintura e ele me puxa para mais perto.

- Harry... me desculpe pelas palavras grossas de antes, eu sei que não é justificativa mas eu estava de cabeça quente e foi tudo por impulso - Abro os olhos e fito a parede, prestando atenção nas palavras dele - Eu não quero terminar com você, nunca quis, e não quero que mude seu jeito ou seus aspectos, eu amo você do jeitinho que é - Sua mão aperta um pouco a minha - Não quero que mude por nada nesse mundo! Eu gosto de você assim, todo desajeitado, que usa as cuecas coloridas, que tropeça nos próprios pés, que me incomoda para ter um peixe, que é ciumento, que cuida de mim... eu amo você por inteiro, meu amor!

Me deito de barriga para cima e fico olhando par ao teto, onde tem pequenas estrelinhas que brilham, as quais eu comprei e colei elas fazendo meu nome e o dele "Harry + Louis". Ele vira-se para cima e olha para o teto também.

- Eu acho isso muito brega - Ele ri fraco - Mas me faz sorrir igual um idiota! - Entrelaçando nossos dedos novamente ele me olha - Não quero que fique triste, sei que o que eu falei foi ruim, e que talvez eu não mereça seu perdão, mas eu não suporto ver você triste e saber que a culpa foi minha...

- Não vou dizer que está tudo bem - Começo - E também não vou dizer que vai ficar, porque sei que vou remoer isso por mais uns dias, eu desculpo você, e sei que talvez eu seja tudo isso o que você falou e mais um pouco, mas me conforta o fato de você me amar assim, e eu também te amo...

Sorrio fraco para ele e me aproximo, deitando minha cabeça no ombro do mesmo.

- Boa noite, Hazza... quero que saiba que eu não me vejo sem você e que eu te amo muito! - Sinto um beijo sendo deixado em minha testa.

- Boa noite, Lou... eu também te amo - Falo em um sussurro.

Seus braços passam em volta de meu corpo, me puxando mais para ele, me aninho mais ao seu corpo e sinto suas caricias em meu cabelo. E não importava o quanto nós brigássemos ou discutíssemos, eu sempre acabaria aqui, me sentindo em casa, em seus braços, sentindo suas caricias, e o ouvindo dizer o quanto me ama. É nítido o quanto nos gostamos, e se depender de mim, eu vou viver para sempre ao seu lado.

Porque não importa onde eu esteja, ele sempre me trás para casa!