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Rio de Janeiro, Brasil 4 de janeiro de 2021, 8:00AM
O sol que entrava pela janela e queimava a minha perna indicava que tinha boa parte da cortina aberta e que já estava na hora de acordar. Tateei a cama antes de abrir os olhos e tive certeza que ou o Gerson já tinha acordado ou dormiu na sala jogando o novo videogame dele, abrir os olhos e levantei da cama indo para o banheiro. Tomei um banho e fiz todas as minhas higienes matinais ainda sonolentas, e é o que eu mais tenho tido esses dias, sono e indisposição. O que me animava era que eu iria trabalhar meio período hoje e ainda viajaria as duas para Belo Horizonte para o batizado da filha de uma amiga, melhor que isso, Giovanna iria junto.
Nossa primeira viagem juntas sem o Gerson, minha primeira viagem com ela de avião. No começo ela não iria, por não saber como ela iria ficar mais de três dias sem o pai e por achar que a mãe dela iria causar alguma encrenca. Mas depois que ela me ouviu comentando com a Livia sobre a viagem e ainda ficou sabendo que várias amigas minhas que ela gosta estariam lá ela pediu para ir, conversamos com ela sobre ficar apenas comigo por um bom tempo e ela não ligou nada em ficar sem o pai ou a mãe. Conversamos com os nossos advogados se ela poderia ir comigo e eles autorizaram, o que me deixou mais tranquila.
Giovanna passando esse tempo aqui em casa vem me mostrando que cuidar de uma criança de quatro anos não é tão impossível como eu imaginava. A pedido meu eu pedir para o pai dela também dar férias a babá e combinamos que quando ele treinasse a tarde eu trabalhava de manhã e quando ele treinava de manhã eu trabalhava a tarde, assim faria mais sentido ela passar esse mês na nossa casa. Que também é dela. Me ajudou a arrumar a mala dela super animada, compramos o que precisava e a cada dia a nossa conexão aumenta.
Passei pelo quartinho dela e vi que ela ainda dormia, desci abrindo o meu e-mail no celular para voltar a realidade depois de dez dias sem pisar no ateliê, deixei a minha bolsa sobre o sofá e fui até a cozinha onde o meu noivo arrumava uma bandeja.
— Eu ia levar café para você. — ele falou fazendo um biquinho lindo.
— Eu até subiria e fingiria que não vi nada mas estou atrasada, meu lindo. — abracei ele por trás beijando suas costas — Bom dia.
— Bom dia, amor. — se virou para me abraçar — Não vai comer nada?
— Coloca café no meu copo térmico e pega uma pêra pra mim? — ele confirmou já indo pegar o meu copo no armário — Leva o café para o nosso dragãozinho.
Ele riu já fazendo o que eu pedir enquanto eu fui procurar a minha rasteirinha no móvel de sapatos na entrada de casa. Voltei à cozinha e já estava tudo que eu pedir na bancada.
— Obrigada, amor... Tô indo qualquer coisa me liga ou me manda uma mensagem. Podemos almoçar juntos hoje?
— Onde você quiser. — abraçou a minha cintura e deu beijos no meu pescoço.
