Capítulo 10: Luke

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     Eu tentei prestar atenção nos estudos, tentei, mas não conseguia, porque eu só conseguia pensar na Angel

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    Eu tentei prestar atenção nos estudos, tentei, mas não conseguia, porque eu só conseguia pensar na Angel. Não queria pensar nela e me odiava por estar com ela na minha cabeça, ela tinha aquele olhar de garotinha, aquele par de olhos verdes que olhando tão próximo parecia ainda mais bonito. Era só uma atração física, muito intensa, mas não passava disso e para matar tudo o que eu estava sentindo eu fui atrás da Meise.

- O que está fazendo aqui? – ela perguntou quando saiu da sala, ainda estava tendo aula e eu estava ali parado na sua frente, o corredor da Universidade estava completamente vazio e eu só consegui pegar ela pela mão e a puxei para dentro de um depósito que tinha ali perto que ficava vassoura e outros utensílios de limpeza, assim quando tranquei a porta ela tinha ainda a mesma expressão, mas quando a beijei e a encostei na prateleira, sua expressão havia mudado completamente, estávamos eufóricos, aquele lugar era tão quente e apertado, mas perfeito para fazer tudo o que eu queria, porém não sentia a eletricidade passando pelo meu corpo como havia sentido quando toquei na Angel. [...]

Quando a aula acabou eu fui direto embora, queria tanto ficar longe da Angel que estava evitando andar na mesma direção que ela, me joguei na cama pensando em tudo que havia acontecido pela manhã e sentindo também um idiota por ter ficado com Meise, pensando totalmente na Angel, fazendo coisas com Meise que estava bem longe de conseguir fazer com a Angel. Eu sabia lidar muito bem com a Meise, mas com a Angel eu sabia que requeria muito tempo e esforço, algo que eu não estava tão motivado e ainda mais porque ela era a prima do Connor, eu sempre fazia merda, mas não podia fazer isso com um dos meus melhores amigos.

- Luke, me fala o que eu faço. – disse Georgia entrando no meu quarto, furiosa e sem bater na porta.

- O que houve? – perguntei me sentando na cama.

- Eu quero aquela garota longe, mais bem longe da Universidade. – disse Georgia andando de um lado para o outro, Angel havia conseguido duas inimigas, Meise e Georgia sem fazer muito esforço.

- O que eu tenho haver com isso? – perguntei fingindo desinteresse.

- Você, bom... – ela disse como se estivesse pensativa, ela tinha algo em mente, eu já sabia disso. – Você consegue tudo o que quer, porque não tenta primeiro descobrindo quem ela é, onde ela vive e como é a vida dela. – sugeriu Georgia. – Ela deve ter algum ponto fraco, alguma coisa que pode a fazer desistir desse curso de merda.

- Porque não gosta dela? – eu perguntei a olhando.

- Porque eu acho que Connor gosta dela, prima não é irmã, não é mesmo? – disse Georgia convicta, por mais que eu queria que ela tivesse errada, eu também achava que Connor era atencioso demais com Angel, sendo que nós éramos amigos a muito tempo e nunca havia ouvido falar dela.

- Eu não acho que você esteja errada, mas se você estiver não acha que vai ser injusta com ela? – perguntei, ela revirou os olhos.

- Vai falar que você é o justo agora. – ela inclinou na minha direção e disse: - Cadê o garoto que gosta de conquistar as garotas e depois às manda sumir de sua vida?

- Ela é prima do Connor! – respondi. – Não quero perder a amizade dele e ele leva muito a sério as coisas, você sabe disso.

- Então perturba ela, sei lá, faça com que ela se canse daquela universidade, que ela desista disso. – Georgia pediu. – Por favor, Luke!

- Eu preciso ir buscar o Roger, ele recebe alta no hospital hoje. – falei pegando as chaves do carro e o meu celular. – Quando eu voltar a gente conversa, ela fez um bico e cruzou os braços, mas eu sai do quarto antes que ela começasse com seu drama e sentimentalismo. [...]

Quando cheguei ao hospital o Roger estava sentado na maca, com aquelas camisolas de hospital o que era bem engraçado e a cabeça enfaixada.

- Parece uma moça assim. – brinquei e ele abriu um sorriso.

- Que demora, já estava quase pedindo para a médica me levar para casa. – brincou.

- Seu pervertido. – disse o abraçando e ele caiu na risada.

Ajudei-o a arrumar as coisas dentro da mochila, os pais de Roger sempre foram bem ausentes na vida dele, dificilmente eu os via e Roger também, porém ele tinha a grande felicidade de ter uma casa só para ele, já que morava sozinho.

No caminho para sua casa ele havia me pedido algo, algo que eu não queria fazer, já que ele não parava de fazer perguntas sobre a Angel:

- Vamos á casa dela, eu preciso agradecer por ela ter salvado a minha vida.

- Ela mora com o Connor, então acho meio difícil conseguirmos entrar lá sem antes avisar que estamos indo. – falei tentando focar na estrada.

- Eu vou ligar para o Connor. – ele disse pegando o celular e fazendo a ligação, eu até reduzi a velocidade para não acabar tendo que voltar depois para direção da casa do Connor e também torcendo para que Roger não conhecesse a Angel.

Eu prestava atenção na conversa e no fim percebi que o Roger estava desanimado:

- Ela não está em casa e ele não sabe que horas ela volta. – disse Roger desanimado. – O seu nome tem tudo haver com ela, Angel. – eu ri e soquei seu ombro.

- Connor não quer saber de ninguém atrás dela, ele adora aquela priminha dele. – avisei.

- E ele me adora, somos amigos, posso ser um bom partido para a ruivinha. – aquela forma que Roger falava sobre a Angel me incomodava, eu que chamava ela de ruivinha, e então resolvi mudar de assunto para ele não perceber. Pelo jeito durão da Angel, possivelmente o Roger não iria conseguir nada dela, assim como nenhum outro rapaz havia conseguido ainda e por minha sorte, Roger havia pegado um atestado ainda de mais três dias sem poder ir à Universidade, o que queria dizer é que ele só iria à semana que vem para lá. 

O que me leva até você - CONCLUIDA!Where stories live. Discover now