O que me leva até você - CONCLUIDA!

Capitulo 2: Luke

                      Como eu adorava Nova Orleans, tudo era motivo de comemoração, a cidade tinha musica em cada esquina e havia pessoas andando nas ruas o dia inteiro, era movimentada, era agitada e eu adorava. Talvez fosse pelo fato que a minha casa parecia mais um velório e em outros dias um campo de guerra. E hoje? Estava mais para um campo de guerra.

- Você vai ir vê-la novamente? – gritava Rubia do quarto do meu pai, não, ela não era a minha mãe, minha mãe era a amante que o meu pai tinha em outra casa, longe de toda mídia e escondido dos olhos da imprensa, onde lhe dava todo luxo necessário e moradia. Eu havia nascido por descuido? Sim e logo depois de um ano veio a minha irmã Nicole e que coincidentemente a Rubia engravidou quatro meses depois dando a luz a Georgia. E pela coincidência de Nicole e Georgia terem nascido quase na mesma época, meu pai pegou Georgia com um ano e eu com dois anos para vir morar com a Rubia, ele e o filho primogênito, meu irmão Joseph que agora atualmente cuida da empresa até eu me formar. Uma tradição da família que os homens que administram as empresas, bobagem? Eu sei.

Dês de quando vim morar para cá a obrigação da Rubia foi cuidar de todos nós, imagina como foi difícil ela ter que cuidar de quatro crianças como se fossem dela? Eu tenho dó dela às vezes, ela nunca me deu carinho e pouca vez demonstrou um pouco, mas nunca desejei isso, pois sabia que a vida dela de viver um casamento de faixada deveria ser bem difícil. Eu e Nicole tivemos tudo que foi preciso e igual ao Joseph e a Georgia, éramos gratos pelas coisas que Rubia fazia pela gente, porém Joseph e Georgia sempre demonstraram o quanto eram inconformados por isso, também é compreensível, nós éramos os intrusos, porém não tínhamos culpa alguma dos erros do meu pai e da nossa mãe Alexis.

- Sim eu vou. – respondeu meu pai num tom mais alto que o da Rubia, eu estava jogado no sofá e assim também a Georgia e Nicole, nós nos entreolhamos e Georgia disse:

- Em dez segundos os dois descem as escadas gritando um com o outro. – falou ela como se estivesse dando um lance.

- Depois de cinco segundos sua mãe vai dizer o quanto ele é imprestável. – disse Nicole para Georgia, as duas sempre brigavam, porém a única hora de paz que existia entre as duas era nessa hora, quando Rubia e meu pai brigavam.

E aconteceu exatamente tudo o que as duas haviam dito no final meu pai saia zangado e acabava passando a noite na casa da minha mãe e a Rubia ficava trancada no quarto o dia inteiro e a única que sabia o que ela ficava fazendo sozinha era a Georgia que no final do dia sempre ia dormir no quarto com a mãe.

- Sabe de uma coisa? Para que ficar nessa casa e nesse clima? Vamos logo para a festa que tem antes da volta aulas. – falei me sentando no sofá e mostrei o banner da festa para elas, ao qual tinha uma letra chamativa com fotos de bebidas.

- Quer de novo dar prejuízo ao nosso pai? – perguntou Nicole me olhando, lembrando que da ultima vez que eu bebi acabei ralando o carro todo no portão da garagem, ela era toda certinha e graças a Deus eu tinha a Georgia que era totalmente o oposto.

- Fica em casa santinha. – falou Georgia piscando o olho para Nicole. – Ninguém quer sua presença naquela festa mesmo. - Georgia á provocou, obviamente as duas iam acabar indo também e eu queria mesmo era ficar longe daquela casa ao qual não existia paz.

Quando já eram quase dez horas da noite eu já estava no carro da Georgia com ela, já que o meu estava no conserto e a Nicole no carro dela, porque ela odiava vir muito tarde para casa isso se a gente viesse para casa, pois eu geralmente dormia na casa de alguma garota, em especial na casa da Meise a menina que a Universidade inteira queria como amiga, tínhamos um relacionamento aberto ao qual todos os garotos invejavam.

- Ainda está ficando com a Meise? – perguntou Georgia no trajeto para a festa que seria na reserva, ilegalmente? Sim, basicamente tínhamos dinheiro para alugar qualquer lugar, mas gostávamos de correr alguns riscos e por incrível que pareça dava muito mais gente as festas assim, até pessoas de outras universidade iam e por isso éramos os melhores alunos e da melhor Universidade.

- Nós não ficamos, a gente aproveita a presença um do outro quando estamos querendo. – Georgia era completamente contra o nosso meio de se relacionar, porque segundo ela, ela era amiga da Meise e que Meise gostava de mim de verdade, o que pra mim era coisa da cabecinha dela.

- Não viaja. – falei revirando os olhos. – ela continuou dirigindo atenta na estrada, havíamos chegado à estrada de chão o que significava que estávamos pertinho já da reserva e eu poderia saltar para fora daquele carro e ficar bem longe da Georgia e seus conselhos.

- Ou você é otário ou finge ser, só pode. – disse ela impaciente, eu ri, o que deixou ela mais irritada ainda. – Você vai se ferrar muito Luke, por que uma hora você vai entender o que é ter sentimentos por alguém de verdade. – ela disse num tom provocativo, eu fingi que não ligava, nunca iria acontecer, porque eu não me permitia a ficar com qualquer outra garota mais de uma vez, Meise era uma exceção porque ela mesma sempre deixou claro o quanto era contra relacionamentos sérios, até porque seus pais era o exemplo pratico de que depois do casamento o amor fugia pela janela.

- Tomara que Deus nunca te ouça. – falei quando ela parou o carro e sai seguindo onde vinha o som da musica, havia muita gente lá já e mais gente ainda chegava, tinha bebidas para todo lado e também copos espalhados pelo chão, gente que eu nunca tinha visto e alguns rostos familiares, entre esses rostos estava o do Brandon, meu melhor amigo dês da infância.

- Agora vamos animar essa festa. – gritou Brandon animado, havia duas garotas ao seu lado e ele jogou os braços em volta das duas. – Só estávamos te esperando. – eu abri um largo sorriso e peguei um copo de cerveja, a festa estava apenas começando.