Capítulo 17: Ângela

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                       Eu ia recusar ir para casa do Luke com ele, mas nada me pareceu nada demais se eu aceitasse a sua carona, afinal a gente estava indo para o mesmo lugar

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                       Eu ia recusar ir para casa do Luke com ele, mas nada me pareceu nada demais se eu aceitasse a sua carona, afinal a gente estava indo para o mesmo lugar.

Estar com ele estava começando a ser agradável, era como se o Luke que estava comigo fosse diferente daquele que ficava sempre rodeado de amigos ou em uma festinha bebendo, ele sabia puxar conversa e também demonstrava curiosidade ao perguntar sobre minha vida em Kenner e ele despertava algo dentro de mim, eu me sentia mais viva!

Chegar na sua casa e ver a cara do seu pai que não era nada boa me fez querer recuar pela primeira porta a frente, Luke entrou numa outra sala com o seu pai e eu fiquei esperando-o ali no meio da sala sozinha. Mas a voz alta e clara do seu pai vindo de lá de dentro foi impossível ficar sem ouvir absolutamente tudo que ele havia dito para o filho de uma forma fria e também muito dura.

- Desculpa Angel, eu achei que meu pai não estaria tão cedo em casa. – falou Luke quando entramos no seu quarto, ele fechou a porta e eu fiquei impressionada pelo tamanho que seu quarto tinha só o seu quarto possivelmente tinha o tamanho da minha casa. Todos os móveis e paredes tinham o tom azul marinho com branco e era bem bonito e organizado demais por ser o quarto de um homem.

- Não se preocupe. – falei me virando para ele, ele apontou a poltrona para eu sentar e caminhou até uma porta que parecia ser seu closet e alguns minutos depois saiu de lá de bermuda e regata preta. – Foi impossível não ouvir você e o seu pai. – eu disse um pouco sem graça, ele abriu um largo sorriso, falso, completamente falso, ele estava chateado e seu olhar não negava isso.

- Ele é cabeça quente mesmo, mas já esta tudo resolvido, ele sempre resolve tudo. – disse com um tom de desgosto, Luke sabia fingir bem se não fosse o seu olhar vago em algum lugar do quarto e seu sorriso que não era o mesmo de costume.

- O Gael disse que não prestaria queixa contra você, não entendo porque ele mudou de ideia. – comentei.

- Ele disse isso? – Luke se sentou na cama que ficava próxima da poltrona.

- Sim disse e ai depois o Roger o levou embora apenas. – contei, Luke soltou um riso irônico.

- Claro que Roger o levou embora, mas possivelmente levou ele na delegacia primeiro para prestar queixa contra mim. – comentou Luke, por mais que ele parecia falar sério, não era algo que eu achava que Roger fosse capaz de fazer.

- Roger é seu amigo. – ai eu me lembrei da Meise que deu a ideia da queixa.

- Nós só sabemos quem são as pessoas de verdade, quando elas não estão perto da gente Angel, de toda forma eu não confio em ninguém. – Luke disse sério.

-Então acha que o Roger... – antes que eu terminasse de falar Luke se moveu em minha direção, com o rosto tão próximo do meu, puxou a poltrona sem dificuldade alguma, me colocando de frente para ele e também mais próxima.

- Você acha que eu bati no Gael, por quê? – ele perguntou sério, eu procurei por qualquer resposta na minha cabeça, mas não havia uma. Percebendo que eu não tinha uma resposta, Luke continuou: - Porque ele falava de você, te chamou de gostosa. - eu fiquei surpresa, porque nem se eu passasse muito tempo ali pensando iria pensar que Luke só me defendeu.

- Luke você não precisava quase espancar ele, não preciso de ninguém me defendendo e não precisava disso.

- Claro que precisava. – Luke aproximou-se de mim tão devagar que se não fosse meu coração acelerado alertando isso, eu nem havia notado direito. – Eu precisava descontar a raiva que eu senti quando vi você nos braços do Roger. – a sua voz saiu baixa na ultima frase, seu olhar era direto nos meus lábios e eu por mais que pensava em recuar ou o afasta-lo, não conseguia. – Pode até parecer errado isso, muito errado, mas eu quero fazer. – Luke disse respirando fundo e fechando os olhos devagar.

- E porque não faz? – minha voz saiu rouca.

- Porque não quero brincar com você Angel, não quero te magoar. – ele respondeu com os olhos ainda fechados suspirando.

- Porque você acha isso Luke? – se alguém pudesse sair magoado nisso tudo era o Luke, eu havia mentido para ele, para todos, eu não era rica e não tinha nada comparado a nada do que qualquer um dentro daquela Universidade tinha. Mentiras só afastavam as pessoas quando a verdade vinha a tona.

- Porque é isso que eu sempre fiz com todas as garotas, eu sempre me aproximava, iludia e depois me cansava. – ele respondeu abrindo os olhos.

- Você acha que isso nunca poderá mudar? – perguntei.

- É disso que eu tenho mais medo. – ele se levantou, me deixando ali ainda sentada completamente sem reação, eu me levantei e estava prestes a sair do seu quarto quando ele me puxou pelo braço e me parou antes de abrir a porta. – Eu não aguento mais. – ele disse me beijando, foi um beijo calmo, porém era como se nós dois precisássemos daquilo, de tudo o que eu já senti por qualquer garoto, não era comparado a nada do que eu sentia só de ter beijado o Luke. Talvez um dia eu me culparia por ter dando inicio a um sentimento que iria nos consumir por inteiro e talvez esse iria ser o motivo de não podermos mais ficar perto um do outro. Era intenso demais para nós dois e novo demais para aprendermos a lidar do dia para a noite. [...]

O que me leva até você - CONCLUIDA!Onde histórias criam vida. Descubra agora