Yes, Daddy! - Ten Years!

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Olho boquiaberta para ele, enquanto ele continua descendo as escadas devagar.

- É ele? – Harry pergunta em um sussurro.

- Pode apostar que sim, menino – Heitor o responde.

- Vamos embora, Dakotta! – Louis fala puxando meu braço.

- Foi você que matou ela? – Pergunto com a voz falha ainda olhando para ele, que agora mantém as duas mãos nos bolosos da calça e não desvia o olhar de mim.

- Não exatamente, mandei que fizessem isso, eu não sujo minhas mãos, querida! – Ele fala em um tom sarcástico.

- Por que? – Pergunto com os olhos marejados.

- Porque ela mereceu, e não me satisfazia mais... – Ele fala olhando para os lados – Acho melhor você ir embora, não quero atirar mais uma vez em Apolo... no seu querido Daddy! – Ele fala rindo.

- Eu lhe odeio! – Cuspo as palavras para ele.

- Eu sei, querida, eu sei... – Ele fala mantendo o sorriso no rosto.

- Quer merda, vamos embora! – Louis fala abrindo a porta me puxando pelo braço.

Ao entrarmos no carro, ninguém fala uma palavra, eu estou no banco detrás junto de Louis e Harry está no banco de passageiro ao lado de Apolo.

- Como foi o trabalho? – Apolo pergunta com empolgação.

- Q-que trabalho? – Harry fala gaguejando.

- Como assim que trabalho, Harry? – Apolo pergunta rindo.

- Conta 'pra ele... – Sussurro para Louis.

- Tem certeza? – Ele fala me olhando.

- Sim, ele vai descobrir de qualquer jeito.

- Tudo bem... Apolo – Louis o chama – Tem uma coisa que você precisa saber

- O que é, Louis? – Apolo fala olhando para Louis pelo retrovisor.

- É... Heitor estava lá na casa... – Assim que Louis fala, eu fecho os olhos com força e Apolo para o carro.

- COMO ASSIM? POR QUE NÃO ME DISSERAM ISSO LÁ? – Ele fala nervoso.

- Calma, tudo bem? Por causa dessa sua atitude a gente não falou nada – Harry fala olhando para Apolo.

- Dakotta... olha para mim – Obedeço – Ele fez alguma coisa 'pra vocês? – Faço que não com a cabeça – O que você quer fazer a respeito?

- Quero ir naquela lanchonete e comer até explodir! – Falo apontando para a lanchonete do outro lado da rua.

- Não comemos nada ainda, vamos lá... – Harry sussurra para Apolo.

- Tá bom, eu só vou estacionar o carro.

Após sairmos do carro, nos dirigimos em silêncio para a lanchonete, que estava vazia. Me sento na janela e Louis se senta ao meu lado, Apolo senta na minha frente, do outro lado da mesa e Harry ao seu lado na frente de Louis.

A garçonete chega, anota nosso pedidos e se retira, o silêncio é constrangedor, ninguém sabe o que falar, e nem que assunto puxar. Eu estou com uma imensa vontade de gritar e falar tudo o que eu sinto, mas acho que não é o melhor momento, e se for, eu não sei nem por onde começar.

- Meu aniversário de dez anos... – Começo a falar olhando para a janela e os três voltam seus olhares para mim – Foi quando eu apanhei pela primeira vez.

- Dak, você não precisa falar nada se não quiser – Apolo fala compreensivo.

- Preciso sim, eu quero... acredite, vai aliviar muito... – Falo olhando para meu dedos em cima da mesa.

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