Yes, Daddy!

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07:15 a.m.

- Bom dia, bom dia, tchau – Digo entrando correndo na cozinha e pegando algumas torradas.

- Ei, onde pensa que vai? – Apolo diz virando-se para mim.

- Para a escola? – O respondo comendo uma das torradas.

- Mas 'pra que essa pressa toda? Não vai tomar café comigo? E não está muito cedo? – Ele faz várias perguntas, como sempre, desconfiado.

- Estou com pressa porque preciso encontrar os meninos, não, não vou tomar café com você, me perdoe, e não, não está muito cedo, eu preciso encontrar eles lá na esquina as sete e vinte, e já são sete e quinze - Falo olhando rapidamente o relógio em meu pulso.

- Vocês vão a pé? – Concordo com a cabeça tomando um gole de suco – Por que não me avisou? Você sabe que não me incomodo de dar carona para eles!

- Porque nós precisamos conversar, e é conversas de amigos, então me desculpe – Falo o abraçando – Você está quente!

- Eu sou quente, meu bem! – Ele responde rindo.

- Então tá hahaha... bom, vou indo – Antes de pegar minha mochila ele fala para mim esperar um pouco e vira-se de costas.

Eu respondo um "Tá bom" e me perco com a maravilhosa vista que estou tendo, ele está de pé descalço, com sua calça social, a típica de seu trabalho, na qual sua 'bundinha' fica bem marcada, seu cinto está aberto junto de sua camisa branca, que ainda não está para dentro de suas calças e sua gravata está sobre seu pescoço, o deixando sexy e me fazendo morder os lábios.

- Aqui está – Ele estende três potes e três garrafas de suco para mim, mas eu ainda estou no mundo da lua pensando no que poderíamos estar fazendo em cima dessa mesa – Dakotta, terra chamando – Ele estala os dedos frente ao meu rosto.

- Ah, oi, desculpa, me perdi olhando para esse monumento – Confesso pegando as coisas de sua mão.

- Ah, para, eu sei que sou gostoso – Ele fala isso colocando as mãos na cintura e fazendo um biquinho com a boca, o que o deixou extremamente engraçado, assim que caio na risada ele desmancha a pose e fica sério novamente – Pare de rir!

- Daqui uns dias você me mata de tanto que vai me fazer rir – Falo me recuperando da crise de risos – Mas 'pra que tudo isso de comida? E esses sucos todos? Eu só aguento um combo desses.

- É para levar para os meninos também, são os sanduíches de sempre, espero que eles gostem! – Ele fala me levando  até a porta.

- Ai que amor, muito obrigada, eles vão amar! – Falo dando um selinho nele e indo em direção ao portão de saída da casa.

Antes de sair, coloco meus fones de ouvido para escutar alguma música até chegar nos meninos, nós vamos nos encontrar daqui a duas quadras, em frente a sorveteria, o que sempre fazemos nas sextas-feiras.

...

Após atravessar pela faixa de segurança, vou colocar meu celular no bolso de trás da calça, mas acabo errando o bolso e ele vai pulando até o meio da rua.

- PUTA QUE PARIU – Grito ao ver toda a situação, e na hora em que vou pega-lo a sinaleira abre e eu tenho esperar.

Por sorte um alguém que dirigia, viu meu desespero e parou um pouco antes de passar por cima do celular, vou até onde o celular se encontra o pego e vou até a janela do carro para agradecer por não o ter destroçado. A janela estava fechada, então eu bato de leve no vidro e me abaixo um pouco.

- Hmm... muito obrigada, por não passar por cima do meu celular... – Falo sem graça e olhando para os lados.

- De nada, querida, quer carona? – Assim que eu o encaro ele retira os óculos escuros e me olha nos olhos.

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