Yes, Daddy!

Yes, Daddy! - Lembra?

07:10 a.m.

Nesse exato momento estou dentro do carro observando pessoas gritarem e se abraçarem no portão da escola onde vou fazer meu terceiro e último ano.

- Qualquer coisa me ligue que eu venho na hora lhe buscar, senhorita Dakotta, tenho ordens claras para não deixar nada lhe acontecer. - Disse o Sr. Deméter.

- Tudo bem... Pode deixar que eu ligo, e vou indo lá, porque se não irei me atrasar.

- Boa aula, senhorita, e tome cuidado!

- Pode deixar - Digo fechando a porta do carro.

07:30 a.m.

Um sinal extremamente alto toca, e faz com que eu coloque as mãos nos ouvidos, já vi que vou chegar atrasada, pois nem achei meu armário ainda.

Após 15 minutos procurando, finalmente encontro o armário e logo depois minha sala.

- Com licença... Aqui é a sala de ciências? - Falo tímida, todos estavam me olhando, e aquele professor era... Assustador.

- É sim. Você é a aluna nova, não é? - Eu apenas concordo com a cabeça - Primeiro dia e já está atrasada? Vou deixar passar, entre e sente-se, garota! - Ele fala autoritário.

- Obrigada...

Me sento na última mesa da fila do meio, a única mesa que estava disponível. E lá se foram os mais entediantes períodos de aula. Bate o último sinal e todo mundo sai com suas mochilas, vejo que já se passam das 11:30 e antes de sair da sala ligo para Deméter me buscar.

- E aí novata, qual seu nome? - Um menino pergunta ao se aproximar.

- Hm... Dakotta.

- Meu nome é Hades, prazer! - Ele fala beijando minha mão - Bom, preciso ir embora, nos vemos amanhã? Eu adoraria ser seu amigo! - Eu apenas concordo com a cabeça.

Assim que ele some de minha vista, uma menina vem correndo em minha direção e sem dizer absolutamente nada me abraça e sussurra no meu ouvido.

"Ele já tem dona, se não quer perder os dentes, fica longe!"

Quando penso em falar alguma coisa, escuto a buzina de um carro conhecido por mim... Daddy veio me buscar.

- Oi, Daddy! - Falo colocando o cinto de segurança.

- Bom dia, baby! Como foi seu primeiro dia de aula? - Ele pergunta empolgado.

- Bom... Foi estranho.

- Daqui uns dias você se acostuma, vamos para casa? Estou com fome, e preciso lhe mostrar uma coisa.

- Eu também estou morrendo de fome, e já estou curiosa - Falo divertida.

14:59 p.m.

- Almoçamos tarde hoje. - Falo após guardar o último prato enquanto Apolo secava suas mãos.

- Verdade, mas a comida estava ótima, sou um belo cozinheiro! - Sou pega pela cintura e ganho um selinho demorado.

- Belo sim, cozinheiro é da sua parte - Falo entre risos, vendo ele cruzar os braços e faz biquinho, fingindo estar bravo - Estou brincando, Daddy, sua comida é ótima.

- Que bom, porquê se fosse ruim, já estávamos mortos! - Rimos igual dois bobos enquanto subíamos para o andar de cima, quando vou abrir a porta para entrar em meu quarto, sou puxada pelo braço - Lembra que o Daddy disse que queria lhe mostrar algo, baby?

- Sim, Daddy.

- Está atrás daquela porta, espero que não se assuste, que grite só de prazer e que possamos discutir sobre a frase segura agora... Vá la, abra a porta!

Assim como Daddy pediu, eu fiz. Caminhei receosa até a porta e a abri. O que eu vi foi... Esquisito e ao mesmo tempo, me deixou a desejar.

Uma cama no centro do quatro, com algemas nos quatro cantos. Nas paredes, prateleiras com coisas iguais ao que Daddy tem no meio das pernas, porém, de variados tamanhos e cores, em outras prateleiras tinham algemas, chicotes, e várias outras coisas que eu não sei o que é e nem para que servem.

- Daddy... O que é tudo isso?

- O seu quarto dos desejos, baby girl!