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Rio de Janeiro, Brasil 20 de novembro de 2020, 9:40PM
Todas as pessoas importantes para mim estavam presentes na minha festa de aniversário, todas as pessoas que eu amava, meus amigos e minha família. Algumas amigas que moram fora do Brasil não puderam estar presentes mas eu sabia que na segunda elas iram lembrar do meu dia.
Tinha tudo que eu mais amava, além das pessoas, pagode, álcool, DJs e eu realmente precisava curtir como a muito tempo não curtia. Depois de dar atenção a todos os meus convidados e receber os meus muitos presentes que eu me dei conta que o Gerson tinha sumido do nada, não estava com os meninos, não estava com a família dele, aquilo era estranho mas minhas amigas nem me deram a oportunidade de perguntar onde ele estava e já me deram uma cerveja.
Curtimos algumas músicas do show de pagode juntos, fizemos brincadeiras e quando eu fui falar algo na mesa com os meus pais eu finalmente encontrei ele.
— Posso saber onde o senhor estava, gatinho? — falei abraçando ele por trás o assustando — Ta devendo, meu filho?
— Que? Eu? Não, eu, eu, eu, eu estava por aí e nos últimos cinco minutos fui guardar uns presentes seu no carro já. — ele falou nervoso me fazendo franzir a testa — Tô falando na moral, amor.
— Em momento nenhum eu duvidei, Gerson. — dei um sorriso cínico — Cuidado onde você pisa em, jogador. — me virei pra sair mas ele segurou o meu braço.
— Porque tu tá assim? — dei um sorriso irônico enquanto ele me puxava pra mais perto.
— Eu to normal, Gerson. Você quem está estranho desde ontem quando o seu celular tocou e recebeu aquelas mensagens. Saiu de casa hoje bem mais cedo que o normal, só voltou na hora que eu cheguei no salão, não me mandou uma mensagem, veio o caminho todo em silêncio e agora ta ai, todo estranho. Eu estou normal, eu estou tentando curtir a minha festa de aniversário, tô tentando não pensar besteira. — ele respirou fundo — Se você for estragar alguma coisa eu só quero te pedir pra você fazer isso depois do meu aniversário, por...
— Amor, não. Eu não vou estragar nada, desculpa, desculpa mesmo.
— Você está pedindo desculpas de novo, Gerson. Que saco! — bati o pé no chão e me desprendi dele — Olha, só não estraga a minha noite, por favor. — ele olhou no relógio nervoso.
— Ah, foda se também. — me assustei — Não aguento mais te esconder isso, já são dez da noite e eu posso te contar isso. — cruzei os braços esperando ele falar — Eu to estranho por causa da sua surpresa de aniversário, e agora vai todo mundo querer me matar porque eu prometir não contar nada. — ele falou todo nervoso — Não consigo guardar nada.
— Meu amor, calma. — levantei o pé pra beijar a bochecha dele — Ta tudo bem, eu juro. E também...
— Preciso da sua ajuda. — Will chegou me interrompendo — Gerson a Maju já volta.
