último capítulo.

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um ano depois.

Nicole 🎀

Acordei sentindo minha barriga doer e respirei fundo passando a mão por ela, senti um chute e sorri de lado me sentando devagar, até a alguém abrir a porta e eu olhar pra lá.

Sara: Mamãe, o papai disse que você tinha que se arrumar pra gente ir no médico, ver como tá os nenês.- Falou pensativa subindo na cama.

Nicole: Eu sei, meu amor. E cadê o papai? - Beijei a cabeça dela.

Sara: Foi levar felicidade pro pessoal.- Gargalhei, negando com a cabeça.

Metralha inventou de dizer a Sara que ele trabalhava vendendo felicidade pras pessoas do morro, ela super acreditava, perguntava qual era o tipo de felicidade e ele dizia que era secreto.

Conseguimos adotar a Sara há um ano atrás, foram meses atrás disso, resolvendo os bagulhos por causa do nome sujo e procurado do Metralha, ajeitando os papeis, até enfim, ter ela oficialmente como nossa filha.

Antes disso, ela ainda passou um mês na casinha com a Sofia, ela foi se acostumando com a gente, eu ia lá quase toda noite, ficava conversando com ela e com as meninas, ela já sabia que eu queria adotar ela, só tava dando tempo pra ela se acostumar com a ideia, até que um dia ela pediu pra ir comigo pra casa e eu não tenho palavras que demonstre o quanto eu fiquei feliz.

Aí, tudo bem, ela veio e foi se acostumando aos poucos, fizemos um quarto pra ela do jeito que ela queria e foi tudo lindo. No começo ela não se aproximou tanto do Metralha, mas ele correu atrás demais disso, até que hoje são unha e carne, mas ela ainda sim, prefere fazer as coisas comigo.

Mas, três meses depois de tudo tranquilo e calmo, o que veio? A notícia da minha gravidez.

Porra, eu tava feliz pra caralho, tudo acontecendo de forma perfeita, a Sara com a gente e um bebê, a família estava completa. Felicidade minha e do Metralha só faltava explodir tudo, mas sabe o que melhorou?

Quando descobrimos que era um casal, puta que pariu.

Ficamos bobos, surtamos pra caralho, mas como nada é tudo feliz, os riscos que eu corria eram ernomes no começo da gravidez, podia matar os bebês fazendo qualquer coisinha errada, uma alimentação mal feita, um susto, qualquer mínima coisa podia me afetar e afetar os bebês.

Mas, graças a deus e a paciência do Metralha, estamos vivos, firmes e fortes!

Fui tomar banho, estava no meu último mês de gravidez, na verdade estava só esperando a vontade dos gêmeos virem pros braços da mamãe aqui.

Quando sai, escutei a risada da Sara e o Vi o Metralha abrindo a porta, ele me olhou e eu passei a mão na toalha, vendo ele fazer careta.

Nicole: Quem tá com ela?

Metralha: Rafinha.- Sorri.- Ela veio te ver.

Nicole: Hm, você saiu de manhã hoje? - Ele beijou minha bochecha, me abraçando e passando a mão na minha barriga.

Metralha: Não pô, acordei com a Sara entrando no quarto dizendo que não conseguia mais dormir. Tomei café com ela e fui andar pelo morro com ela.

Nicole: Ah sim, não escutei nem vi nada.- Ele revirou os olhos.

Metralha me beijou passando o polegar na minha bochecha e eu me sentei na cama, ele continuou em pé inclinado me beijando e tirou minha toalha e se afastou, achei que iria ganhar aquele oral de leve, mas ele foi falar com os filhos.

Nicole: Aí cara, uma mãe sofre.- Ele gargalhou.

Metralha: Que coisa feia preta, pensando em putaria quando se tem duas crianças aqui, tá maluca? - Fiz careta.

Ele beijou minha testa indo tomar banho e eu me vesti, só taquei um vestido longo mesmo e amarrei meu cabelo, sai do quarto vendo a Rafa conversar com a Sara.

Nicole: Cadê o Léo? - Falei manhosa.

Leozin: Fala tu.- Falou saindo da minha cozinha com um pedaço de bolo em mãos.

Nicole: Filho da puta.- Gritei com ele, que comia o meu bolo.

Virei a cara pra ele e ele veio pro meu lado rindo, me afastei indo sentar com a Rafa e fiquei conversando com eles e a Sara.

O casal aí estavam juntos, tem muito tempo já, nem o Leozin acreditava que ia durar, quem dirá eu. Mas no fim, de certo.

A minha mãe se mudou, tá morando com o Francisco. Sim, o que me ajudou com o Terror e o chefe dos chefes, toda patroa ela.

Metralha chegou, almoçamos juntos no restaurante e eu, Metralha e Sarinha fomos pro médico, parece que adivinhou, assim que eu pisei lá, veio a dor, os gritos e os bebês.

Foi aquela coisa toda do metralha rindo sem parar, a Sara ansiosa e o Leo e a Rafa chegando do nada. Metralha escolheu o nome da menina, a Nayara e eu escolhi o do menino, Rafael.

E no fim, apesar de tantas coisas, de eu passar nas mãos de uma pessoa doentia, de ser traída pelas minhas amizades, de chorar sem parar, de sofrer igual filha da puta, veio a alegria. Foi aquilo né, o choro durou uma noite inteira, mas a alegria durou muito mais e continua aumentando, finalmente sigo em paz com minha família e meus amigos e agora sim, estou vivendo tudo que eu mereço, da melhor forma...

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𝐅𝐢𝐦 💖

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livro novo: No alto do morro.

não é continuação desse aqui.

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⏰ Last updated: Jun 22, 2020 ⏰

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