27. ela une todas as coisas

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Nova York, Estados Unidos1 de julho de 2020, 10:00AM

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Nova York, Estados Unidos
1 de julho de 2020, 10:00AM

O relógio em Nova York marcava mais de dez da manhã e Maju não aguentava mais aquela aula entediante de Geometria. A noite mal dormida por conta de um dos seus constantes pesadelos estava estampada em seu rosto que estava apoiado nas mãos e os seus olhos quase fechando de tanto sono e tédio. Seu celular vibrou no bolso avisando que alguém a ligava, a morena olhou a tela e sorriu vendo que era Marília, a carioca já imaginou o que seria: Luísa nasceu. Saiu da sala na velocidade da luz já atendendo a ligação da amiga.

Ei Maju, olha quem chegou ao mundo! Nossa Luisa! — a loira falou e Maria já se encontrava chorando quando via a menina no colo do pai pelo celular. Se sentou em um dos bancos da enorme área de convivência da faculdade admirando a criança.

— Meu Deus do céu, ela é a coisa mais linda que eu já vi na minha vida! — a estilista falou colocando a mão na boca, mas ela percebeu que o jogador olhando pra outro lugar impossibilitando que ela visse a menina melhor — Arrasca, mostra ela mais de perto. O que você está olhando? — Maria não obteve resposta dos amigos, mas o silêncio respondeu por si só.

Ele estava alí.

Maju respirou fundo, tentando voltar ao estado normal. Ele tinha ouvido a sua voz!

— Mari, obrigada por ligar. Quando a Lívia poder falar me avisa que eu ligo pra ela. — ela falou com a voz embriagada, querendo chorar — Parabéns, papai Giorgian! Amo vocês. Um beijo a todos. — ela não esperou ninguém responder e já apertou o botão vermelho com toda a sua força jogando o celular do seu lado.

Apoiou os cotovelos no joelho e colocou o rosto entre as mãos e começou a chorar. Que saudade que ela sentia da verdadeira pessoa que ela amava, sem ao menos ter o visto ela sentiu falta, ela sentiu muita falta sem ao menos ter o visto ou escutado a sua voz.

Respirou fundo e percebeu que não iria conseguir continuar naquele ambiente. Voltou a sala e pegou a sua bolsa e o seu computador, avisou a Emily que não estava bem e foi embora. Fez todo o trajeto com lágrimas nos olhos e tentando se concentrar no trânsito mas sem sucesso.

Quando chegou no seu apartamento se jogou na cama e chorou até dormir, não tinha fome, como de costume nos últimos meses, não tinha vontade de continuar ali tinha apenas um desejo enorme de ver o seu pretinho que já não via a muito tempo já que Will e Lívia estavam indo sem frequência no Centro de Treinamento do Flamengo. Maju chorou tanto que pegou no sono.

Rio de Janeiro, Brasil
1 de julho de 2020, 1:00PM

No Rio de Janeiro não era diferente. Gerson estava monossilábico depois que ouviu a voz de Maju pelo telefone de Marília. Enquanto ele admirava Luísa no colo de seu pai sua cabeça estava em Nova York, se perguntava como iria jogar o jogo de mais tarde com a cabeça tão longe, entrou no seu carro e dirigiu de volta ao Centro de Treinamento do clube no qual jogava, pensando o tempo todo em como Maria Joana estava, de fato ele ainda não tinha esquecido ela e nem tudo que a circundava.

MEU ABRIGO | GERSON SANTOSDonde viven las historias. Descúbrelo ahora