7. conversa

3.1K 194 38
                                    

Rio de Janeiro, Brasil 29 de julho de 2019, 11:00PM

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Rio de Janeiro, Brasil
29 de julho de 2019, 11:00PM

Vamos almoçar juntas? — Mavi falou logo que eu atendo o telefone.

— Quer almoçar comigo só pra saber o que aconteceu ontem né, safada? — ela gargalhou.

Ainda bem que você sabe, vamos?

— Sim, vai sair que horas hoje? Precisa que eu te busque na faculdade? — perguntei voltando a me concentrar no meu trabalho.

— Sim, me busca aqui, eu estou liberada uma da tarde. Beijos, tenho prova agora.

— Boa prova, vida! — desliguei o telefone e voltei a prestar a atenção na enorme planilha que eu fazia, além de desenhar e criar modelos novos eu preciso fazer planilhas de todos os códigos dos vestidos.

Eu já não aguentava mais aquilo e minha concentração estava quase esgotada, eu só pensava no que tinha acontecido ontem, ficava me perguntando porque a ex estava dormindo na cama dele. Ok, eu não tenho nada haver com isso. Na verdade isso nem é da minha conta, ele não me deve satisfações. Balancei a cabeça com a intenção de tirar aqueles pensamento mas não conseguir, só parei de pensar quando minha mãe entrou na minha sala sem bater.

— Oi, mãe. Bater na porta? Vai aprender quando? — encarei ele.

— Sou sua mãe, garota. E sua chefe também. — ela disse se sentando na minha frente — Como foi ontem?

— Deu merda, a ex estava dormindo na cama dele. Mais alguma coisa, senhora?

— E você fala assim? Nessa naturalidade?

— Ué mãe, eu não tenho nada com ele não. Ele faz o que ele quiser dá vida dele... Aí aí. — encarei o meu computador com a intenção de acabar com o assunto e ela sair da sala, mas mãe é mãe né?

— Conta direito a história, Maria Joana. — ela disse impaciente.

— Maju, mãe! Já almoçou?

— Não, tô indo daqui a pouco, porque? Conta logo, filha.

— Vou almoçar com a Mavi daqui a pouco também, vamos também. Aí eu conto pras duas. — convidei ela.

— Pode ser, só vou pegar minha bolsa. — ela se levanta.

— Pega a chave do seu carro e principalmente a sua carteira. — sorrir no final e ela me olhou indignada.

— Me chamou só pra pagar né? Vocês duas não tem jeito mesmo.

— Ué, mãe. Quem pariu que sustente. Você não sair de você mas é como se tivesse... — me defendi e ela riu saindo da sala, não demorou muito e voltou com a bolsa.

— Mavi sai que horas? — falou olhando para o seu celular.

— Em uns trinta minutos, acho que a gente já pode ir. Daqui ao centro é um bom tempo. — falei calçando o tênis que tinha tirado.

MEU ABRIGO | GERSON SANTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora