Capítulo 33: Ângela

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                       Eu estava em casa assistindo televisão com a minha mãe, era um canal que só tinha filmes de romance, nosso gênero favorito! A gente assistia suspirando por cada cena enquanto comíamos pipoca, por alguns minutos eu até me esq...

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                       Eu estava em casa assistindo televisão com a minha mãe, era um canal que só tinha filmes de romance, nosso gênero favorito! A gente assistia suspirando por cada cena enquanto comíamos pipoca, por alguns minutos eu até me esqueci que Luke tinha dito que estava indo ser atendido pelo médico e logo me traria noticias, fiquei esperando toda hora olhando no celular, esperei, esperei, mas nada...

- Eu acho que vou ligar para o Luke, ver se ocorreu tudo bem na consulta. – falei me levantando do sofá, ela só assentiu e voltou a assistir, eu fui para o quintal para ligar para ele, mas chamou, chamou, chamou por três vezes e caiu na caixa postal, tentei pela quarta vez e fracassou a ligação.

Eu comecei a ficar aflita, tudo me passava pela cabeça e o medo dele não ter melhorado e estar arrasado, então liguei para Nicole que atendeu no segundo toque e havia um barulho alto no fundo da ligação.

- Angel. – ela disse e aos poucos o som foi afastando.

- Nossa que barulheira. – falei.

- Pois é, eles resolveram fazer uma comemoração que o Luke melhorou e vai voltar a jogar. Até o Connor está aqui, ambos já fizeram as pazes, graças a Deus! – ela disse. Eu ouvi um grito feminino que eu conhecia bem e a sua risada, era como se Nicole estivesse ali. Eu não consegui dizer nada porque estava concentrada demais no som do fundo.

- Luke para! – aquela era a voz da Meise, e eu a reconheci de imediato, talvez eu estivesse com ciúmes? Sim, mas ela foi algo na vida dele, ela estava comemorando com ele e ele nem teve o esforço de me chamar, eu agora entendia que nossos mundos realmente não giravam na mesma direção, estávamos em lados opostos.

- Você já está vindo? – Nicole perguntou de uma forma ingênua.

- Sim. – menti, segurando toda lagrima de decepção. Eu desliguei o celular, sentindo meu rosto queimar, eu demorei uns minutos para poder entrar em casa novamente, e respirei fundo por diversas vezes para disfarçar o que estava sentindo, não queria preocupa-la ou coloca-la no meio disso, eu precisava resolver primeiro isso tudo e depois contaria a ela, mas ela não estava na sala.

- Mãe... – chamei ela, com a esperança de eu ainda conseguisse terminar de assistir o filme com ela, não a encontrei na sala então fui até o seu quarto, a luz estava ligada, mas a luz do seu banheiro também e a porta entreaberta. – Mãe? – a chamei e fui entrando, algo dentro de mim gritou que tinha algo errado e eu apenas escutei essa voz dentro de mim, e empurrei a porta do banheiro.

Foi tudo muito rápido, muito rápido a ponto de me deixar em um pânico que mal conseguia digitar o numero de emergência, e cada minuto ali dentro parecia uma tortura.

Eu vi a minha mãe caída no chão, havia sangue na pia, havia sangue na sua boca e na sua roupa, eu me perguntava se ela teria vomitado sangue e por que, chequei sua pulsação e era tão fraca que quase estava parando:

- Mãe, eu estou aqui. – falei chorando e pegando no seu rosto, ela abriu os olhos tão pouco, estava tão fraca, ela abriu um sorriso fraco, completamente fraco e eu queria evitar qualquer esforço dela ali naquele momento, quando ia pedir para que ela não se esforçasse, ela disse:

- Você é tudo para mim Angel, eu fiz e faço tudo por você! – ela disse antes de fechar os olhos definitivamente, eu chequei novamente sua pulsação e já não existia mais. Desesperadamente eu fazia pressão no seu peito para que ela voltasse, para que ela reagisse, eu gritava frustrada por cada tentativa falha, por estar sozinha, por ver seu rosto tão rapidamente perder vida em minhas mãos que agora estavam sujas de sangue também.

Eu ouvi a porta da casa ser praticamente esmurrada e minha tia junto de paramédicos entrarem, eu me afastei para o canto do banheiro, chorando compulsivamente e minha tia chorava também e Adam estava assustado fazendo alguma ligação para alguém.

Quando tiraram o corpo da minha mãe do banheiro a pressas, minha tia veio até a mim me ajudando a se levantar, eu tremia por inteira, mal conseguia me manter em pé e ver o sangue em minhas mãos me apavorou a ponto de eu começar a sentir falta de ar, eu estava tendo o meu primeiro ataque de pânico. [...]

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Estamos chegando no final da parte 1 do livro, a parte 2 será publicada aqui mesmo também, porém separado, espero que todos estejam ansiosos, porque muita coisa nova vai acontecer!!

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