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Rio de Janeiro, Brasil 23 de abril de 2021, 5:10PM
Estava tudo acontecendo do jeitinho que ela planejou, as flores que ela tanto queria, as músicas que nós escolhemos juntos, os seus amigos, as nossas famílias.
Estava todo mundo ali para celebrar a nossa união, a nossa felicidade. As minhas pernas tremiam tanto que se não fosse a minha mãe eu não conseguiria chegar até aqui, me arrisco a dizer que nem na final do mundial eu estava tão nervoso, tão ansioso. Passei o dia mandando mensagens para ela perguntando das crianças e lógico dela, mandei flores e ainda me certifiquei que todas as coisas da festa estavam tranquilas por ela, não queria Maju aborrecida hoje, amanhã quem sabe?
Todos ficaram de pé e olharam para a porta que estava fechada, ela poderia se abrir a qualquer hora e ela entraria junto com os seus pais e Giovanna. Tudo começou a passar em câmera lenta, lentamente, um filme passou pela minha cabeça desde a primeira vez que eu vi ela no Vitrinni, toda a marra dessa mulher que foi difícil quebrar, todo o tempo que eu passei longe dela, longe do amor da minha vida.
Nunca fui de acreditar nisso, em amores para sempre, jurei que só a Giovanna eu amaria para sempre. Fui enganado. Maju chegou na minha vida como um furacão. Ela chegava e bagunçava tudo, tirava tudo do lugar. Mas depois de toda tempestade vem o arco íris e ela era o meu, a risada dela sempre foi música para os meus ouvidos, o olhar e as feições dela sempre me levaram para outro universo.
A Maju é isso! Ela me leva para outro universo, um universo onde vive apenas eu, ela e os nossos filhos.
As portas se abriram e ela não estava lá, o que foi o suficiente para eu ficar confuso, Giovanna entrou sozinha sorrindo e por um momento eu me senti o pior pai do mundo por não conseguir expressar a minha felicidade apenas uma cara confusa. Quando ela chegou perto de mim me abaixei pegando ela no colo, beijei sua testa e a abracei.
— Mamãe tá uma princesa, papai. — respirei aliviado — A nossa princesa.
— A nossa, filha.
Ela me abraçou de novo e pediu para descer do meu colo indo para o colo do padrinho que estava perto. Quando percebi que a música tinha mudado para a música que ela tinha escolhido, as portas se abriram e ela estava ali, perfeita, sorrindo para mim.
A cada passo que a Maria Joana dava eu ficava ainda mais apaixonado pela minha esposa, a cada passo que ela dava eu conseguia ver a minha mulher. O sorriso dela brilhava mais que o sol, o vestido dela era perfeito e eu conseguia ver todos os detalhes dela nele.
Quando ela já estava bem perto desci os dois degraus, abracei primeiro a minha sogra, ela falou que confiava em mim para cuidar da Maria e beijou a minha testa. Abracei o meu sogro apertado mas ele não soltava a mão da Maria por nada.
— Cuida bem da minha camisa 10, moleque. — me entregou a mão dela — Mas olha, tô aceitando de volta não, se vira com o seu B.O.
