Obsessão

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Nicole 🎀

Eu estava fodida, minha mente estava no lixo. Eu me tremia tanto, que parecia uma dúzia de cachorros pinscher juntos.

Eu tremia, chorava e procurava o ar, minha mãe preocupada estava ligando pra alguém, mas essa pessoa parecia não atender e além disso, eu nem conseguia falar.

As horas passaram voando, oito horas da manhã e fazia exatas duas horas que o confronto tinha começo e eu estava me acalmando mais, até o Metralha entrar na casa, todo sujo e me encarar, me vendo encolhida.

Metralha: Caralho, o que aconteceu? - Falou me olhando, enquanto tirava as armas do corpo.- Tá parecendo uma garota doente, porra!

Cami: Terror surtou, ela tá assim desde que ele saiu e começou esse invasão.- Falou nervosa e eu olhei pra cima.

Metralha: Senta, prende o ar e solta devagar.- Falou se aproximando e me ajudando a sentar.- Prende o ar.- Eu fiz o que ele falava.- Solta aos poucos devagar, fica repetindo isso, até acalmar!

Eu fiz o que ele falou, abracei meu corpo e fazia isso até meu coração desacelerar, minha mãe trouxe uma garrafa de água pra ele e ele foi tomando aos poucos, enquanto me olhava.

Metralha: Te falei que ia te deixar de lado.- Falou baixo só pra eu escutar, em um tom debochado e sorriu de lado, me entregando água.

Nicole: Obrigada.- Sussurei tomando a água com a ajuda dele, já que minhas mãos ainda tremiam.

O raidinho do Metralha começou a apitar e ele se afastou, foi pra cozinha e minha mãe veio me ajudar a tomar água, até ele começar a gritar lá da cozinha e a gente ficar sem entender.

Metralha: Mataram o Terror.- Falou vindo pra sala e eu engasguei com a água, comecei a tossir sem parar enquanto minha mãe me ajudava e o Metralha tava sem reação.- E foi alguém de dentro do morro.

Nicole: Mataram o Terror? - Sussurei, olhando pra ele.

Metralha: Tiro na cabeça.- Falou com a voz falha e passou a mão no rosto.

Minha reação foi chorar, eu gritei e cai no choro novamente como uma criança indefesa, Metralha saiu dali pegando suas coisas e eu encarei minha mãe rindo, ela tava sem reação, mas eu estava de joelhos, enquanto chorava, eu estava livre!