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Metralha ⛓

Eu não tava acreditando não, papo reto! Tudo muito fácil, do nada o cara morre, pô. Tinha algum bagulho por trás dessa parada aí. Cheguei na boca encarando os menor que tava tudo afoito, encarei um por um e fiquei esperando alguém abrir o bico.

Apesar de ser filho da puta, era meu leal, cresci com o malucão pô, sério! Sempre vacilou demais e nem era aquelas amizades, mas a gente sempre contava um com o outro.

Leozin: O corpo sumiu.- Eu ri.

Metralha: Não é hora pra brincadeira porra, cadê o Terror? - Falei alto, cessando a conversa ali.

Leozin: O corpo sumiu, metralha! Tô te falando.- Eu neguei.- Aliás irmão, até agora eu não vi ninguém abrir a boca pra dizer que viu o corpo, só escutei boato.

Metralha: E quem espalhou? - Eles se olharam e eu ri, sem paciência.- Bora porra, eu tô perguntando!

Aí começou, um levantou dizendo que escutou de tal, que escutou de fulano, que contou pra o outro, que ouviu de a, que foi pra b. Tava puto pra caralho já, dei um grito porque queria saber logo o que tinha acontecido, no fim, o papo era do X2, que falaram que tinha sido ele que contou.

Metralha: E aí? - Cruzei os braços.

X2: Eu vi alguém atirando no chefe, pô.- Encarei ele.- Tava sozinha subindo a rua seis, vi ele caindo no chão! Quando eu ia voltar pra ajudar, me acertaram, fiquei no chão também pô.

- Aí é verdade, eu que fui ajudar ele! Ele até embolou as palavras dizendo algo sobre o chefe, mas eu nem dei atenção, porque não tinha mais ninguém ali pelo beco.- O outro falou e eu ri.

Metralha: Ou levaram o Terror, ou ele quis dar um sumiço.- Neguei com a cabeça.- Aí leozin, providência busca por ele aí, da até teu cu pra encontrar o corpo do Terror, vivo ou morto!

V2: E o comando é teu por enquanto né? - Falou animado e eu encarei ele, vendo os menor tudo agitando ali também.

Metralha: Tá ligado que é! - Falei sem muita animação.- Quer o grupo limpando os corpos, outro voltando a atividade e atrás do Terror, jae?

Eles concordaram e eu saí dali, mente já tinha batido a dor e eu respirei fundo, fui em casa e vi a Rafaela sentada no sofá com uma xícara de café na mão, enquanto olhava fixo pra televisão.

Rafa: Tá tudo bem? - Falou baixo.

A gente não tava trocando muito papo, ela tava se afastando e eu também, tinha bolado nas ideias com ela, mas se ela quiser conversar, eu tô aqui e ela sabe, mas eu não vou ficar atrás disso.

Metralha: Tá sim! - Falei tirando a blusa.- E contigo aí?

Rafa: Tudo bem! - Falou tomando o que tinha dentro da chácara e eu balancei a cabeça.- Ouvi boatos que o Terror morreu, é verdade?

Metralha: Sumiu, o corpo dele sumiu, vivo ou morto também não sei.- Falei indo pro quarto.

Tomei um banho, sai indo pra cozinha e vi que ela tinha feito comida e deixado um remédio de dor de cabeça ali em cima também, sorri de lado e devorei os bagulhos tudo, lavei ali as paradas que eu sujei e peguei a chave da moto, fui até ela, beijei sua testa e agradeci, falei que ia resolver o caô e saí de casa.

Fui no mercado, comprei uns chocolates e uns bagulhos pra Nicole e comprei pra Rafaela também, separei o das duas e fui pra casa do Terror, chegando e vendo a Nicole com uma cara que eu mal tinha visto. Ela tava sorrindo, com o cabelo lavado, cheirosa pra caralho e parecia estar feliz pra porra.

ObsessãoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora