De Volta Pra Casa

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25 de novembro de 1993,
Hogwarts

Mais uma partida de quadribol havia se passado, e desta vez, a Lufa-lufa foi destruída pela Corvinal. O time, geralmente, não sentia vergonha de perder, já que não eram tão competitivos quanto as outras casas, mas a diferença do placar fora tão gritante que, até mesmo Cedric, que encorajava o espírito de equipe e que aconselhava todos a jogarem sem se preocuparem com a vitória, se sentia envergonhado, enquanto andava pelos corredores.

Eleanor estava triste por terem sido eliminados da temporada de quadribol, e não terem mais chances de ganhar a taça, mas, ao mesmo tempo, só pensava em quão próxima estava de voltar para casa e ver sua família. Havia mandado uma coruja para eles, no dia da aula de Lupin, depois do incidente do bicho papão, e eles responderam logo em seguida, mas não era a mesma coisa que poder vê-los pessoalmente. Se sentia muito sortuda de ter eles por perto e, mais ainda, de ter um bom relacionamento com eles.

Mesmo tendo dificuldades de entender o fato de que sua filha era uma bruxa, Daisy e Chester ainda a tratavam como sempre trataram, e tentavam entender como era sua rotina em Hogwarts, sempre que podiam. Ainda parecia um pouco louco para eles, e Eleanor percebia aquilo, mas, nunca mencionou, pois via o esforço deles de não deixarem transparecer aquilo, já que não queriam que a filha se sentisse sozinha, em sua própria casa.

Perguntou ao Professor Lupin, algumas semanas antes de voltarem para Londres, se ele realmente não precisaria que ela ficasse na escola para ajudá-lo com alguma tarefa, ou, até mesmo com a próxima lua cheia, mas ele se recusava a "prendê-la" na escola em uma época festiva, ainda mais depois de ouvir tanto sobre como ela sentia falta de casa. Depois de muita insistência e preocupação da parte dela, ele a deu algumas atividades para corrigir antes de ir, para aliviar o peso nas costas dele, apenas para que ela não se preocupasse mais. Então, ela encostou em uma árvore na beira do Grande Lago, corrigindo as atividades enquanto o sol ia, aos poucos, se pondo. Aquele era, definitivamente, o final de tarde mais tranquilo que ela teve, em um bom tempo... mas não durou muito tempo.

– Ora, não fique triste com a derrota, Sparks. – A voz de Draco cortou seu raciocínio, a fazendo parar de escrever por alguns segundos. – Achei que já estariam acostumados com a humilhação de perderem, a essa altura... – Debochou.

– Não estou com paciência pra lidar com vocês três, Malfoy... vá procurar outra pessoa pra atazanar. – Ela resmungou, sem tirar os olhos do pergaminho em seu colo.

– Vocês três quem? Só tem eu aqui. – Perguntou, com um tom confuso em sua voz. – Deve ter escutado as vozes da sua cabeça, não é? – Ela se virou para olhar para ele, se surpreendendo ao ver que Crabbe e Goyle não estavam o acompanhando, como sempre faziam.

– Ah... é só você. – Balançou a cabeça, com descaso, e voltou a olhar para o pergaminho.

– "Só você"? – Ele levantou as sobrancelhas, contorcendo o nariz, parecendo genuinamente ofendido. – Não vá me dizer que está realmente triste com a derrota.

– E pra que você quer saber?

– Para saber o quanto devo rir da sua cara. – Respondeu, como se fosse óbvio. – Mas, se te consola, eu te assisti jogando, sabe... e você não é tão ruim assim, eu acho.

– Uau, obrigada. – Ironizou. – Você deveria pensar em fazer discursos motivacionais profissionalmente, sabia? É um talento nato...

– Foi um elogio melhor do que você merece. – O loiro deu de ombros. – Que é que você tanto escreve aí? – Andou até o lado dela, tentando enxergar melhor o pergaminho em seu colo.

– Coisas de assistente, sabe, você não entenderia.

– Para a sua informação, eu sou o assistente do Professor Snape. – Resmungou, cruzando os braços. – Ele me pediu há uns meses.

𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora