Capítulo 36: Ângela

146 18 9
                                    

         Podemos estar em um segundo sorrindo no banco de carona, enquanto contamos sobre algo engraçado, entusiasmados, talvez fosse esse o erro, ou talvez a pessoa desconhecida na pista que vinha em alta velocidade ultrapassando um outro carro e...

¡Ay! Esta imagen no sigue nuestras pautas de contenido. Para continuar la publicación, intente quitarla o subir otra.

         Podemos estar em um segundo sorrindo no banco de carona, enquanto contamos sobre algo engraçado, entusiasmados, talvez fosse esse o erro, ou talvez a pessoa desconhecida na pista que vinha em alta velocidade ultrapassando um outro carro e entrando na contra mão de frente com nós, porque com uma tentativa de desviar do choque, o carro capotava por diversas vezes fora da pista, entrando em um matagal escuro, mas eu podia ver nitidamente o universo inteiro girando. Acredito que pude visualizar a lua e as estrelas por três vezes seguidas rapidamente, bom, eu tive muitas sensações nessas frações de poucos segundos, como sentir que o meu estomago estivesse querendo jogar fora tudo que eu havia ingerido no decorrer do dia, um medo, um susto, um aperto no coração de que eu havia vivido por dois longos anos longe de quem eu mais amei. Eu nunca imaginei que em poucos segundos minha vida e meus últimos dois anos iriam passar na minha mente, me causando um medo, terrível medo de morrer. Por mais que eu havia feito novos amigos em Seattle, eu sentia um vazio e uma saudade de todos que deixei em Nova Orleans, sentia falta do Luke e me questionei várias vezes se a decisão realmente foi a correta a se fazer.

Um terrível e barulhento impacto fez o carro parar, uma arvore, talvez. Eu não sabia o certo, mas meu corpo inteiro doía, tentei me mover, mas vi que algo prendia a minha perna, segunda coisa que eu vi, foi a Vick e o seu namorado Jordan completamente massacrados no banco da frente, que a alguns minutos atrás eu me neguei a sentar, porque os dois eram namorados, se não fosse por isso, eu era a pessoa morta no banco da frente, eu imediatamente olhei para o lado e vi Morgan desacordada, talvez morta.

- Morgan... – foi tudo que eu consegui dizer antes de ficar desacordada, por causa de uma hemorragia que sofri e a dor de ter as costelas quebradas. [...]

Depois de passar por uma cirurgia e conseguir uma enorme cicatriz no quadril e possivelmente na perna, o que arruinaria minha carreira de modelo, acabei me sentindo derrotada. Via contratos indo por agua abaixo e também a mídia inteira falando sobre mim, eu me sentia invadida às vezes quando alguns paparazzi tentou tirar fotos minhas pela janela do hospital e eu tive que mudar de quarto umas três vezes.

Eu tinha conseguido uma carreira incrível, graças a Morgan, que insistia em me levar nos seus ensaios, ela era camareira do hotel que eu era hospedada e tentava a vida como modelo, até que um dia deu certo e nós duas se tornamos parceiras e amigas. Com o trauma que sofri vendo minha mãe morta e suja de sangue, fez com que meu sonho de se tornar médica se tornasse algo impossível, porque cada contato ou cada vez que eu via sangue, era como se tudo viesse na minha cabeça novamente e um ataque de pânico me possuía por inteira a ponto de me fazer ficar sem ar.

Vick e o seu namorado Jordan morreram na hora, essa era outra coisa que eu jamais iria conseguir esquecer, eu não era tão próxima deles, porém a Morgan havia crescido perto deles e ela estava inconsolável e os pais dela decidiram leva-la de volta para Londres onde ela passaria alguns meses aos cuidados deles e nesse exato momento minha tia estava aqui parada do lado da maca insistindo pela mesma coisa.

O que me leva até você - CONCLUIDA!Donde viven las historias. Descúbrelo ahora