45. começos

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Angra dos Reis, Brasil29 dezembro de 2020, 7:00AM

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Angra dos Reis, Brasil
29 dezembro de 2020, 7:00AM

Morar em frente à praia é perfeito, na verdade, seria perfeito se eu tivesse tempo de ir à praia. Eu amo o cheiro e o barulho do mar, amo ficar horas olhando e acho que por ter uma vida tão corrida essas são as vantagens que eu tiro de morar em frente à praia, por isso o réveillon é uma das minhas datas favoritas. Ficar de biquíni o dia inteiro, pé na areia, piscina, praia, festas e o melhor de tudo é isso com as pessoas que eu amo.

Esse réveillon estava sendo especial, não sei bem explicar o motivo mas parecia que tudo era novo, tudo estava diferente e de tanto a Lívia e a Willaynna falarem que eu estava diferente eu já estava começando a acreditar nisso mesmo sem saber o que exatamente estava diferente em mim.

Terminei de escovar os meus dentes e coloquei um short continuando com a camisa do meu namorado que eu usei para dormir. Sair do quarto e sentir um cheiro incrível de café que fez o meu estômago roncar, eu jurava que seria a primeira e teria que fazer o café mas quando cheguei na cozinha as meninas já estavam lá.

— Bom dia amores da minha vida. — dei um beijo na cabeça de cada uma e me sentei em frente a elas — Tô morrendo de fome.

— E desde quando você sente fome de manhã? — Lívia perguntou comendo um pedaço do pão.

— Eu sempre tomei café.

— Ai que tá, mas nunca falou que estava morrendo de fome. Nos últimos dias a gente quase te obrigou a tomar um chá pelo menos antes de se enfiar naquele sol. — Will falou juntando as mãos.

— Só acordei com fome, meus anjos. — revirei os olhos — E nem vem pensar besteira porque Giovanna dormiu bem no meio vocês sabem. — elas riram — E as crianças?

As duas começaram a contar do sono dos filhos que dormiram a noite toda e agora continuavam dormindo com os pais. Ontem a noite nós decidimos que não iríamos sair para alguma festa e sim fazer um churrasco só nós mesmos e foi um dos melhores dias. Nós ficamos até tarde conversando e jogando UNO sem contar que foi melhor que as crianças não ficaram tanto tempo sem as mães, na verdade parecia que eu sentia mais falta delas do que as duas quando nós saímos. Quando eu falava que iria aproveitar todo o tempo que eu pudesse com a Luísa e com o Léo, eu estava falando sério.

Dei banho, fiz dormir, dei comida e até briguei quando elas queriam tirar do meu colo algum dos dois e eles também estavam um dengo comigo, pensei que a Giovanna iria sentir ciúmes mas ela sabia que ela me tinha todinha pra ela o horário que ela quisesse e agora que ela me chama de mãe eu consigo me ver muito mais em uma família.

A minha família.

Virou passatempo observar ela com o pai, ficar vigiando do dormindo com ele e quando os dois estão juntos fazendo coisas básicas como escovar os dentes, tomar banho. É impossível não imaginar uma terceira pessoinha nessa dupla, um serzinho assim, igual a eles. Com esse amor, carinho e cuidado que um tem pelo outro.

MEU ABRIGO | GERSON SANTOSWhere stories live. Discover now